A desigualdade brasileira

Tema: Desigualdade social, desafios e soluções

Segundo Zygmunt Bauman, sociólogo polonês, não são as crises que mudam o mundo, mas sim as reações a elas. Sob tal ótica, diante da desigualdade social é notório que o Brasil propende-se a respostas negativas, visto que vigora interesses individuais por parte dos governantes e, como efeito, emergem moradias em espaços inapropriados. Logo, faz-se mister a análise dessa conjuntura a fim de promover reações positivas defronte à problemática.

Em primeiro plano, é axiomático como ambições pessoais por parte do Estado colaboram para a perenização desse quadro deletério. Consoante às informações do G1, o Ministério do Meio Ambiente não investiu nem 1% do que era destinado ao seu setor de responsabilidade em 2020. Destarte, é mostrado com veemência uma pequena amostra da existente destinação incorreta de recursos, de modo a evidenciar que uma realidade que entre em voga os problemas de desigualdade ainda não é presente no Brasil.

Torna-se irrefutável, em segundo lugar, a íntima relação do surgimento de periferias, como consequência, com o supracitado. Conforme o matemático Pitágoras, o mundo é baseado na harmonia de forças contrárias. De maneira análoga, fica claro, infelizmente, o contexto de desiquilíbrio do país, aonde se encontra em um lado diversas habitações em locais inadequados à mercê de tragédias temporais; à medida que no outro, pessoas com objetivos individualistas. À luz dessa perspectiva, é imperiosa a necessidade de medidas com o fito de mitigar esse imbróglio.

Depreende-se, portanto, que há a premência de ações que visem liquidar esse impasse. Para tanto, cabe ao Ministério da Educação e Cultura, adicionar a disciplina de Educação Política, a qual visará lecionar a importância de eleger representantes competentes que visem diminuir a segregação social, de modo a desenvolver cidadãos mais críticos e motivados a esta causa, desde a tenra idade. Quiçá, assim, tal hiato reverter-se-á, fazendo “jus”, deveras, àquilo que fora apregoado por Bauman.