A desigualdade entre as regiões no Brasil

No início do século XXI é perceptível no território brasileiro a desigualdade entre as regiões existentes no país. Dessa forma, esta ausência de igualdade é percebida não somente através de fatores econômicos, como se vê na superioridade dos Estados do Sul sobre o Norte, mas também no Indice de Desenvolvimento Humano. Nesse sentido, é imprescindível observar que o individualismo em conjunto com a insuficiência do incentivo governamental contribuem para esta problemática.
Em primeiro lugar, é necessário ressaltar o modo pelo qual o egocentrismo do ser humano impede a redução da conjuntura que é a desigualdade regional no Brasil. Para isso, é importante compreender que a superioridade de algumas regiões do Brasil sobre as demais advém da tardia industrialização nas regiões do Norte com a consequente evolução do capitalismo nos Estados do Sul e Centro-Oeste. Por isso, o fortalecimento de algumas áreas fez com que a maioria de seus habitantes não se importassem com o desenvolvimento do restante do território brasileiro, o que caracteriza o egoísmo, o qual segundo o filósofo Zygmunt Bauman é uma característica da sociedade contemporânea e apresenta-se como uma causa, que deve ser transformada, da falta de equidade regional no Brasil.
Ademais, é válido igualmente recordar que o impasse tem como uma de suas causas a insufiência de políticas públicas. Destarte, não existe por parte do Governo brasileiro um investimento que vise dinamizar as áreas do Nordeste e Norte, as quais apresentam uma discrepância em relação às demais no concernente a alfabetização, visto que segundo o IBGE 3,6% da Região Sul conta com analfabetos enquanto na Região Norte e Nordeste contabilizam-se 8% e 14,5%, respectivamente. Em contraste, o Governo Federal possui a capacidade de diminuir a desigualdade em tais áreas, mediante projetos semelhantes aos Fundos Constitucionais de Financiamento do Norte, os quais tem a missão de promover o desenvolvimento desta região menos dinâmica.
Depreende-se, portanto, que é um fator positivo a proposição de alternativas capazes de dissolver o entrave da desigualdade entre as regiões brasileiras. Com esse intuito, cabe ao Poder Executivo propor a intensificação do desenvolvimento das regiões mais necessitadas através dos incentivos fiscais. Sob essa perspectiva, o IBGE deverá levantar dados que assegurem que os incentivos serão concretizados nas regiões que de fato precisam.