Segundo o filósofo Kant, ”O homem não é nada além daquilo que a educação faz dele”. Seguindo essa linha de raciocínio, fica evidente que a educação faz toda diferença no mundo, mesmo sendo à distância, no entanto, este novo modo de estudo ainda não é muito bem visto hodiernamente. Deste modo, faz-se necessária a análise concreta da problemática, com ênfase na desigualdade social e na falta de capacitação profissional que trazem contornos específicos ao mal-estar da sociedade.
Sob esse viés, urge citar a desigualdade social como promotora desse problema. De acordo com o IBGE, cerca de 25% dos brasileiros não têm acesso à internet. Este é um dos entraves da educação remota, uma vez que ocorre uma desigualdade social, fazendo com que os mais vulneráveis não tenham acesso à educação, pois na maioria das vezes não possuem internet, nem um computador, tablet ou celular para assistir às aulas. Desse modo faz-se necessária reformulação dessa postura estatal urgente.
Ademais, pode-se citar a capacitação profissional como impasse desse cenário. Conforme uma pesquisa feita pela UFMG, cerca de 90% dos professores não tinham experiência com aulas remotas. De tal modo que, os professores que não são acostumados com esse método de ensino não recebe um curso para saber como usar essas ferramentas tecnológicas, ou seja, na maioria das vezes, eles são obrigados a se adaptar a nova realidade sem ao mesmo saber usar esses recursos tecnológicos, e isso poderá vir a dificultar no ensino do aluno, e conseqüentemente, gere a evasão escolar.
Em vista disso, percebe-se que o ensino a distância possui muitos desafios, nas quais podem se aprofundar em uma evasão escolar. A partir disso, o MEC deve agir por meio de verbas do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação, através das escolas, deve promover cursos que ajuda aos professores a operarem as ferramentas tecnológicas, com intuito de mesmo a distância consigam ensinar os seus alunos através da tecnologia, fazendo com que ela se torne uma aliada no ensino. Ademais, dentro desse mesmo plano, através das verbas do Fundo nacional da educação, devem comprar computadores e distribuir nas escolas públicas, na qual irá conceder aos alunos que não possuem condições de ter um, com a finalidade de tentar superar essa desigualdade social e, que todos têm acesso à educação. Assim, os desafios atrelados ao ensino à distância serão mitigados e o pensamento de Kant será consumado.

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