A democratização do acesso ao cinema no Brasil

Promulgada em 1948 pela ONU, a Declaração Universal dos Direitos Humanos, garante a todos indivíduos o direito à cultura e dignidade. Porém, a concentração do acesso ao cinema somente para parte da população, evidencia que esse direito não tem sido levado a todos, excluindo cidadãos e privilegiando outros. Nessa perspectiva, cabe avaliar os fatores que agravam esse quadro.

Em primeira análise, vale ressaltar que o número de cinemas e de usuários do mesmo, têm aumentado no Brasil, mas de acordo com dados divulgados, apenas 17% da população frequenta o cinema. Essa exclusão de parte da sociedade, é um reflexo da má distribuição de renda presente no país, essa junto com a falta de investimentos, leva a uma precária infraestrutura em várias regiões.

Em segunda análise, é notável que o cinema se tornou uma ferramenta de consumo. Essa também é dada de forma concentrada. Segundo Zygmunt Bauman, a sociedade vive tempos líquidos, ou seja, nada é para durar. Em suma, essa questão também é vista no universo cinematográfico, onde o interesse acerca dos filmes têm se transformado num meio para registrar a existência humana de forma cultural e informativa. Porém, isso não chega ao acesso de todos, se tornando um problema que deve ser evidenciado.

Portanto, ainda existem entraves para que seja alcançada uma sociedade integrada. Urge, que o Estado crie estímulos para a vinda e criação de empresas exibidoras no ramo do cinema, por meio de investimentos no setor, isso com o intuito de levar o acesso a regiões menos favorecidas, e também a criação de novos empregos, levando mais oportunidade e qualidade de vida às pessoas. Logo, com essas mudanças oque está previsto na Declaração dos Direitos Humanos será alcançado.