A exposição irrefletida dos indivíduos nas redes sociais

Nos países desenvolvidos, como a Finlândia, o uso da internet e suas ferramentas de exposição recebem prioridades no uso educacional, visto que investem menos em redes sociais. Na atual sociedade brasileira, entretanto, tal idealização não está presente no cenário alienador, haja vista a exposição irrefletida nas redes sociais. Isso se evidencia não só pelos algoritmos predadores de atenção, mas também por postagens de uma vida utópica no mundo digital.

Sob esse viés, vale ressaltar, primariamente, que os algoritmos trabalham de forma alienadora e invasiva especificamente com cada usuário. Em vista disso, o documentário da Netflix “O dilema  das redes” narra a vida de um jovem monitorado 24 horas com base em seus gostos e, principalmente, manipulado para a sua própria exposição. Do mesmo modo, no contexto hodierno, as redes sociais vêm funcionando como gatilhos lesivos, que incentivam a busca pelo prazer através de uma exposição exagerada da própria vida, o que afeta o indivíduo com vícios digitais e despersonificação do mundo. Dessa forma, é notório a negligência do Ministério das Comunicações frente ao caos midiático.

Além disso, outra causa nociva é a idealização de uma vida perfeita na internet. Segundo o escritor marxista Guy Debord, em sua obra “A sociedade do espetáculo”, nós somos apenas telespectadores de uma apresentação irreal da vida, a qual mostra somente imagens positivas de si próprio. Diante do exposto, é evidente que os indivíduos presos nessa alienação digital estão alheios à realidade da sociedade, uma vez que criar um estilo de vida falso nas telinhas prejudica, infelizmente, a saúde mental de seres que, frequentemente, sentem-se inferiorizados pela padronização do perfeito. Dessa maneira, se não houver alerta à população, o Brasil não conseguirá chegar ao idealismo finlandês.

Infere-se, portanto, que a exposição midiática irrefletida sofrerá avanços com a reversão de algoritmos falhos e a correta apresentação da realidade. Dessarte, cabe ao Ministério das Comunicações aliado ao Conselho Federal de Psicologia, criarem “posts” de alerta à respeito do tempo de exposição no meio digital e em postagens irreais, por meio de verbas públicas, utilizando-se de psicólogos que auxiliem os alertas e estejam disponíveis à população, seja de forma online ou presencial. Assim, tudo isso com o objetivo de tornar as redes sociais menos prejudiciais e garantir uma aproximação com a Finlândia.

PS: a redação ficou grande, mas minha letra é super pequena. Aqui toda correção é bem-vinda!❤️