A escravidão moderna em questão no Brasil

A sociedade, em território brasileiro, tem enfrentado obstáculos em relação à escravização desde o período colonial(entre os séculos XV a XVIII), na qual os portugueses utilizavam tanto os indígenas que habitavam o país quanto os que foram importados do continente africano como mercadorias. Entretanto, mesmo após 300 anos, o Brasil continua abrangendo situações de trabalho escravo. Nesse contexto, percebe-se que há uma escravidão moderna entre os indivíduos do corpo social atual, causado, devido, não só pela herança cultural, mas também pela lentidão em investigações, por parte do governo.

Antes de tudo, é importante abordar o impacto do legado que a nação brasileira transmite para as novas gerações. O escravo consiste no ser humano que é submetido a um serviço de maneira abusiva em troca de poucos ou nenhum benefício, esta prática era considerada legal até o ano de 1888, data em que foi assinada a lei áurea, responsável por decretar a abolição do escravismo e passou-se a ser vista como uma prática ilegal. Todavia, já havia se instalado na população a cultura do trabalho escravo, na qual pessoas com maior poder aquisitivo tornam os trabalhadores de classes sociais mais baixas submissos, infringindo seus direitos como membro de uma comunidade e influenciando os cidadãos que convivem com os opressores a continuar com esse ciclo.

Ademais, deve-se relatar a inércia do estado como uma agravante da problemática. Durante o governo do presidente Getúlio Vargas, foram criadas as chamadas “leis trabalhistas” que tinham o objetivo de proteger os empregados contra o abuso de seus superiores. Porém, identifica-se que tais normas não têm demonstrado eficiência, visto que é comum encontrar empresas que obrigam seus funcionários a trabalhar em uma jornada com mais de 8 horas e remunerações precárias. Contudo, mesmo com as denúncias feitas frequentemente, observa-se que há pouca ação do poder executivo de modo a reverter o cenário atual.

Desse maneira, é evidente que a escravização contemporânea deve ser combatida. Portanto, faz-se necessário à governança, com auxílio do Ministério do Trabalho, através de investimentos, feitos a partir dos impostos que recebem do povo, aumentar o número de operações que visam identificar as companhias que utilizam métodos abusivos e punir os colaboradores, por meio de multas ou recorrendo ao cárcere, além de indenizarem os operários que sofreram tais abusos. Medidas assim devem diminuir gradualmente o trabalho escravo no território nacional e garantir os direitos trabalhistas à toda população.