Em 1904, o médico Oswaldo Cruz implantou políticas obrigatórias de vacinação, que foram repudiadas pelas pessoas da época. Esse acontecimento, apesar do paralelo de um século, evidencia o cenário da atualidade, caracterizado pela negligência social acerca da relevância da vacinação. Nesse sentido, é essencial desestruturar os alicerces que fundamentam esse quadro: a visão ignorante sobre as vacinas e a falta de conhecimentos a respeito da prevenção.(1)

1 – boa introdução e tese explícita
De início, o pensamento de substancial parcela da população corrobora a negligência à imunização. Diante disso, vale mencionar que, quando a vacina tríplice viral foi produzida (4)com o objetivo de combater o sarampo, a civilização construiu um ideal baseado em sua produção: por esse imunológico ser originado de bovinos, as pessoas diziam que ao tomá-lo(2), sua face se assemelharia a um bezerro. Paralelamente, essa visão é, ainda, a realidade do século XXI, já que muitos indivíduos deixam de se vacinar por apreensão das possíveis consequências desse método de prevenir as doenças(3), o que formula preconceitos a tal proteção. Dessa forma, os estigmas em relação às vacinas devem ser combatidos.
2 – a palavra “que” impede o uso de ênclise aqui.
3 – repertório produtivo.
4 – aqui precisa de vírgula, pois se trata de um adjunto adverbial final.

Por outro lado, os indivíduos, por não terem informações da necessidade de se vacinarem, negligenciam a proteção contra os vírus(5). Isso porque a Base Nacional Comum Curricular (BNCC) – responsável por ditar os estudos escolares – não inclui ensinos voltados à importância da prevenção. Consequentemente, a sociedade opta por movimentos anti-vacinas(6), haja vista que o medo de efeitos colaterais, incentivado pela escassez de conhecimentos, é maior, para algumas pessoas, que os reflexos das doenças atuais, como retratado em 1904 pela repudiação(7) dos brasileiros às campanhas do Oswaldo Cruz(8). Desse modo, dados referentes a imunológicos devem ser transmitidos.
5 – Muito bem, retomou a tese da introdução no desenvolvimento.
6 – não tem hífen: antivacinas.
7 – pelo repúdio.
8 – boa retomada do repertório da introdução.

Torna-se imprescindível, portanto, contornar os fatores supracitados para que a vacinação receba a devida importância na sociedade contemporânea. Nesse viés, urge que o Ministério da Educação(agente) insira nas escolas, por meio de alterações na BNCC(meio), estudos sobre a necessidade das vacinas(ação), como histórias de antigas epidemias que, se os imunológicos não existissem, seriam presentes no segundo milênio(detalhamento), a fim(finalidade) de contornar a visão errônea da prevenção e de disseminar conhecimento. Assim, os indivíduos não irão negligenciar a vacinação – fato evidenciado em 1904

No livro memórias póstumas de Brás-Cubas(1), de Machado de Assis, Brás-Cubas,(2) fala não ter tido filhos para não transmitir a niguém(3) o legado de miséria do Brasil. Nesse sentido, convém afirmar que problemas, como: (4) a corrupção sistêmica no país, fazem a decisão de Brás-Cubas ser tida de modo racional, uma vez que essa problemática auxilia o Brasil a perdurar num cenário de miséria e pobreza, como previsto pelo autor-defunto. (5)Dessa forma, faz-se preponderante a análise das causas do estorvo para deturpar essa herança de indigência.
1 – aspas
2 – tirar vírgula
3 – ninguém
4 – não precisa de dois pontos
5 – boa aplicação do repertório ao tema
A princípio, é de suma importância destacar que a lenta mudança de mentalidade da população contribui para a permanência do problema. No filme “tropa de elite”, é mostrado uma realidade em que policias corruptos roubam dinheiro público para satisfazer suas vontades individuais. Desse modo, é evidente que a mentalidade social brasileira não é tão diferente da vista no longa-metragem, dado que a maioria dos invíduos(6) se baseiam apenas no bem individual e não em um bem coletivo, como visto com os policiais no filme. Logo, é preciso que a sociedade passe a pensar no bem comum para mudança do panorama.(8)

7 – indivíduos
8 – boa argumentação
Ademais, outro agente causador da corrupção é a falta de mobilização social. Na Tunísia, depois de um longo processo de protestos, o governo foi destituído, devido a(9) pressão social. Nessa perspectiva, observa-se, com os acontecimentos na Tunísia, que a população detém o poder de mudança nos sistemas que englobam a esfera social, como o político. Entretanto(10), conclui-se que sem mobilidade populacional para a mudança de um contexto, esse tende a continuar, como no Brasil,(11) o de corrupção. Então, é necessário que a população intervenha na problemática para sua transformação.
9 – devido à
10 – seria mais adequado “Por isso” no lugar de “Entretanto”.
11 – tirar vírgula
Portanto, o Ministério da Educação(agente) deve iniciar uma reformulação na forma de pensar da população(ação), começando na parcela mais jovem, por meio da distribuição(meio), nas escolas, de panfletos que se referem a pensar no próximo e em um bem coletivo e, também, fazer palestras do mesmo assunto, com a presença de tutores especializados no tema. Assim, tudo isso será feito não só com o intuito(finalidade) da sociedade se tornar mais ativa no combate a corrupção, mas também de mudar sua mentalidade, para, enfim, o Brasil deixar seu legado de miséria(detalhamento) e tornar a decisão de Brás-Cubas errada.

O filme “O menino que descobriu o vento” narra a história real de Willian Kamkwamba(1) que por meio de livros trouxe energia e água para sua vila, onde morava. Com base nisso, fica evidente que os livros são a ferramenta para a transformação de um povo. No entanto, há uma falta de interesse e um grande desincentivo no que concerne à leitura.(2)
1 – vírgula
2 – tese
Em uma primeira análise, deve-se ressaltar a falta de conteúdos mais atrativos para amenizar o desinteresse pela leitura. Segundo o escritor e psiquiatra português Antonio Lobo Antunes, um povo que nunca lê será um povo escravo(11). Sendo assim, pode-se observar que a leitura transforma e, também, liberta um indivíduo.(3)
3 – Procura aprofundar a argumentação.
11 – Explique o porquê de você pensar que um povo que nunca lê será um povo escravo.
Além disso, é fundamental apontar o desincentivo que há nas escolas em relação à leitura, devido à falta de medidas governamentais e, também, a(4) de estímulos que os professores deveriam dar(12). Segundo William Arthur Lewis, educação nunca foi despesa(6). Sempre foi investimento com retorno garantido. Diante de tal exposto, fica claro que a desestimulação(5) da leitura não pode perdurar.
4 – não precisa desse ‘a’
5 – trocar por “desencorajamento”
6 – Recomendo a argumentar sobre a citação que você trouxer. Por exemplo, aqui você poderia explicar o porquê de a educação ser um investimento com retorno garantido.
12 – Quais estímulos os professores deveriam dar?
Depreende-se(7) portanto(7) a necessidade de combater esses obstáculos. Para isso(8) é necessário que as (agente) escolas(9) por meio(meio) de palestras feitas na mesma, oriente a importância da(ação) leitura para que assim ela seja algo prazerosa(10) e até mesmo transformadora na vida de quem lê(finalidade). Assim, quem usa da leitura não será escravo, como diz Antonio, pois poderá usá-la como uma ferramenta de transformação.(Detalhamento)
7 – vírgula
8 – vírgula
9 – vírgula
10 – algo prazeroso