A Covid-19 na periferia

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A chegada do novo coronavírus no Brasil causou certo temor em toda a população. O fato de ter de mudar, tão bruscamente, a maneira de viver e adaptar-se à quarentena afetou muitas pessoas, e nem mesmo foi possível para outras. É certo que toda a população foi afetada pela pandemia, mas como as regiões mais pobres do país sentem esse impacto? Essa redação se propõe a responder perguntas como essa.

Uma pesquisa recente indicou que, logo na primeira semana de quarentena, cerca de 70% dos moradores das favelas tiveram um decaimento em seu padrão de vida. Dado ainda mais agravante, 32% destes terão dificuldades para comprar comida. Dessa forma, essas pessoas não tem opções. Não houve planejamento, por parte do Governo, para acolhe-las nesses tempo. Logo, sendo impossível contornar essa situação, muitas tem de ir trabalhar em plena pandemia, arriscando suas vidas para comprar comida.

Muitas vezes ainda, nessas regiões empobrecidas, não se tem condições necessárias de saneamento básico, medida essencial para contenção do vírus. Com a precária condição financeira, que obriga a sair de casa, e a terrível condição de higiene as pessoas mais pobres estão morrendo em massa. O fazer viver de uns e o deixar morrer de outros, nunca foi tão evidente. Os hospitais públicos, já sucateados, encontram-se lotados e a pessoa pobre olha pra tudo aquilo com desespero indescritível.

Vale salientar ainda a questão da educação. Se o ser humano é aquilo que a educação faz dele, certamente a população terá problemas. Os mais pobres não estão indo para escola. Cerca de 30% da população do Brasil não tem acesso a Internet, logo não é possível realizar educação à distância. Com os colégios públicos, ao menos tem-se uma educação gratuita, mas no momento, não se tem mais educação para oferecer.

Por fim, como chegou-se nessa situação? Os anos de falta de planejamento, de cultivo de um discurso de ódio contra os pobres, de desigualdades culminou aqui. No momento, o Governo Federal tem o pior planejamento possível e soa como se a morte dos pobres não fosse importante, porque, para o 1% mais rico, realmente não é. Como podemos solucioná-la? Agora, não há solução imediata. Só com anos de planejamento, diminuição da desigualdade e muito incentivo à educação.

 

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1 Correção

  1. Acredito que, dependendo do gênero do seu texto, seria melhor descartar a frase “Essa redação se propõe a responder perguntas como essa.”.
    Eu substituiria o “Dado ainda mais agravante… ” por “Um dado ainda mais preocupante é que…”
    Apenas para das mais ênfase na situação, ao final de “muitas tem de ir trabalhar em plena pandemia, arriscando suas vidas”, eu adicionaria “,a de familiares e colegas”
    “Com os colégios públicos, ao menos tem-se uma educação gratuita, mas no momento,”-> “…mas, no momento,”
    “Por fim, como chegou-se nessa situação?”-> “… como o Brasil chegou nessa situação?”
    “Os anos de falta de planejamento, de cultivo de um discurso de ódio contra os pobres, de desigualdades” -> “…e de desigualdades”
    Espero ter ajudado! :)

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