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Desafios para a valorização da herança africana no Brasil
Kaick Augusto Carvalho Loreiro
Sob a perspectiva de Lilia Schwarcz, antropóloga brasileira, existe no Brasil uma política de eufemismos; ou seja, determinados problemas sociais tendem a ser suavizados e não recebem a visibilidade necessária. Nesse viés, tal afirmação se faz presente de forma ferrenha no coletivo brasileiro, de moLeia mais
Sob a perspectiva de Lilia Schwarcz, antropóloga brasileira, existe no Brasil uma política de eufemismos; ou seja, determinados problemas sociais tendem a ser suavizados e não recebem a visibilidade necessária. Nesse viés, tal afirmação se faz presente de forma ferrenha no coletivo brasileiro, de modo que os indivíduos não dão a devida relevância à herança africana, o que ocasiona uma invisibilidade sobre a temática. Com isso, hão de ser analisadas as causas que corroboram tal questão: a falta de informações e a escassez de debates.
See lessNesse contexto, é válido ressaltar, inicialmente, que o pouco conhecimento contribui para os desafios da invisibilidade da herança africana. Em relação a isso, segundo Francis Bacon, filósofo inglês, “O conhecimento é em si mesmo um poder.” Sob essa ótica, percebe-se, por parte da população brasileira, uma dissociação com a ideia do intelectual, dado que desvalorizam o saber e, dessa maneira, não buscam informações sobre temas relevantes para o social, como a valorização da herança africana, o que gera maiores impasses para a garantia da preservação da cultura dessa herança. Em suma, faz-se crucial que os sujeitos busquem o conhecimento e adotem uma mentalidade crítica.
Ademais, a falta de discussão perpetua os percalços que dificultam a valorização da herança africana no Brasil. A esse respeito, é válido rememorar o conceito de ação comunicativa, criado por Jürgen Habermas, que diz respeito ao poder de transformação social advindo do diálogo. Nesse panorama, o corpo social vai de encontro com a teoria do filósofo alemão, de forma que os seres não debatem sobre o papel fundamental da herança africana na sociedade brasileira, a exemplo da importância desse teor para o respeito e conhecimento sobre essa herança. Em síntese, é primordial que os indivíduos tenham uma postura social ativa e discutam sobre o assunto.
Destarte, urge que o Estado tome providências para atenuar o impasse. Então, o Ministério das Comunicações deve promover campanhas publicitárias, por meio das mídias sociais, artifício em que boa parcela da população está inserida, de maneira que seja discutido sobre a relevância da herança africana no Brasil, com o intuito de que haja uma redução na falta de informações e escassez de debates e, assim, a herança africana poderá ser devidamente valorizada entre o corpo social. Dessa forma, a ideia filosófica de Lilia Schwarcz poderá ser, de fato, concretizada na nação brasileira