Durante o período da colonização feita pelos portugueses e com a chegada de muitos escravos no Brasil, as mulheres negras que tinham maior predominância nas prestações de serviços nas casas dos senhores eram muitas vezes submetidas à violência sexual como estupro, gerando novos seres humanos a partir desse ato, crianças sem identidade e dignidade pois os senhores eram desocupados de todas as responsabilidades em virtude de seu poder social e econômico. Sob esse viés, o machismo foi criando estruturas fortes que se reflete na questão familiar. O abandono paterno é um fator histórico, por isso é tratado de maneira tão natural.
Em primeira análise, vale ressaltar que a sociedade brasileira criou a cultura da família tradicional que consistia na ideia de que a mulher nasceu para ser mãe com isso a responsabilidade paternal ficou em segundo plano. Interligando essa ideia, deve se levar em conta que, segundo os dados da Associação Nacional dos Registros de Pessoas Naturais registram quase 100 mil crianças nascidas em 2021 que não tem o nome do pai no registro civil. Além disso, em 2012, o processo de reconhecimento ficou mais simples sem a necessidade de procedimento judicial, quase 110 mil registros apresentavam apenas o nome da mãe.
Partindo desse fato, a figura do “pai” é fundamental para formação do filho independentemente da faixa etária, por se entender da ausência, desprezo ou indiferença, a não presença do papel paternal, como representante do limite e proteção, afetará diretamente na formação psicossocial apresentando dificuldades em reconhecer limites e de aprender regras de convivência social, ademais desencadeia inseguranças, sentimentos de culpa e até mesmo depressão. Dessa forma, a mãe fica mais sobrecarregada na tentativa de suprir as necessidades do filho tanto psicologicamente e financeiramente que acaba se culpabilizando por não cumprir cem porcento seus deveres.
Por todos esses aspectos, percebe – se notoriamente o impacto que a figura paterna tem na vida da criança e como a falta do afeto do mesmo acarreta obstáculos para uma vida social comum a todos os cidadãos, cabe então ao Poder Executivo em união com o Ministério da Segurança, desenvolver serviços gratuitos de reconhecimento e investigação de paternidade cujo o objetivo é reverter os altos índices de abandono paterno e registros “incompletos”. Aliás a cooperação do Poder judiciário, que não cabe apenas jugar ações do abandono afetivo, mas a conscientizar as mulheres sobre seus direitos e de suas crianças para que não fiquem compelidas as aflições que a displicência paternal acomete.
brunalismo
Adorei o tema, é bastante atual mediante a tantos horrores que assistimos referente ao abandono paternal. Só aconselharia a reduzir o tamanho do parágrafo por conta da extensão -concordando com a outra correção. Ademais, não tenho do que corrigir. Usou as fontes de forma correta. Talvez, já colocaria um dado no primeiro parágrafo só pra enfatizar o momento histórico, ficaria bacana. Continue treinando, está muito bem!
VhiiXiii
O texto está bem coeso e coerente. Você mostrou bom domínio em em texto dissertativo-argumentativo, expondo seu ponto e vista e estruturando bem seus argumentos, continue assim :).
Minha única sugestão é em relação ao tamanho dos parágrafos. Recomendo que faça parágrafos menores, assim não há risco em relação a ultrapassar a quantidade de linhas (que, no geral, são 30).
rejanesouza
O conteúdo do texto está bom, o que me incomodou um pouco foi a extensão de cada período nos parágrafos. Vale a pena estudar um pouco mais sobre esse aspecto, tente fazer 3 períodos em cada parágrafo que suas ideias ficarão mais bem estruturadas. Aliás, minha análise vai ser mais na parte estrutural. Quando for passar para o papel se atente a margem do parágrafo, para que fiquem todas na mesma distância. O alinhamento ao final de cada linha também é importante, procure não deixar muito espaço e se for preciso faça a divisão de sílabas. Dessa forma seu texto ficará com uma estrutura mais harmônica. Parabéns e continue praticando :)