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A valorização da educação transforma a sociedade?
Mr.Crozma
Isabel, Torço para que sua redação não tenha sido escrita de madrugada, ou que só à madrugada você paz e concentração para escrever um texto. Aliás, pensando nas possibilidades de locais e comidas dos colegas da sala onde você fará a prova, conseguir se concentrar em circunstâncias adversas é um belLeia mais
Isabel,
Torço para que sua redação não tenha sido escrita de madrugada, ou que só à madrugada você paz e concentração para escrever um texto. Aliás, pensando nas possibilidades de locais e comidas dos colegas da sala onde você fará a prova, conseguir se concentrar em circunstâncias adversas é um belo treinamento pra pior das hipóteses. Eu já cheguei a fazer redação em pé no ônibus (rascunho, por óbvio).
Sem mais delongas, já devo informá-la de que a apresentação conta rigorosamente pouquíssimos pontos de eventual coerência no Enem e não deve ser escrita em tantas linhas.
Só a Introdução já se basta com 5 ou 6 linhas, e ela tem que cumprir três funções: apresentar o tema (mostrar ao corretor que você entendeu o que o tema pede, que você e ele estão falando a mesma língua), expor a sua tese e antecipar as ideias dos argumentos que você pretende desenvolver. Basicamente 1,5 linha pra cada função, é esse o padrão que você tende a encontrar nas boas redações do Enem.
Muito cuidado com o tom panfletário! Sei que há motivos de sobra para criticar o governo – eu, como cidadão, adoro ler esse tom crítico -, mas, com as palavras de Gabriela Prioli, mais razão e menos emoção, o que se pede de mim como corretor é que eu a relembre das formalidades estruturais de uma redação que implora pelo cumprimento das funções de cada parágrafo.
Se encaixar nesse padrãozinho é necessário, são as regras do jogo.
Outra regra do jogo, por exemplo, é a escrita na terceira pessoa do singular ou, no máximo, com muita especificidade de tema, na primeira pessoa do plural. É tradição apontar a terceira pessoa do singular como a forma impessoal de escrever e, por conseguinte, a forma mais convincente de se escrever. Não sou eu que estou dizendo isso, diz-se isso, generalizadamente.
Até agora, eu falei que o texto têm funções cumprir – consequentemente, cada palavra tem um padrão e uma meta a alcançar: você tem que descobrir e entender cada uma dessas funções, que se encaixam perfeitamente, como fases de cálculos matemáticos, em cada oração que você escrever; falei que o tom panfletário precisa ser abandonado – é um texto com padrão diferente do que se exige numa discussão de facebook, por exemplo; falei que é preciso escrever na 3ª pessoa sempre, o texto inteiro, sob penas pesadíssimas na sua nota (com direito à nota zero em casos de depoimentos pessoais!), estamos falando da estrutura dissertativo-argumentativa.
Pois bem, tendo explicado o que se pede da sua introdução, recomendo que reescreva o seu texto e, caso queira, para não ter que corrigir várias redações só para esta finalidade, minha caixa de mensagens está aberta para a gente conversar sobre esta e outras estruturas/formalidades que o Enem exige do candidato.
Espero que meu texto tenha representado a preocupação que eu sinto com a tua escrita, especialmente porque li suas duas primeiras correções e você não parece uma pessoa que mereça nota baixa na redação do Enem. Seja muito bem-vinda!
See lessO PAPEL DA LITERATURA NA FORMAÇÃO DE VALORES NA SOCIEDADE
Daniel Barbosa
Boa noite! Olhe sua redacao comecou bem, ja no D1 seu desfecho final ficou muito pequeno e tambem voce deveria ser mais critico. No D2, ficou meio confuso... Mais mesmo assim ainda com um desfrecho final pequeno e nao critico... Sua conclusao esta incompleta.... C1 = 160 C2 = 120 C3 = 160 C4 = 160 CLeia mais
Boa noite!
Olhe sua redacao comecou bem, ja no D1 seu desfecho final ficou muito pequeno e tambem voce deveria ser mais critico.
No D2, ficou meio confuso… Mais mesmo assim ainda com um desfrecho final pequeno e nao critico…
Sua conclusao esta incompleta….
C1 = 160
See lessC2 = 120
C3 = 160
C4 = 160
C5 = 140
======= 740 pontos…
A pirataria em questão no Brasil
Daniel Barbosa
Boa noite! Parabens pela sua redacao, esta muito boa... Achei so a falta de um desfecho final mais critico.... Introducao perfeita... Desenvolvimiento bem feito Conclusao muito bem feita, senti a falta de detalhamento de um agente... C1 = 180 C2 = 180 C3 = 160 C4 = 180 C5 = 180 ======== 880 pontos
Boa noite!
Parabens pela sua redacao, esta muito boa…
Achei so a falta de um desfecho final mais critico….
Introducao perfeita…
Desenvolvimiento bem feito
Conclusao muito bem feita, senti a falta de detalhamento de um agente…
C1 = 180
See lessC2 = 180
C3 = 160
C4 = 180
C5 = 180
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880 pontos
Automedicação em debate no século XXI
Mr.Crozma
Sobre as frases longas: todo momento em que você sente que uma ideia se fechou e, portanto, que você sente que pode colocar um conectivo, ali é o momento do ponto final. Eu vejo poucos "isso" no seu texto, o que é um sintoma da sua dificuldade de quebrar frases, porque pronomes demonstrativos são esLeia mais
Sobre as frases longas: todo momento em que você sente que uma ideia se fechou e, portanto, que você sente que pode colocar um conectivo, ali é o momento do ponto final.
Eu vejo poucos “isso” no seu texto, o que é um sintoma da sua dificuldade de quebrar frases, porque pronomes demonstrativos são essenciais pra trazer uma oração inteira a outro clima que você quer criar com os conectivos.
Em contrapartida, há conectivos que são estáticos (mas, e, pois – com sentido de explicação), eles sempre pedem uma ligação colada com a oração anterior, separados, no máximo, por vírgula. Isso pode explicar as suas frases longas, na medida em que voce tende a escolher “mas”, em vez de “entretanto”; “e”, em vez de “ademais”; “pois”, em vez de “Isso porque” – nas causas eu não vejo como não utilizar um pronome demonstrativo, e deve haver alguma explicação para isso.
Se a sacada para quebrar frases está no momento dos conectivos, é importante sempre estabelecer relações de sentido entre essas frases:
No primeiro argumento, qual é a relação entre a facilidade de encontrar farmácias e os avanços informacionais? É de mera concomitância? Acasos? Enfim, se você estabelece essa relação, você uma ideia da explicação e vê sentido em colocar um ponto final, para, posteriormente, trazer a conclusão apoiada na teoria do hábito;
No segundo argumento, você trouxe uma conclusão; depois, uma causa; depois, um suporte estatístico; por fim, uma outra conclusão. Seria melhor deixar a conclusão da necessidade de avalição médico para depois dos dados. Eu acho que você só quis trazer essa conclusão para o início porque está acostumada a usar conectivos que não se propõem a explicar já ali o seu Tópico Frasal.
Para o escritor pode ser chatinho alterar essa ordem, mas para o corretor fica muito mais fácil entender a sua lógica com essa separação – com todas as separações, na verdade. O Enem é chato: a tese não pode ficar suspensa, o argumento tem que ser sempre na linha problematizante, a conclusão tem que ser sempre propositiva. O Enem é um grande estraga-prazeres de gente que sabe escrever.
Uma outra observação que a Fernanda fez e eu subscrevo é sobre o tal do Brasil. Não há, pelo menos na frase-tema, qualquer elemento restritivo de tema ao contexto brasileiro, o que sugere que o tema quer uma abordagem do cenário globalizado.
Essas indústrias farmacêuticas são internacionais, o problema é bem amplo, mas acho que um tema Enem é cada vez menos global, já que vocês treinam tanto essas propostas que exigem atuação do governo brasileiro – tô achando até muito mecânica essa forma de propor que pensa em Ministérios.
Ahh, o Enem não costuma pregar essas peças temáticas – como falei, é chato. De toda forma, é interessante confirmar se os textos motivadores não dão indícios de que querem uma reflexão global (vá lá, um texto motivador com um ‘newyorktimes” de fonte é pra chamar atenção a isso, por exemplo).
Era só isso o que eu queria apontar.
See lessJustiça com as próprias mãos e o impacto na sociedade brasileira
Mr.Crozma
Salve, Pamela! --------------------------------------------- 1º parágrafo Você tá começando a pegar a ideia de mexer com essa citação do Marx, mas ainda ficou devendo e acho que você reconheceu isso. Tua grande questão é: qual a melhor relação que Marx pode ter com o seu texto? É mesmo de “analogia”Leia mais
Salve, Pamela!
——————————————— 1º parágrafo
Você tá começando a pegar a ideia de mexer com essa citação do Marx, mas ainda ficou devendo e acho que você reconheceu isso. Tua grande questão é: qual a melhor relação que Marx pode ter com o seu texto? É mesmo de “analogia”? Será que cabe essa analogia? O que que Marx entende de justiça com as próprias mãos? Você consegue funcionar com uma apresentação de tema diferente dessa apresentação marxista?
Você precisa minimamente ter essa flexibilidade, pra quando chegar na hora da prova não citar Marx de maneira completamente aleatória. Justiça com as próprias mãos é um tema fácil de se apresentar!
De toda forma, não nego que gostei da sua tentativa de variar, mas é óbvio que eu esperava uma relação intensa entre tema e tese. Mas sério, responda a si própria, com a folha em branco na mão, se você consegue produzir uma introdução completamente diferente dessa. Algo que cite a Constituição, por exemplo, uma introdução com fato concreto, como os que você cita no Desenvolvimento daqui, enfim, algo nesse sentido, como exercício de flexibilidade criativa.
——————————————— 2º parágrafo
Salve o nosso neomedievalismo! Deixa eu te perguntar, qual que é o conectivo que a gente coloca nessa segunda frase do desenvolvimento?
Vamos falar de argumentação: Argumento = TF + Explicação + Aprofundamento. Você não está tão longe disso, mas faltou uma explicação mais detalhada, antes de partir para o Aprofundamento exemplificativo.
Imagine um “Isso porque” sempre que você terminar o seu Tópico Frasal (TF). A sua missão aí é explicar “por que o desapoio (omissão, vai) do governo gera os linchamentos?”.
O “isso porque” te dá uma segurança de que o que você vai explicar sobre o TF dá sentido à argumentação. Estou falando que você errou? Claro que não, mas a explicação completa é “causa + causa da causa”. Eu vou te perguntar, porque sou rigoroso, por que as pessoas se sentem no direito de se vingarem, se, por exemplo, a lei fala que o cidadão tem o direito de entrar com processo criminal, no lugar do Ministério Público, se este não cumprir com o seu dever legal? E aí, o que eu vou esperar é uma eventual justificativa cultural, psicológico-social, educacional, enfim, é por aqui que a gente encontra o seu repertório interdisciplinar.
Tente sempre buscar um exemplo mais curtinho, pra sobrar espaço para a exploração das consequências/efeitos. Você está fazendo certinho ao citar o exemplo depois da explicação, e isso deve significar que você pode citar o exemplo já embutido na causa da causa. Casos clássicos, de conhecimento geral, não precisam de detalhes como “há o caso da dona de casa linchada no Guarujá… os moradores tomaram atitude, uma vez que nada havia sido feito judicialmente contra ela”.
Essas palavras que eu destaquei devem ser óbvias, devem ser desnecessárias, porque você já explicou o TF com as suas palavras, e o exemplo serve pra dar suporte a essas palavras: presume-se, portanto, que o exemplo não dirá o oposto do que você quis trazer! Achei o exemplo apropriado, mas confesso que imagino ser bem difícil lembrar de exemplos que se encaixem perfeitamente na hora do Enem.
O feijão com arroz sequer exige citação, dados, exemplos, provas concretas (um dever constitucional ou notícias comprovadas, por exemplo). O feijão com arroz se chama exploração de causas e consequências. E pensar em consequências significa, aqui, pensar na consequência de a omissão ser inconstitucional. É inconstitucional e ponto final? Não tem uma consequência pro Estado?
“O linchamento não poder ser desfeito” não é exatamente a consequência de a omissão do Estado ser inconstitucional. Então você tem que responder à seguinte pergunta: “e daí que isso é inconstitucional?”. Aí você chega na consequência da consequência e fecha a ideia que se espera do seu parágrafo.
——————————————— 3º parágrafo
Ninguém vira justiceiro sem um mínimo de hipocrisia e busca de satisfação egocêntrica. Achar puro altruísmo e valentia nestes gestos é nocivo à sociedade, lutar por bens é algo em que Marx se encaixaria como uma luva, diga-se de passagem. Ó a responsabilidade que citar Karl traz kkkk. Aqui faltou uma explicação melhor (lembra da minha ênfase no “isso porque”?), eu acho que entendi: vi causa + causa da causa aqui, algo do tipo…
“A busca por vingança organizada não tem sucesso. Não tem sucesso por causa do despreparo entre civis para a segurança pública, já que há casos de mortes desses civis, como no caso da Barra, em 2017.”
Eu tentaria buscar uma causa para o despreparo (uma razão para não se treinar cidadãos para o combate – algo como “se até policiais morrem em confronto, quem dirá civis né”), e só depois eu provaria com o exemplo da Barra. Isso é uma forma de aprofundar o seu repertório, de dar consistência e de provar que você sabe do que está falando.
Depois do exemplo, você me dá uma consequência e outra consequência da consequência, talvez não tão boa quanto pudesse ser, mas já é uma noção argumentativa. Talvez entendendo melhor a sua própria estratégia, você consiga ir mais à fundo nessa argumentação.
——————————————— 4º parágrafo
A proposta ficou legal, só não precisava dizer que o MP vai fazer parceria com a Polícia Federal, primeiro porque são independentes, MP inclusive tem a função de fiscalizar a polícia; é de fato a polícia que precisa melhorar os atendimentos – é a polícia que está na rua -, e não é a PF que cuida de crimes comuns não, esses linchamentos por causa de roubo, furto, essas bobeiras aí, são função da Polícia Estadual. Eu não sei mesmo se o Enem desconta ponto dessas questões de competência, eu acho sinceramente tão exagerado pedir que vocês detalhem os agentes, que saibam as competências constitucionais, vocês precisariam de aula de Direito Constitucional, fica aqui o meu desabafo kkkk.
——————————————— Minhas conclusões
Eu ainda não quero partir pra comentários sobre norma culta pra não te encher de dor de cabeça, já imagino estar dando trabalho suficiente pra repensar essa Introdução, cujas dúvidas você pode sempre tirar comigo nas mensagens. Eu creio que essas adaptações no Desenvolvimento não serão difíceis pra você, muito pelo contrário, dar um sistema pra essa argumentação vai te ajudar bastante, a dificuldade vai ser no espaço dentro da folha, ou seja, na tua capacidade de síntese sem perda de conteúdo. Achei seu desenvolvimento mais organizadinho dessa vez, mas a introdução ainda ficou devendo: não tenha medo de testar. Repetição só se começa a fazer quando voce encontra o seu estilo perfeito: se Marx não está sendo sequer lembrado, mesmo quando você argumenta sobre direito à propriedade privada, é sinal de que seu texto precisa mais coerência. Eu imagino essa redação ainda abaixo dos 800, acima dos 700, é a faixa de nota mais truncada de evoluir.
Obs: você não tem que concluir nada da Introdução!!!! Esquece esse “logo”, tu num desenvolveu nada na Introdução pra concluir o que quer que seja, você tem que me convencer de que a vingança é um problema, imagina que eu sou justiceiro pegando a tua olha escrita no chão. Sim, ficou faltando isso na minha observação da Introdução, eu tô começando a ficar sonolento e, consequentemente, preguiçoso, não me julgue por colocar a Introdução na Conclusão (ou vice-versa), eu posso, você é que não pode!
See lessOs cuidados com a saúde mental no Brasil
Mr.Crozma
--------------------------------------------------------------- 1º parágrafo Essa apresentação de tema não ficou legal. Idade Média parece ter sido jogada só para você poder ter uma ideia sobre como fechar o texto, e isso nem sempre é necessário. Há outras formas de fechar o texto, com ideias conectLeia mais
————————————————————— 1º parágrafo
Essa apresentação de tema não ficou legal. Idade Média parece ter sido jogada só para você poder ter uma ideia sobre como fechar o texto, e isso nem sempre é necessário. Há outras formas de fechar o texto, com ideias conectadas ao desenvolvimento, à tese, você não precisa da Apresentação para isso. A função dela é mostrar pro corretor que você e ele estão falando a mesma língua! Idade Média ou religião provam que você está falando de saúde mental? Muito cuidado com essas apresentações, até mesmo para o corretor não bater o olho e achar que você fugiu do tema.
Além disso, não há, no Desenvolvimento, qualquer referência à palavra “possuídos”, que tinha a pretensão comparativo-introdutória e, portanto, era fundamental para a compreensão da sua tese. Os argumentos nascem em defesa da tese. Esse é um padrão que eu vi nas suas últimas duas redações: Aristóteles e Drogas têm uma ligação bem suspeita – pra não dizer inexistente -, assim como a ligação entre o descobrimento do Brasil e a emergência atual dos biomas brasileiros precisaria de uma forte argumentação, talvez sob o ângulo de traumas transgeracionais, para existir.
Proponho que seja mais flexível nessas possibilidades de introdução, recorrendo à introdução tradicional, se for necessária (Muito/Pouco se discute a respeito de..). Uma Apresentação em que eu veria mais lógica para o seu texto seria algo do tipo: “A Literatura atual é farta de estórias que narram aspectos marcantes para a saúde mental do século XXI”. Algo desse tipo se encaixaria muito mais aos seus propósitos dissertativos e, talvez, lhe proporcionassem alguma reflexão maior sobre isso.
No mais, vejo que você sabe cumprir as funções de um parágrafo introdutório.
“A Idade Média é vista como um marco na história da humanidade devido a(1) intensa presença(2) da religião na vida dos cidadãos(3). Tal contexto histórico mostra-se relevante, já que a exclusão dos indivíduos considerados “possuídos”(4) ocorre de forma análoga hodiernamente(5) com a saúde mental, o(6) qual(7) é um grande problema para a população brasileira. Nesse âmbito, torna-se imprescindível compreender as motivações da banalização dos problemas psicológicos e a falta de atendimento especializado.”
1 – Aqui o “devido” pede crase;
2 – Cuidado com o Eco (intensa presença), eu vou fazer várias observações sobre isso: você evita palavras repetidas não só por causa da pobreza vocabular, mas porque gera Eco, é horrível de ler, leia as suas redações em voz alta numa revisão;
3 – Eco (religião, cidadãos);
4 – Eco (indivíduos possuídos);
5 – Se o verbo já foi conjugado no presente, fica essa sensação de redundância, e é por isso que é melhor citar o advérbio antes, o que dá mais ênfase ao tempo que você quis destacar;
6 – O qual é a saúde? A qual;
7 – Eco (mental, qual) – aqui revela um vício para o Eco, não havia muitos motivos para você não usar a palavra “que”;
————————————————————— 2º parágrafo
Aqui no Desenvolvimento eu vejo que você entende do Tópico Frasal (TF) e o conecta aos fios soltos introdutórios (se é que você chama assim aquela antecipação de argumentos no 1º parágrafo). Isso facilita muito a compreensão do que você quer passar.
A minha maior dificuldade com a sua redação foram referências não clássicas (best-seller não é clássico, estamos de acordo?). Minha dica é que se você puder focar em referências clássicas, você vai ajudar o corretor a não se estressar caçando referências na internet, porque ô como é difícil encontrar uma resenha objetiva sobre o livro do John Green!
Eu acho que você já leu em outro comentário a ideia de argumentação que aprendi. A lógica é simples: o filme é exemplo, exemplo não é explicação. Quando você escreve esse TF, a sua primeira obrigação é explicar pro leitor o que você entende por “negligência” e “bem-estar”. Eu não posso fazer uma interpretação do filme por você, é você quem tem que me indicar qual é a sua explicação sobre o que é negligenciar, o que é bem-estar mental, e uma explicação completa pede causa e causa da causa. Por que negligenciam? Você me responde: porque banalizam. E por que banalizam? A resposta aqui é o exemplo?! Acho que esse erro vai ficar mais claro no segundo argumento.
“Primordialmente, vale ressaltar que uma boa parcela dos indivíduos negligência(1) o seu bem estar(2) mental. Sob esse viés, no filme ”Por lugares incríveis” de Jennifer Niven e Liz Hannah, há uma forte crítica a respeito do personagem Finch(3) que esconde de todos a sua dor e consequentemente a necessidade de pedir ajuda. Fora da ficção(4) a realidade não é diferente, visto que na contemporaniedade(5) as doenças psicológicas são por diversas vezes banalizadas e tratadas com menos importância que as demais. Dessa forma, a ausência de notoriedade(6) é capaz de gerar danos irreversíveis aos doentes.
1 – Negligencia, como verbo, é oxítona, sem acento;
2 – Bem-estar tem hífen;
3 – Aqui faltou vírgula, você sabe por quê?
4 – Acho que aqui você só esqueceu da vírgula;
5 – ContemporanEIdade. Estranho, eu sei;
6 – Essa palavra não ficou muito clara, acho que vc quis dizer “atenção”, porque “notoriedade” tá mais pra fama;
————————————————————— 3º parágrafo
Aqui eu acho que fica mais claro o problema de pensar no exemplo antes de pensar nas causas. Eu vou querer que você me explique por que falta atendimento especializado (e o tema é “no Brasil”) e o exemplo fala de um livro sobre uma americana, que, se eu não me enganei nas resenhas, recebe uma quantia de 100 mil reais de um bobão milionário. Aí, quer dizer, como isso pode se conectar à realidade brasileira? O que isso explica sobre a realidade dos nossos hospitais públicos? Ou, qual é a especificidade dos atendimentos especializados que dificulta a sua implementação em sistemas públicos brasileiros, no que pecam os CAPS? O exemplo não entra na explicação; exemplo esclarece, é um plus, é algo que vale, no máximo, uma linha, em vez de três. Eu queria ter acesso aos textos de apoio pra te ajudar a pensar a argumentação sem ter que levá-la ao exemplo de um livro que vem à cabeça e não necessariamente vai te dar uma argumentação interessante, seja porque são antigos, seja porque são de autores estrangeiros. Temas “no Brasil” merecem a sua atenção redobrada.
“Por conseguinte, cabe pontuar que,(1) a inércia governamental acerca do auxílio especializado contribui para a não modificação desse panorama. Nessa perspectiva, no livro ” Tartarugas até lá em baixo” de John Green, é retratada a vida de Aza Holmes(2) uma adolescente de dezeseis(3) anos que possui TOC (Transtorno obsessivo compulsivo), e regulamente(4) retém(5) acompanhamento médico. Em contrapartida(6) no cenário atual, é explícito(7) as dificuldades para obtenção de assistência(8) considerando a situação financeira dos brasileiros e o mínimo amparo dos hospitais públicos.”
1 – Não tem essa vírgula. Vírgula é exceção, você consegue justificá-la?
2 – Aqui faltou vírgula (geralmente, quando introduz uma explicação, vc vai colocar vírgula para separá-la);
3 – DezesSeis;
4 – RegulaRmente;
5 – Era essa palavra que você queria dizer mesmo? “Retém” com sentido de “possui”??
6 – Vírgula aqui, você sabe disso;
7 – As dificuldades é explícita? São explícitas as dificuldades. Ó o problema das frases invertidas…
————————————————————— 4º parágrafo
Seus argumentos falam de banalização e de falta de atendimento médico especializado. A proposta fala de medicamentos. Poxa, cadê a palavra “medicamentos” no desenvolvimento? O problema do atendimento especializado é a falta de medicamentos? Como eu posso extrair essa ideia do seu argumento? Essa contradição será descontada em alguma competência (entra como se fosse uma novidade na conclusão). Essa ideia de fazer duas propostas, pra mim, é tão problemática… Foca só em um dos argumentos e mete uma solução bem detalhada, a banalização parece ser o seu argumento mais forte, foca nele, o problema é esse mesmo, é falta de conscientização e empatia coletiva, nosso problema de saúde mental é público, é geral, é comunitário, a causa são os tabus, é isso que o filme diz e você devia enfatizar, com as suas palavras, pra sentir a própria firmeza na resolução do problema! Barateamento de remédio é um problema tão complicado quanto posterior ao principal problema que você mesma aponta no seu texto, que é o medo do diagnóstico, o medo das próprias sombras/traumas, enfim, da falta de humildade. Além disso, já comentei, aquela frase da Idade Média não passa sensação nenhuma de que o texto foi interligado do início ao fim, acho que isso você msm reconhece kkkk.
“Diante do exposto, é essencial buscar soluções práticas para reverter essa situação. A princípio, necessita-se urgentemente que o Ministério da Saúde disponibilize suporte gratuito e o barateamento dos medicados(1), por meio da criação de novos projetos direcionados aos enfermos mentais, a fim de democratizar o serviço psíquico a todos. Ademais, faz-se fundamental a utilização dos meios de comunicação(2), tal(3) como rádios, emissoras televisivas e redes sociais(4) para discutir e informar o(5) público sobre a temática. Assim, será possível superar a rejeição imposta na Idade Média.”
1 – Medicamentos? Medicados são as pessoas medicadas, não? Mas aí ficaria Eco, registre-se kk;
2 – Eu já estava com saudade do Eco (utilização, comunicação);
2 – Tais – referente a “meios”;
3 – Faltou vírgula (precede explicação – explicação é diferente de causa…);
4 – Informar algo a alguém: eis a regência de informar;
————————————————————— Minhas conclusões
Acho que teve muito erro de digitação, no geral você escreve bem.
O tema pode ter sido difícil, eu posso não ter explicado bem, especialmente sobre o problema do segundo parágrafo, e aí peço que me pergunte, porque supus que você já lera em outra correção minha e eu não quis ser repetitivo. Talvez eu tenha que ler o livro ou ver o filme pra entender completamente as suas ideias, e eu só sei que definitivamente não será isso o que um corretor Enem fará na hora da correção.
Me perdoe se eu trouxe alguma confusão. Desenvolvimentos não são fáceis e eu torço para que você tenha dúvidas e formule perguntas, é muito difícil dialogar com monólogos. Contém ironia!
C1: 120 (os Ecos, algumas frases longas, alguns erros de pontuação e, principalmente, algumas palavras que me parecem sem sentido exato);
C2: 120 (bati muito nessa estrutura, né?);
C3: 120-160 (não conheço os textos de apoio pra definir isso);
C4: 200 (não acho que o Enem seja mais rigoroso do que eu);
C5 : 120-160 (a diferença entre o bem e o mediano pra mim é tão pequena – eu considero que faria mais sentido vc focar na segunda proposta, e a segunda foi justamente a menos detalhada… Temos que pensar isso aí)
Sobre um comentário da Melissa: 330 palavras está na média de 10/12 palavras por linha, não há nada de exagerado aí, pelo contrário, há redações notas mil em que você vê facilmente mais de 400 palavras. Inclusive é contra isso que muitos de vocês estão competindo, essa média de letrinhas pequenas entre os concorrentes nota mil.
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Mr.Crozma
Esse não é um tema Enem. Você nunca terá, no Enem, essa possibilidade de propor um não fazer, pura e simplesmente porque o Enem fala em intervenção - ação de intervir. Isso me faz imaginar que você pode estar escolhendo temas aleatoriamente ou você pode estar escrevendo para outros vestibulares. NãoLeia mais
Esse não é um tema Enem. Você nunca terá, no Enem, essa possibilidade de propor um não fazer, pura e simplesmente porque o Enem fala em intervenção – ação de intervir. Isso me faz imaginar que você pode estar escolhendo temas aleatoriamente ou você pode estar escrevendo para outros vestibulares. Não recomendo essa mistura.
E aí o que eu faço? Corrijo conforme critérios de vestibulares como a Fuvest ou peço que envie outra redação, num tema estilo Enem? A única dica que eu quero dar é essa de treinar temas Enem.
Espero que goste de estudar sociologia jurídica, criminologia, filosofia jurídica, você merece ampliar os seus conhecimentos sobre isso. Quer dizer… Tua escrita tem a cara de jurista.
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Daniel Barbosa
Boa noite! Excelente Redacao! Parabens! 1 = Sua introducao ficou impecavel; 2 = D1 deveria ter 4 periodos e o desfecho final deveria ser mais critico. Ficou meio confuso, tambem achei; 3 = D2 ficou bacana so faltou ser mais critico no desfecho final e fazer com 4 periodos; 4 = Sua conclusao ficou peLeia mais
Boa noite! Excelente Redacao!
Parabens!
1 = Sua introducao ficou impecavel;
2 = D1 deveria ter 4 periodos e o desfecho final deveria ser mais critico. Ficou meio confuso, tambem achei;
3 = D2 ficou bacana so faltou ser mais critico no desfecho final e fazer com 4 periodos;
4 = Sua conclusao ficou perfeita….
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Competência 1 – 200 – Excelente domínio da norma culta ;
Competência 2 – 180 – Repertório sem uso produtivo…
Competência 3 – 140 ….
Competência 4 – 200 ….
Competência 5 – 200 – Intervencao completa
920 pontos
See lessComo o esporte ajuda na inclusão social no Brasil do século XXI?
Mr.Crozma
Dizer que "a priori é visível" é uma contradição em termos. Se a priori significa antes da experiência, você só está no plano da imaginação, que, aliás, é péssimo de se considerar argumentativamente. O argumento é mais forte antes ou depois da experiência, da prova, do exemplo? Essa lógica de a prioLeia mais
Dizer que “a priori é visível” é uma contradição em termos. Se a priori significa antes da experiência, você só está no plano da imaginação, que, aliás, é péssimo de se considerar argumentativamente. O argumento é mais forte antes ou depois da experiência, da prova, do exemplo? Essa lógica de a priori/a posteriori no Enem enfrenta alguns olhares feios de quem entende os conceitos e pode lhe trazer problemas desnecessários.
“Em suma” também não é um conectivo satisfatório. Em algumas conclusões ele até faz sentido, mas numa conclusão propositiva você não está prestes a resumir; você está trazendo uma consequência lógica de toda a sua problematização. Do contrário, você está se dispondo a escrever uma frase-ideia repetida nesse Tópico Frasal da conclusão.
Bah, “é mister a necessidade” me parece ser redundante. Não sei se concorda…
Eu vejo que você faz a técnica de causas e consequências com exemplificação. Só que a sua técnica está distribuída de uma maneira um pouco diferente da que aprendi.
Quando eu leio o seu Tópico Frasal, eu pergunto a ele “por quê?”, e ele não me responde de primeira. Isso importa pra sensação de solidez argumentativa que você quer passar pro leitor.
A estrutura que eu aprendi é a seguinte:
Ideia (Tópico Frasal)
Explicação
Aprofundamento
Ao invés da causa imediata, o texto suspende a argumentação pra dar um exemplo ou uma citação que seriam mais interessantes no meio do parágrafo, porque são aprofundamentos, não explicações do SEU argumento.
E veja: seu exemplo está muito grande. Imagina que o Exemplo ideal tem que gastar só uma linha, porque uma boa explicação anterior já o faz se encaixar perfeitamente no seu argumento. Você está sentindo essa necessidade porque cita o exemplo antes de dar a causa do seu argumento.
Da mesma forma, a citação parece não estar encaixando tão bem logo de início. Vale a pena testar essa inversão de que falei acima.
Quando a gente fala que é Desenvolvimento é igual a Tópico Frasal + Aprofundamento, a gente está levando em consideração que o Aprofundamento já está incluindo a causa, e muitas pessoas não levam isso em consideração quando falam que se deve fazer Citação, Exemplificação ou Dados. Eles são complementos da explicação, a ideia é eles apareçam no meio ou no final do parágrafo, como suportes.
Inclusive essa ideia de pensar no Exemplo como complemento te ajuda a se virar argumentativamente em temas para os quais você não tenha exemplos e, consequentemente, não tenha que inventar e eventualmente tangenciar o tema.
Pense que “TF + Causa + Causa da Causa + Consequência + Consequência da Consequência” é a estrutura base que já serve para garantir o argumento forte.
Divirta-se considerando essas palavras e essa mudança de ordem nos parágrafos, se quiser né. Espero que eu tenho sido convincente e claro.
Quando você tiver segurança da sua estrutura, dificilmente sentirá necessidade de escrever o texto inteiro com tanta frequência, pra poupar tempo e focar nas outras disciplinas do seu vestibular. Eu imagino que você queira coisa grande, resolve essa questão estrutural logo.
See lessA pena de morte e a criminalidade no Brasil (sei que violei direito humanos, mas como expor uma opinião contraria a tais direitos sem viola-los?)
Mr.Crozma
Você tem que saber diferenciar tema Enem de tema não Enem. Esse tema aí não pede proposta! Se você pode se posicionar contra ou a favor da pena de morte, isso significa que a proposta de intervenção é obrigatória, porque um dos lados diz que não tem problema (nesse caso, os que não defendem a pena dLeia mais
Você tem que saber diferenciar tema Enem de tema não Enem. Esse tema aí não pede proposta! Se você pode se posicionar contra ou a favor da pena de morte, isso significa que a proposta de intervenção é obrigatória, porque um dos lados diz que não tem problema (nesse caso, os que não defendem a pena de morte e, portanto, não precisariam propor nada, porque a lei já proíbe, exceto em crimes de guerra).
Tô lendo essa redação porque eu tava corrigindo uma outra, em que você também comentou, e lá você disse que não tá se preparando pro Enem. Meu, é importante dizer qual é o vestibular para o qual vc está se preparando, até pro pessoal não corrigir a sua redação conforme os critérios do Enem. O Enem é todo moldado na proposta de intervenção. Ela define os tipos de tema e a sua tese, que é necessariamente problematizante – e aí define os seus argumentos – além, por óbvio, da sua conclusão propositiva.
Há vestibulares que sequer cobram argumentação. Você tem que estudar temas específicos deles, com a cabeça deles. Daí que Pena de Morte é um tema que faz todo sentido na Fuvest e na Uerj, mas que não faz sentido nenhum no Enem.
E só uma provocação: como defender os presídios brasileiros e não desrespeitar os direitos humanos?
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