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Preconceito Racial
kaioslayer
Lei para crime de racismo Em janeiro de 1989, foi sancionada a lei nº 7716, que tipifica como crime qualquer manifestação, direta ou indireta, de segregação, exclusão e preconceito com motivação racial. Essa lei representa um importante passo na luta contra o preconceito racial e prevê penas de um aLeia mais
Lei para crime de racismo
See lessEm janeiro de 1989, foi sancionada a lei nº 7716, que tipifica como crime qualquer manifestação, direta ou indireta, de segregação, exclusão e preconceito com motivação racial. Essa lei representa um importante passo na luta contra o preconceito racial e prevê penas de um a três anos de reclusão aos que cometerem crimes de ódio ou intolerância racial, como negar emprego a pessoas por sua raça ou acesso a instituições de ensino e a estabelecimentos públicos ou privados abertos ao público. Quando o crime de incitação ocorrer em veículos de comunicação, a pena pode chegar a cinco anos. Essa lei também torna crime a fabricação, divulgação e comercialização da suástica nazista para fins de preconceito racial.
Desde 2015, tramita no Congresso Nacional um projeto de lei do então Senador da República Paulo Paim (PT – RS) que modifica o Código Penal brasileiro, tornando o racismo um agravante para outros crimes. Se implantado, o projeto de lei resultará em penas mais severas para os crimes de lesão corporal e homicídio, quando estes resultarem de ódio e preconceito racial.
Leia também: Malcolm X, um dos principais ativistas pelos direitos dos afro-americanos nos EUA
Racismo reverso
Ultimamente, uma discussão que tem levantado opiniões divergentes nas redes sociais e na mídia em geral é se existe ou não o chamado racismo reverso. Racismo reverso seria a forma clássica de preconceito motivado pela raça, cor ou etnia, porém, contra brancos, ou de negros contra brancos. Os que concordam com esse posicionamento tendem a utilizá-lo como uma defesa, alegando que, muitas vezes, pessoas negras tecem ofensas racistas contra pessoas brancas. Para esclarecer esse assunto, precisamos observar alguns pontos.
Primeiro, o que é considerado racismo vai muito além de ofensas verbais. Temos um longo processo de segregação, muitas vezes institucionalizado, que mantém uma cadeia de exclusão dos negros da sociedade, da educação e da economia, os quais, na maior parte dos casos (inclusive na África do Sul, país com 40% da população branca), são dominadas por brancos.
Em segundo lugar, é preciso levar em conta os fatores históricos. Os negros foram sistematicamente escravizados, tratados como animais e, após a abolição do escravismo nos países ocidentais, excluídos e marginalizados. Isso significa dizer que existe uma cadeia de fatores históricos que tornam o preconceito e o ódio contra negros (e contra índios, que viveram situações similares) racismo.
Houve, inclusive, tentativas científicas de justificar tal prática. No entanto, nunca houve um momento na história moderna e contemporânea em que os brancos fossem escravizados por negros, tratados como animais e marginalizados social e economicamente. Por isso, é complicado tratar uma ofensa racial isolada contra pessoas brancas com a mesma gravidade com que se trata o racismo contra os negros e indígenas. Além disso, o racismo tende a ser ativo, enquanto o que se chama de racismo reverso, reativo,
Preconceito linguístico
kaioslayer
muito boa!Nosso país é rico em cultura, e as variantes linguísticas são prova disso. Para além dos sotaques — o modo de falar de cada região —, que configuram as diferenças geográficas, existem as variações socioculturais e situacionais. É aceitável que haja diferenças. O que não deve ocorrer é a esLeia mais
muito boa!Nosso país é rico em cultura, e as variantes linguísticas são prova disso. Para além dos sotaques — o modo de falar de cada região —, que configuram as diferenças geográficas, existem as variações socioculturais e situacionais.
See lessÉ aceitável que haja diferenças. O que não deve ocorrer é a escolha de uma dessas variantes como sendo a “certa” e todas as outras serem consideradas erradas ou de menor prestígio. Como essa “língua correta” é a ensinada nas escolas e utilizada nos centros de maior importância econômica, você pode imaginar como o preconceito vai muito além da língua.
No livro Preconceito linguístico, cujo resumo você vai ler abaixo, Marcos Bagno constata que, no Brasil, a discriminação e a exclusão em relação a “negros, nordestinos, pobres, analfabetos etc.” são acentuadas.
Por isso, ele escolheu usar, na capa de sua obra, uma foto de seus sogros, os quais representam essa parcela da população, como forma de homenageá-los e de difundir a luta pelo fim de todo tipo de preconceito.
mãos entrelaçadas preconceito linguístico
Resumo do livro Preconceito linguístico
Quem deseja conhecer mais sobre o tema precisa conhecer a obra Preconceito linguístico. Marcos Bagno, um importante linguista brasileiro, professor da UnB e colunista da revista Caros Amigos, escreveu esse pequeno livro em 1999. Hoje, já está em sua 56ª edição e foi lido por mais de 300 mil pessoas. Vale a pena saber um pouco sobre essa obra!
Preconceito linguístico: resumo
O livro de Marcos Bagno, Preconceito linguístico: o que é, como se faz, está dividido em três partes.
I. A mitologia do preconceito linguístico
O autor constata a presença desse tipo de preconceito na sociedade, fruto “da ignorância, da intolerância ou da manipulação ideológica”. Para ele, meios de comunicação e a própria escola são responsáveis por disseminar e intensificar o preconceito linguístico quando valorizam a gramática normativa em detrimento da língua realmente falada pela população.
Bagno apresenta, então, oito mitos sobre a língua portuguesa em que as pessoas acreditam e comprova a falsidade de cada um. Entre eles, destacam-se:
“A língua portuguesa falada no Brasil apresenta uma unidade surpreendente”: esse é o mito da língua única, que desconsidera a existência de variedades e diversidades linguísticas no país;