A importância da educação ambiental à sociedade brasileira

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Em seu livro Ensaio Sobre a Cegueira, o escritor José Saramago evidencia uma sociedade assolada pelo caos devido à perda de visão; a obra mostra as consequências de obnubilecer as situações sociais, utilizando a metáfora da cegueira como ferramenta argumentativa. Fora da ficção, percebe-se que a nação brasileira se coloca em situação de “cegos morais” quando se observa a falta de interesses desses indivíduos para com os problemas sociais, como a precariedade da educação ambiental. Nesse sentido, é notório que o corpo civil não dá devida importância ao manejo ambiental, situação que perdura por causa da falta de debates educacionais sobre as consequências de uma natureza debilitada pelas ações humanas e da omissão estatal para com o assunto supracitado.

Primordialmente, faz-se relevante apontar o desconhecimento populacional sobre as consequências envolvendo o descuido do ecossistema nacional como consequência da exclusão de debates educacionais sobre tais assuntos. Nesse viés, segundo o educador Paulo Freire, “se a educação sozinha não transforma a sociedade, sem ela tampouco a sociedade muda”. Sob essa ótica, percebe-se que a educação brasileira é precária quando se trata de evidenciar, nos sistemas de ensino, a importância da manutenção ambiental. Desse modo, como dito por Paulo Freire, a civilização não conseguirá mudar seu comportamento ecológico equanto não houver uma mudança educacional a respeito das consequências de uma natureza prejudicada pelas ações antrópicas.

Ademais, o Estado é o órgão responsável por manusear os problemas de ordem social, logo, a omissão estatal em relação aos problemas envolvendo a educação ambiental brasileira deve ser considerado um revés a ser solucionado. Análogo ao que foi dito, é cabível citar a teoria contratualista do filósofo Jhon Locke, a qual afirmava que o corpo social possui um contrato com o governo; esse contrato é responsável por manter as polaridades sob controle, e ao ser rompido por uma das partes a desordem dominaria o território em questão. Ou seja, enquanto o estado se mantiver neutro sobre as questões envolvendo a educação ambiental, há uma tendência natural do contrato político-social ser rompido e, consequentemente, o problema apenas irá prorrogar.

Portanto, a fim de prolongar a vida dos ecossistemas brasileiros, é essencial que medidas sejam tomadas para aprimorar a educação ambiental da nação. Para isso, é essencial que o Estado implemente nas escolas públicas, por meio de investimentos educacionais, planos de ensino que objetivem mostrar as boas práticas ecológicas, como o correto manuseio da água e do lixo. Dessa forma, será possível evitar que a sociedade continue obnubilada pela cegueira moral mencionada na obra de José Saramago.

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5 Correções

  1. Sua redação apresenta um bom desenvolvimento de ideias e uma análise crítica da educação ambiental no Brasil, utilizando referências literárias e filosóficas. Aqui estão algumas sugestões de correção e melhoria:

    Em seu livro Ensaio Sobre a Cegueira, o escritor José Saramago evidencia uma sociedade assolada pelo caos devido à perda de visão. A obra mostra as consequências de obnubilar as situações sociais, utilizando a metáfora da cegueira como ferramenta argumentativa. Fora da ficção, percebe-se que a nação brasileira se coloca em situação de “cegos morais” ao observar a falta de interesse desses indivíduos pelos problemas sociais, como a precariedade da educação ambiental. Nesse sentido, é notório que a sociedade não dá a devida importância ao manejo ambiental, situação que perdura pela ausência de debates educacionais sobre as consequências de uma natureza debilitada pelas ações humanas e pela omissão estatal em relação ao assunto mencionado.

    Primordialmente, é relevante apontar o desconhecimento populacional sobre as consequências do descuido do ecossistema nacional, resultado da exclusão de debates educacionais sobre esses temas. Nesse viés, segundo o educador Paulo Freire, “se a educação sozinha não transforma a sociedade, sem ela tampouco a sociedade muda”. Sob essa ótica, percebe-se que a educação brasileira é precária quando se trata de evidenciar, nos sistemas de ensino, a importância da manutenção ambiental. Desse modo, como dito por Paulo Freire, a civilização não conseguirá mudar seu comportamento ecológico enquanto não houver uma mudança educacional a respeito das consequências de uma natureza prejudicada pelas ações antrópicas.

    Ademais, o Estado é o órgão responsável por lidar com problemas de ordem social; logo, a omissão estatal em relação à educação ambiental deve ser considerada um revés a ser solucionado. Análogo ao que foi dito, é pertinente citar a teoria contratualista do filósofo John Locke, que afirmava que o corpo social possui um contrato com o governo. Esse contrato é responsável por manter as polaridades sob controle e, ao ser rompido por uma das partes, a desordem dominaria o território em questão. Ou seja, enquanto o Estado se mantiver neutro sobre as questões envolvendo a educação ambiental, há uma tendência natural de o contrato político-social ser rompido e, consequentemente, o problema apenas se prorrogaria.

    Portanto, a fim de preservar a vida dos ecossistemas brasileiros, é essencial que medidas sejam tomadas para aprimorar a educação ambiental no país. Para isso, é necessário que o Estado implemente, nas escolas públicas, por meio de investimentos educacionais, planos de ensino que objetivem mostrar boas práticas ecológicas, como o correto manuseio da água e do lixo. Dessa forma, será possível evitar que a sociedade continue obnubilada pela cegueira moral mencionada na obra de José Saramago.

    Pontos de Correção:
    Ortografia e gramática: Corrigi “obnubilecer” para “obnubilar” e “Jhon Locke” para “John Locke”.
    Coesão: Ajustei algumas frases para melhorar a fluência e a clareza do texto.
    Clareza e concisão: Algumas passagens foram reescritas para serem mais diretas, evitando repetições desnecessárias.
    Conectores: Usei conectores para garantir que a lógica entre as ideias fique mais clara.
    A redação está bem estruturada e aborda um tema relevante. Parabéns pelo trabalho!

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  2. Parabéns pelo seu texto, bem informativo, parágrafos bem alinhados.

    “Portanto, a fim de prolongar a vida dos ecossistemas brasileiros, é essencial que medidas sejam tomadas para aprimorar a educação ambiental da nação. Para isso, é essencial que o Estado implemente nas escolas públicas, por meio de investimentos educacionais, planos de ensino que objetivem mostrar as boas práticas ecológicas, como o correto manuseio da água e do lixo. Dessa forma, será possível evitar que a sociedade continue obnubilada pela cegueira moral mencionada na obra de José Saramago.”

    Cuidado com palavras rebuscadas como obnubilada que dificultam o entendimento

    texto bem fundamentado e conectivos bem usados
    nota 850

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  3. Competência 1 (Domínio da norma culta da língua escrita):
    O texto demonstra bom domínio da norma padrão da língua portuguesa. Contudo, alguns erros menores, como o uso de “enquanto” no lugar de “enquanto não” e “polaridades” no lugar de “polarizações”, prejudicam um pouco a clareza. A expressão “obnubilar” também pode não ser acessível ao leitor médio do ENEM. Nota: 160/200

    Competência 2 (Compreensão do tema e desenvolvimento da argumentação):
    O tema foi bem abordado, com bons exemplos e referências a autores relevantes como Paulo Freire e John Locke. A metáfora de Saramago foi bem aplicada à realidade discutida. No entanto, a relação entre a falta de debates educacionais e a precariedade ambiental poderia ser mais explorada. Nota: 180/200

    Competência 3 (Seleção e organização das informações):
    A organização das ideias é clara e segue uma linha argumentativa lógica. O uso de autores e citações está bem feito, e a proposta de intervenção é pertinente. No entanto, o segundo argumento, sobre a omissão estatal, poderia ser mais detalhado para aumentar a profundidade da argumentação. Nota: 160/200

    Competência 4 (Conhecimento dos mecanismos linguísticos):
    O texto apresenta bom uso de conectivos e mantém a coesão entre as ideias, mas há algumas construções que poderiam ser simplificadas para maior fluidez. A expressão “obnubilar” é repetida de maneira desnecessária e complexifica o entendimento. Nota: 160/200

    Competência 5 (Proposta de intervenção):
    A proposta de intervenção é clara e inclui o agente (Estado), a ação (implementar planos de ensino ecológicos), e os meios (investimentos educacionais). Porém, faltou detalhar mais como essas ações seriam executadas e monitoradas, e quem seriam os responsáveis pela implementação prática. Nota: 160/200

    Nota final estimada: 820/1000

    A redação é bem estruturada e apresenta um bom entendimento do tema, com uma argumentação clara. Contudo, alguns pontos, como a linguagem e a profundidade dos argumentos, poderiam ser melhor desenvolvidos para aumentar o impacto do texto.

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  4. Confesso que fiquei curioso para entender mais sobre a metáfora da cegueira no primeiro paragrafo mas para isso, basta eu procurar esse livro e ler rsrsrs.

    Um leve erro de digitação no paragrafo dois mas nada que deixe impossível a leitura.

    Fora isso, muito boa escrita, resumo pratico e rápido, bem explicativo de como esse ato de obnubilecer da nossa sociedade e falta de uma intervenção estatal trás o devido resultado negativo de justamente nossa massa não dar a devida atenção a educação ambiental.

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  5. boa boa boa boa boa boa boa boa boa boa boa boa boa boa boa boa boa boa boa boa boa boa boa boa boa boa boa boa boa boa boa boa boa boa boa boa boa boa boa boa boa boa boa boa boa boa boa boa boa boa boa boa boa boa boa boa boa boa boa boa boa boa boa boa boa boa boa boa boa boa boa boa boa boa boa boa boa boa boa boa boa boa boa boa boa boa boa boa boa boa boa boa boa boa boa boa boa boa boa boa boa boa boa boa boa boa boa boa boa boa boa boa boa boa boa boa boa boa boa boa boa boa boa boa boa boa boa boa boa boa boa boa boa boa boa boa boa boa boa boa boa boa boa boa boa boa boa boa boa boa boa boa boa boa boa boa boa boa boa boa boa boa boa boa boa boa boa boa boa boa boa boa boa boa boa boa boa boa boa boa boa boa boa boa boa boa boa boa boa boa boa boa boa boa boa boa boa boa boa boa boa boa boa boa boa boa boa boa boa boa boa boa boa boa boa boa boa boa boa boa boa boa boa boa boa boa boa boa boa boa boa boa boa boa boa boa boa boa boa boa boa boa boa boa boa boa boa boa boa boa boa boa boa boa boa boa boa boa boa boa boa boa boa boa boa boa boa boa boa boa boa boa boa boa boa boa boa boa boa boa boa boa boa boa boa boa boa boa

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