“Não há nada de tão absurdo que o hábito não torne aceitável”, essa frase atribuída ao estadista romano Cícero representa de forma concisa a banalização do uso de drogas lícitas entre o público jovem no Brasil. Indubitavelmente, a naturalidade com que a população se habitua cristaliza essa vicissitude na sociedade brasileira. Dessa forma, dentre vários fatores que corroboram a problemática, destacam-se não só a influência midiática, como também o ambiente familiar favorável ao impasse perpetua o cenário.
Em primeiro plano, é importante apontar a indústria cultural como um dos meios que fomentam o hábito de fumar e beber no início da vida adulta. Nesse sentido, a mídia torna comum, de forma indireta, o ato de consumir tais drogas. Assim, a série humorística “Chaves” comprova essa perspectiva, na qual o personagem Girafales está sempre fumando, desse modo, tornando comum e familiar essa ação na mentalidade do telespectador pueril. Em suma, a banalização do uso de drogas advém da influência irresponsável da mídia, pois, ao buscar lucro, dissemina conteúdos que acarretam problemas sociais, como dependência de drogas entre os indivíduos. Contudo, a alienação do adolescente deve ser revertida.
Em segundo plano, é conspícuo que o ambiente familiar, na qual o jovem está inserido, é determinante para seus futuros hábitos. Nesse viés, o jovem tende a tornar seu que comumente vivencia, nessa linha de pensamento, os encontros familiares sempre acompanhados de bebidas alcoólicas despertam a curiosidade daqueles que nunca ingeriram a substância. O filósofo Jean Rousseau afirma que “o homem nasce bom, a sociedade que o corrompe”, de forma análoga a frase do filósofo está a realidade vivida no Brasil, em razão que as práticas familiares, mesmo sem intensão, tornam um cidadão ingênuo em um usuário de drogas lícitas, como o cigarro e a cerveja, o que tristemente acontece no país.
Infere-se, portanto, ações do Poder Público para mitigar o quadro vigente. Nesse âmbito, urge que o Ministério da Educação crie, através de verbas governamentais, palestras em centros educacionais com o fito de aproximar profissionais da área com pais e alunos, buscando massificar a informação sobre como tornar saudável as festas em famílias e, também, mentalmente consciente os períodos frente a mídia. Outrossim, cabe ao Estado fiscalizar, de forma rigorosa, os estabelecimentos para que a venda de bebidas para menores de idade seja minimizada. Logo, somente assim será possível não naturalizar o que dilapida a plenitude social da nação brasileira.
FlaviaAlessandra_
Olá! É um prazer corrigir sua redação.
Geral: Achei sua redação muito boa, entretanto possui mais do que 30 linhas, então sugiro tentar compactar melhor seus argumentos da próxima vez.
Introdução: Iniciou com uma boa alusão, fez bons usos do conectivos e apresentou as teses. Parabéns!
Desenvolvimento 1: Gostei do seu desenvolvimento, porém gostaria de destacar alguns pontos que poderiam ser corrigidos.
– A repetição da palavra “drogas” que poderia ser substituída por “substâncias”, “toxinas”, “entorpecentes”
-No começo do desenvolvimento você critica a mídia por demonstrar o hábito de fumar e beber no início da vida adulta, entretanto, faria mais sentido pro seu texto você criticar a indústria cultural que romantizam esses atos em adolescentes
Desenvolvimento 2: Amei seu desenvolvimento, boa citação e aprofundamento do problema mas novamente sugiro a evitar repetição do termo “drogas”, fora isso, um excelente desenvolvimento. Parabéns!
Conclusão: Gostei da sua primeira proposta de intervenção, ficou completa e apresentou os 5 agentes necessários mas a sua segunda proposta ficou incompleta. Sugiro você apresentar somente 1 proposta de intervenção completa da próxima vez ou detalhar mais a segunda.
C1: Domínio da escrita formal da língua portuguesa
160
C2: Compreender o tema e não fugir do que é proposto
200
C3: Selecionar, relacionar, organizar e interpretar informações, fatos, opiniões e argumentos em defesa de um ponto de vista
200
C4: Conhecimento dos mecanismos linguísticos necessários para a construção da argumentação
200
C5: Apresentar uma proposta de intervenção para o problema abordado que respeite os direitos humanos.
160
TOTAL: 920