A cultura de aplicativos em questão no Brasil

Desde o advento da Revolução Industrial em meados do século XIX, a humanidade tem sido beneficiada com inúmeros avanços tecnológicos, o que permitiu, por exemplo, a criação de aplicativos para smartphones que auxiliam seus usuários nas mais diversas atividades cotidianas. Todavia, as facilitações proporcionadas por esses mecanismos podem resultar em consequências negativas para a sociedade, como sedentarismo e a ambição pelo imediato.
No filme de animação \”Wall-e\” (2008), os humanos vivem em uma nave no espaço por terem esgotado os recursos terrestres. Com isso, ficam submersos na tecnologia, dependendo dela para realizar simples tarefas, como comer e andar. Semelhante à narrativa, essa é a realidade da maioria dos brasileiros, visto que esses têm designado funções cruciais aos aplicativos, como os de transporte \”99 táxi\” e \”UBER\”, o que favorece o aumento do sedentarismo na população.
Já no episódio Hanging the DJ, da série de antologia \”Black Mirror\”, o indivíduo pode conhecer o futuro de um relacionamento, por meio de um software probabilístico, para saber se deve \”investir\” ou não em determinado parceiro. Assim como na ficção, o Brasil possui cidadãos ansiosos e imediatistas, o que é resultado de sua posição em terceiro lugar entre os países onde  as pessoas passam mais tempo usando recursos como esse, segundo a empresa de dados App Annie, o que requer medidas  governamentais urgentes.                                                                                                                                       Portanto, é mister que o Estado tome providências para melhorar o quadro atual. Para que haja diminuição do sedentarismo entre os brasileiros e para que gastem menos tempo em dispositivos móveis, urge que o Ministério de Tecnologia crie aplicativos interativos para ajudar a população a balancear os períodos de uso de smartphones. Além disso, em parceria com o Ministério de Transporte, deve disponibilizar bicicletas monitoradas e ciclofaixas nos centros urbanos. Assim, utilizar-se-ão os recursos tecnológicos em favor do bem comum.