Segundo o naturalista Theodore Roosevelt “Educar uma pessoa apenas no intelecto, mas não na moral é criar uma ameaça a sociedade”. Antagônico do que muitos acreditam, a escola não serve apenas para a formação intelectual do aluno, ela também auxilia no desenvolvimento moral e crítico do indivíduo. De fato, o atual cenário pandêmico trouxe consigo inúmeros impactos, entre eles estão o isolamento social, a impossibilidade de profunda interação entre estudantes e professores, e o uso em larga escala do sistema de educação a distância através de recursos digitais, o principal problema desse sistema no Brasil é, que nem todos tem acesso a tais meio. Desta forma problematizando a troca de experiências que resultariam na modelação do caráter e do aprendizado nas áreas do conhecimento.
Convém ressaltar, a princípio, que a discrepância de renda no país, é um fator predominante para a desigualdade no acesso à internet. Dado que, nem sequer todos tenham condições financeiras de arcar com os curtos para tal aquisição. De acordo com um estudo feito pelo banco de dado numbeo o Brasil ocupa o, 58° lugar no ranking dos 100 países que pagam mais caro para ter acesso à internet. Desta forma impossibilitando uma maior inclusão digital, visto que 6 milhões de alunos — principalmente de escolas públicas— são excluídos digitalmente, desta forma impossibilitando o processo de aprendizagem remota e o colocando em desvantagem em relação a um aluno de escola privada que possui um maior acesso.
Ademais, outra dificuldade enfrentada é a carência de recursos e a necessidade de investimentos, com o propósito de, promover melhorias na estrutura educacional e capacitação dos professores para o uso e domínio de ferramentas digitais. Pois, a falta desse investimento ocasiona dificuldades na implementação de atividades a longa distância, tornando a forma de aprender mais exaustiva e obsoleta. Segundo o filósofo e sociólogo Karl Marx, o homem é por natureza um animal social, pois ele não pode ser privado de estar em sociedade. Análogo a isso, algo que está interligado ao rendimento escolar inserido neste atual contexto, é a pressão psicológica que o isolamento social está tendo sobre o aluno, uma vez que para pessoas na faixa etária de 12 a 17 anos de idade, a convivência diária entre elas é fundamental para aprender como viver em sociedade.
Tendo em vista esses aspectos, faz-se necessária uma intervenção destes problemas. A fim de diminuir a desigualdade no acesso à internet, o Ministério de Ciências, Tecnologia e Inovações (MCTI) junto ao Ministério da Educação (MEC), devem instituir políticas públicas para tornar o valor do acesso á web mais acessível, para a classe estudantil, por meio de parcerias com as maiores provedoras de internet do Brasil. Desta forma espera-se diminuir a desigualdade no acesso á internet, e possibilitar que o estudante alcance maiores objetivos. Ademais, o MEC deve proporcionar para educadores, cursos por meio virtuais, com profissionais na área de tecnologia com o intuito de capacita-los para o uso de ferramentas digitais. Com essa intervenção, almeja-se que os professores tenham um maior domínio de recursos tecnológicos usados no sistema EAD, a fim de proporcionar uma melhor experiência na educação nesse atual cenário. Com todas as medidas citadas pretende-se diminuir os impactos na educação causados pela pandemia.