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O Brasil envelhece: como enfrentar os desafios da melhor idade?
JULIANA CRISTINA AMARAL
Na antiguidade grega, as pessoas idosas eram vistas como algo que encontrava-se em estágio de declínio e decrepitude. Seguindo esta linha de raciocínio, é notório uma correlação com o período atual, no qual a população idosa é constantemente desvalorizada e muitas vezes desrespeitada pela sociedade,Leia mais
Na antiguidade grega, as pessoas idosas eram vistas como algo que encontrava-se em estágio de declínio e decrepitude. Seguindo esta linha de raciocínio, é notório uma correlação com o período atual, no qual a população idosa é constantemente desvalorizada e muitas vezes desrespeitada
pela sociedade, vivenciando situações como carência de acolhimento familiar, deficiência no que diz respeito ao amparo estatal e falta de assistência médica. Há um aumento significativo da quantidade de idosos no Brasil. Com isso, torna-se necessário, portanto, que a nação tome medidas para mudar essa situação.
Em primeiro plano, é válido ressaltar que conforme indicado por uma pesquisa realizada pelo IBGE, 16,2% da população brasileira é idosa, enfatizando ainda um aumento de 7,2% em relação a 2012. Desta forma, é indispensável a existência de políticas públicas de asseguração aos direitos dos idosos, como prescrito no Estatuto do Idoso. Porém, a realidade é inteiramente controversa, visto que não há fiscalização devida quanto aos cumprimentos das prerrogativas estabelecidas por este regulamento, como consequência, o idoso torna-se, vulnerável a condições de segregação e desamparo.
Sabendo disso, é importante destacar que o descaso com indivíduos da terceira idade não parte apenas dos órgãos públicos. A própria sociedade, e até mesmo a família, discrimina os idosos. Isto ocorre porque as novas gerações enxergam as pessoas de idade mais avançada como o “peso morto” da civilização, isto é, aquele que não tem utilidade e é um empecilho, o qual não vale a pena o investimento, seja financeiro ou emocional. Desta maneira, o período cada vez mais curto de cuidado e acolhimento com os familiares idosos gerou, gradativamente, sentimento de solidão. Este é, ainda, um exemplo de falta de compromisso com o Estatuto, visto que o Art. 3º afirma que é dever da família garantir os direitos básicos aos cidadãos da terceira idade, contudo, na prática não é o que, de fato, acontece.
Em virtude das problemáticas mencionadas, verifica-se a necessidade de intervenção vertiginosa. Logo, o Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos (MMFDH) deve promover políticas públicas de defesa, por meio da divulgação, em aparelhos de comunicação e redes sociais, de contatos para denúncia e exigência dos direitos, com o fito de reduzir os índices de desamparo ao idoso. Desta forma, a frase “ordem e progresso” marcada na bandeira nacional se tornará factual.
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