A FAMÍLIA BRASILEIRA E SUAS NOVAS CONFIGURAÇÕES

A série animada norte-americana “Os Simpsons” possui como protagonista um grupo familiar nuclear, composto por um casal Homer e Marge, e três filhos Bart, Lisa e Maggie. Fora da ficção, as famílias adquiriram novas configurações no Brasil hodierno, transcendendo o contexto retratado na animação. Embora as modificações nessa instituição sejam positivas e representam um avanço, existem diversos desafios, o qual ocorre devido ao preconceito e a carência de discussões no ambiente escolar.

A priori, o preconceito é um dos óbices que impedem o bom convívio e respeito com as novas representações de família. Por esse prisma, apesar dos dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) afirmarem que 20% dos casais homoafetivos declararam ter filhos e nas uniões heterossexuais aumentou a proporção de casais sem filhos, é frequente atos de intolerância e desrespeito. Ademais, o preconceito é resultado de questões históricas que não aceitavam outras concepções de família que ultrapassassem a ideia do instituto do matrimônio entre homem e mulher, por exemplo, o Código Civil de 1916.

Além disso, os insuficientes debates nas instituições de ensino é outro contribuinte para a arduidade em conseguir relações sociais saudáveis entre o agrupamento familiar e a sociedade. Sob essa ótica, mesmo que a Constituição Federal e Lei Maria da Penha tenham ampliado o conceito, possuindo como alicerce o ideal de que família são membros que se enxergam como familiar, as escolas frequentemente não debatem a temática e não buscam incluir as variantes familiares na comunidade escolar. Por conseguinte, dificulta a construção de ambientes saudáveis e causam a exclusão de grupos.

Infere-se, portanto, que as famílias ganharam novos significados no Brasil contemporâneo, bem como enfrentam várias dificuldades. Nessa perspectiva, para que os atos de intolerância sejam elucidados, urge que as escolas como apoio do Ministério da Educação, façam um projeto denominado “ Todas as famílias merecem respeito”, será executado através de palestras e a transformação do dia dos pais e das mães em dia da família, a fim de melhorar a inclusão e o convívio social. Em soma, as palestras deverão mostrar os diferentes grupos familiares e os empecilhos enfrentados, com a participação dos profissionais do Centro de Referência da Assistência Social (CRAS). Assim, o respeito se tornará algo factível no país.

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