A CRISE CARCERÁRIA NO BRASIL

  Na obra “Capitães de Areia” de Jorge Amado, se demonstra uma distopia, em que o personagem Pedro Bala que sendo preso vive em uma penitenciária precária e sem condições básicas de vida. Em uma análise contemporânea, tal fato se remete á vida da população carcerária atual, em que á superlotação e a falta de condições básicas de vida, expressam em máxima evidência o descaso com as pessoas em situações carcerárias.

  Em primeiro lugar, as prisões surgiram com o íntuito de reeducar as pessoas, para que pudessem ter novas atitudes na sociedade e a partir disto, refletir sobre suas ações. Contudo, na atualidade o sistema carcerário é crítico. Segundo o INFOPEN, as penitenciárias tiveram um aumento de 160% desde 2012, e a maioria dos delitos são roubos ou furtos, o que mostra que 7 em cada 10 pessoas que já foram presas, voltem para cadeia e tenham condições extremas de vida precarizadas, como saneamento básico ou alimentação.

  Outrossim, a “Cultura do encarceramento” é imposta para as pessoas que cometem qualquer tipo de crime, sejam passionais ou hediondos, recebam a mesma punição, deixando claro ás falhas no sistema carcerário e contribuindo para que o Brasil esteja entre os 5 países com maior número de presos no mundo. Também deixa claro o descaso com á população carcerária que é excluída da sociedade e julgada como merecedora de atos desumanos, como se mostra na obra “ Prisões da miséria” de Louic Wacquant, que deixa claro a penalização da pobreza elevando ao nível máximo a exclusão dos detento da sociedade.

  Portanto, medidas devem ser tomadas. Urge que o Ministério da Justiça, entregue a Câmara de deputados o projeto de lei que aumenta as prisões e oferecem mais estruturas como saneamento e alimentação . É imprescindível que antes das pessoas serem presas, passem por uma avaliação para que infratores de crimes passivos, tenham como principal objetivo a reeducação. Para isto, atuem em projetos de caridade e participem de palestras e rodas de conversas obrigatórias pelo menos duas vezes por semana, para que aprendam que a prática de crimes não é a melhor solução. Deste modo, a crise carcerária será solucionada, dando á população penitenciária condições de vida essenciais, e tenham novas formas de aprender com seus erros.