A autotutela no contexto da segurança pública brasileira

Na série norte-americana “The Vampire Diaries” é apresentada, em seus episódios, a independência do personagem Matt Donovan sobre a administração de seus próprios atos, em uma cidade potencialmente perigosa. Fora da ficção, no cenário brasileiro, a questão da autotutela, no que concerne à segurança pública, se evidencia perpetuada em fatores econômicos e sociais.

Em primeiro lugar, vale mencionar que a situação de vulnerabilidade econômica na qual, principalmente, os jovens estão inseridos, conjuga a adoção de extensas medidas para própria sobrevivência e proteção. Paralelamente, dados do IBGE apontam que cerca de 62% dos jovens se encontram fora do âmbito escolar, devido à necessidade de assumir as pendências da casa ou seus próprios gastos. Nesse sentido, observa-se, por conseguinte, o amadurecimento precoce em razão das responsabilidades adquiridas e acrescente evasão escolar.

Ademais, convém citar que, desde os primórdios, a convivência humana é marcada por conflitos de interesses pessoais. Analogamente, no livro “amor líquido”, do filósofo polonês Zygmunt Bauman, salienta-se a fragilidade das relações interpessoais diante das vontades naturais do homem, operadas a seu controle. Logo, ocorre a manifestação do instinto de autossatisfação, tornando, igualmente, constante a busca por amparo.

Portanto, atitudes devem ser tomadas para mitigar o impasse. Desse modo, compete ao Governo promover projetos de ampla eficácia de auxílio aos indivíduos de baixa renda, garantindo retorno à vida estudantil e dinamizando as finanças familiares. Adicionalmente, o Ministério da Justiça e Segurança Pública, deve disseminar campanhas de favorecimento populacional e patrulha regional para fortificação da seguridade do cidadão. Com o fito de que o país seja adotado de harmonização social e comprometimento governamental.