Na obra “Utopia”, do escritor inglês Thomas More, é retratada uma sociedade perfeita, na qual o corpo social padroniza-se pela ausência de conflitos e problemas. Entretanto, o que se observa na contemporaneidade brasileira é o oposto do que o autor prega, visto que o país enfrenta como um dos seus maiores desafios sociais e econômicos, a precariedade do sistema carcerário, situação que apresenta causas, sobretudo ligadas à negligencia das necessidades básicas dos presos, bem como à ineficiência da ressocialização.
Convém ressaltar, a princípio, que as péssimas condições de higiene, as quais são submetidos os detentos, contribui, em muito, para a crise no sistema penitenciário do país. Nesse sentido, embora a Constituição Federal de 1988, ateste o direito à saúde para todos os cidadãos, no que concerne aos presidiários essa prerrogativa é violada. No livro “Presos que menstruam” da jornalista Nana Queiroz, por exemplo, é revelado que mulheres utilizam miolo de pão como absorvente porque não tem acesso ao objeto nos presídios.
Ademais, é válido destacar que, de acordo com a Lei de Execuções Penais, é dever do Estado garantir assistência educacional aos presos internados, objetivando orientar o retorno à convivência em sociedade. No entanto, a falta de investimentos no processo de ressocialização, faz com que tal garantia seja deturpada, pois a taxa de reincidência no Brasil é de 30%,, conforme dados do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada. Esse cenário, segundo o pensador Thomas Hobbes, fere o contrato social, uma vez que o Estado não cumpre o seu papel de assegurar à dignidade dos indivíduos.
Evidencia-se, portanto, a necessidade de medidas para amenizar o colapso no sistema carcerário na sociedade brasileira contemporânea. Para tanto, o Governo, por intermédio de verbas orçamentárias, deve criar espaços de aprendizagem e aperfeiçoamento profissional nas penitenciárias, com a participação de educadores devidamente qualificados, a fim de capacitar as pessoas privadas de liberdade para que ao término do cumprimento da pena, possam ter um meio de subsistência e evitar o seu retorno ao mundo do crime. Dessa maneira, a coletividade alcançará a Utopia de More.
Pessoal, por favor vocês poderiam corrigir a minha redação com base nas competências do Enem? Aceito críticas e agradeço os elogios se tiver rsrsrs. O tema está no título.
Skadoosh
OI, sou iniciante na plataforma e um mero estudante.
Seu parágrafo de introdução bem representado com contextualização, tese.
Já seus desenvolvimentos estão com pouca argumentação e muitas citações, recomendo colocar uma de cada eixo temático como histórico, literária e filosófica. Quanto a proposta de intervenção, esta completa.
C1:160 C2:160 C3:120 C4:120 C5:200
NOTA:760
Thamirysbds
Oi, Duda! so tive tempo agora, desculpe. Caso haja algum erro, estou aberta a correções! :)
INTRO
—> “como um dos seus maiores desafios sociais e econômicos”; se você colocou vírgula atrás, coloque na frente também, isole o período
—> “ sobretudo” isole entre vírgulas
—> sua introdução está ótima! apresenta citação, contextualização e tese com 2 argumentos, a estrutura padrão. Se me permitir uma sugestão, evite essa citação na introdução de você quiser diferenciação pra sua redação. O utopismo de More já é citação batida no Enem, e eu tenho quase certeza que você, assim como muitos, procura se destacar dentre os demais.
D1
—> tire a vírgula após “1988”, não se separa sujeito de verbo
—> coloque uma vírgula após o nome do livro, isolando o nome da autora e marcando o aposto
—> “ não tem acesso” erro de concordância; têm, concordando com “mulheres”
—> A única parte que se encontra a sua argumentação é no tópico frasal. Não vi afirmação e nem conclusão, apenas citações. Experimente trazer apenas 1 citação em cada desenvolvimento, para não prejudicar a parte da problematização. Não adianta tirar uma otima nota na C2 e perder na C3.
D2
—> tire a vírgula “ ressocialização, faz com”
—> novamente, muitas citações e pouca argumentação. Outra dica: jamais termine um parágrafo de desenvolvimento com um pensamento alheio, deve ser sempre com sua opinião (indireta e imparcial)
CONCLUSÃO
—> proposta de intervenção completa!
O que se ver na sua redação, além de um ótimo domínio da norma culta, são citações além da conta. Entenda que o importante pro corretor não é saber o pensamento de Thomas Hobbes ou o que consta na Constituição, claro q isso também é importante, mas o que interesse a ele é saber o seu posicionamento, conhecer aquilo que você defende/critica. Lembre que é um texto dissertativo-argumentativo, então o que mais vai importar vai ser a sua argumentação, a capacidade que você tem em problematizar uma temática e defender seu ponto de vista, o que, infelizmente, você mal fez na redação. Uma boa redação não é aquela recheada de informações externas, mas sim aquela cujo autor defende e monstra seu ponto de vista acerca de um problema. Nos seus próximos textos, atente-se a isso e, caso queira, terei o prazer de corrigir.
C1: 160
C2: 200
C3: 120
C4: 160
C5: 200
= 840 [representativa]
Hipólito
OI, sou iniciante na plataforma e um mero estudante.
Seu parágrafo de introdução bem representado com contextualização, tese.
Já seus desenvolvimentos estão com pouca argumentação e muitas citações, recomendo colocar uma de cada eixo temático como histórico, literária e filosófica. Quanto a proposta de intervenção, esta completa.
C1:160 C2:160 C3:120 C4:120 C5:200
NOTA:760