A crise hídrica brasileira

A obra “Vidas secas” de Graciliano Ramos retrata a luta de uma família pobre por sobrevivência no período de secas no sertão nordestino. Não distante da ficção, no Brasil, a crise hídrica é um dos maiores problemas enfrentados nos últimos anos, apesar de o mesmo ser um dos países mais ricos em recursos hídricos no mundo, abrigando 12% da água potável mundial. Tais fatores são decorrentes da poluição de reservatórios e do desvio de recursos hídricos.
Em primeira análise, o documentário “Oceanos de plástico” mostra o quanto o descarte indevido de lixo pode ser prejudicial à população, visto que os mesmos vão parar em rios,represas e até mesmo no mar. Sob este viés, a poluição dos afluentes é um fator recorrente, visto que há diversos rios e açudes que não podem ser utilizados pelo povo em virtude de serem depósito de lixo e esgoto, como, por exemplo, o rio Tietê em São Paulo. Isso, por sua vez agrava a questão da crise hídrica, além de ser prejudicial à saúde dos cidadãos.
Segundamente, o documentário “Água: fonte de vida” mostra as consequências que o desvio indevido da água pode trazer ao meio ambiente e a população que ali vive. Analogamente, no Brasil o desvio de recursos hídricos influencia diretamente na crise hídrica, acarretando problemas como a seca de reservatórios antes abastecidos por esses rios e dificultando a vida de pessoas que dependiam do mesmo para seu sustento. Há exemplo da companhia hidrelétrica do São Francisco, que afetou a vida de diversos ribeirinhos que dependiam do rio São Francisco para sua sobrevivência.
Levando-se em conta esses aspectos, é mister que o Governo Federal, em parceria com o Ministério da Educação promova campanhas nas mídias sociais sobre a importância de preservar os recursos hídricos, visando incentivar a população a não poluir as fontes de água. Destarte, os reservatórios poderão ser utilizados de maneira à beneficiar a população e reduzir os problemas hídricos do país.