A ENRAIZAÇÃO DO MACHISMO NA SOCIEDADE.

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CRÔNICA.
Há aproximadamente quatro anos atrás, ainda no auge da minha tão amada inocência, aos doze anos de idade, um amigo da família, mais especificamente um amigo do meu pai me fez a seguinte pergunta: “quando pretende se casar?” e eu na maior tranquilidade e repugnância(para uma criança) do mundo disse-lhe que não pretendia me casar, ele olhou em meus olhos com uma expressão de incredulidade, voltou seu olhar para meu pai, e de novo para mim, e então disse: “como pretende ter filhos se não se casar?”, olhei para ele e disse que não queria filhos, então ele me disse algo tão ignóbil que lembro-me como se fosse ontem, na maior presunção do mundo ele disse: “mas como não? o dever de uma mulher de verdade é casar-se, e gerar filhos, para continuar a descendência de seu marido, uma mulher que não faz isso então não é mulher”.
Hoje surpreendo-me lembrando e pensando o como é possível que em pleno séc. XXI o machismo ainda seja tão aparente, como ainda existem pessoas que acreditam mesmo que o “papel” da mulher(idealizada pela sociedade machista e opressora) é ser submissa as vontades de um homem, acreditam que não podemos e não devemos nem sequer decidir se queremos mesmo nos casar ou ter filhos, que pensamento horrendo, certamente de gente que insiste em viver no séc. passado, onde todas nós éramos submissas, mulheres “perfeitas”, esse tipo te pensamento me enoja, já passou da hora de aceitarem que nós evoluímos, que percebemos nosso verdadeiro potencial, e aqueles que não estão dispostos a aceitar isto, ou até mesmo finguem não enxergar estão condenados a viver no passado, afinal os tempos são outros, somos nós quem damos as cartas à respeito do nosso corpo, nosso futuro e nossas vontades, e ao contrário do que muitos dizem isto não é um mero capricho de “menina”, é um direito nosso, e iremos lutar por ele.

(Não está muito bom, estou apenas testando alguns temas).

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1 Correção

  1. Olá! Sendo uma crônica como você colocou, o texto está bem o interessante e acredito que cumpre o que uma crônica pede: ser interessante ao leitor, tornando a leitura agradável.
    Como não é dissertação não há problemas quanto a impessoalidade.
    Só no trecho:
    “submissa as vontades” – teria crase “às”

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