“Ensina a criança no caminho em que deve andar, e, ainda quando for velho, não se desviará dele”, esse é um dos provérbios bíblicos do rei Salomão. Esse ensinamento sintetiza a importância da família no desenvolvimento educacional das crianças, ainda hoje. No entanto, quando a família não acompanha os menores em sua formação, há o risco deles se tornarem cidadãos sem criatividade e autonomia, além de adultos socialmente problemáticos e irresponsáveis.
Em primeiro plano, é fulcral afirmar que a família tem papel de extrema importância na formação do carater e personalidade das crianças, bem como na construção de um ser crítico, autônomo e livre. Sob esse viés, faz-se necessário destacar o pensamento do filósofo inglês Herbert Spencer, o qual diz que educar é formar pessoas aptas para governarem a si mesmas, não para serem governadas pelos outros. Nesse sentido, a família, que é a base da sociedade, tem uma função preponderante, pois deve acompanhar a aprendizagem dos conteúdos escolares e o desempenho em sala de aula dos juvenis. Da mesma forma, tem o dever de educar para a vida, a fim de que os filhos possam exercer a cidadania de forma plena e sejam socialmente responsáveis.
Ademais, vale salientar ainda que a negligência e a falta de acompanhamento podem trazer consequências desastrosas, não só para o núcleo familiar, mas para toda a sociedade. Segundo o filósofo e matemático grego Pitágoras, as crianças devem ser educadas para que não seja necessário punir os adultos. Esse fato pode ser observado pela grande quantidade de adultos que são presos, e de adolescentes infratores que são apreendidos diariamente no Brasil. Uma vez que estes são menores de idade que, na maioria dos casos, possuem pais ausentes ou são pertencentes a uma família desestruturada, aonde não há orientação familiar. Desse modo, é inegável que os problemas decorrentes da ausência da família são uma realidade na atual conjuntura.
Portanto, pode-se afirmar que a família tem valor imensurável no desenvolvimento educacional das crianças. Logo, para amenizar o imbróglio, as creches e escolas do Ensino Fundamental devem promover encontros e reuniões mensais com os pais e responsáveis dos alunos, para debater sobre o assunto e promover o acompanhamento familiar. Isso será feito por uma equipe de professores, psicólogos e assistentes sociais que farão acompanhamento de cada família. Além disso, as famílias deverão tirar tempo diário para conversar com as crianças e filhos, brincar e ensinar as atividades escolares, por meio de reflexões, estímulos e perguntas do dia a dia, para fomentar a criticidade e criatividade. Espera-se, com tais medidas, formar um adulto prudente que não esquecerá dos ensinamentos familiares, conforme disse o sábio Salomão.