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Danos psicológicos causados pelo uso das redes sociais no Brasil
Mr.Crozma
I - 437 palavras. II - Introdução histórica. III - Escrever para um leigo. IV - Incoerência argumentativa. V - Proposta incompleta. VI - Problemas com pontuação. I - Muitas palavras. Isso não é um problema em si, mas quem quer fazer uma boa prova deve considerar o todo, e o todo da prova pede que nãLeia mais
I – 437 palavras. II – Introdução histórica. III – Escrever para um leigo. IV – Incoerência argumentativa. V – Proposta incompleta. VI – Problemas com pontuação.
I – Muitas palavras. Isso não é um problema em si, mas quem quer fazer uma boa prova deve considerar o todo, e o todo da prova pede que não se gaste toda a energia na redação, para que sobre tempo e disposição para fazer as questões. Se uma redação consegue nota mil com 330 palavras, penso que nos treinos você deve buscar esse objetivo minimalista, porque as redações com 500 palavras são feitas por quem só quer o mil na redação para aparecer no G1, muitas vezes dispensando o bom rendimento nas questões – esse não pode ser o seu parâmetro.
II – Toda demonstração de conhecimento pode parecer encheção de linguiça, e a introdução histórica tem esse propósito de apresentar um repertório sociocultural logo de cara. Eu prefiro recomendar uma introdução clássica, citando todos os elementos da frase-tema logo na primeira frase, para não acontecer o suspense que aparentemente você gosta de dar – o Enem é chato, não gosta de suspenses: seu corretor quer previsibilidade e você deve ser pragmática. Se o Enem cobra UM único repertório e espera que ele seja utilizado no desenvolvimento, deixe o repertório para o desenvolvimento e já adiante ao corretor que você entendeu qual era o tema que ele esperava corrigir. O Enem não tem uma escrita prazerosa. Triste, eu sei.
III – O leigo não pode temer conhecer palavras novas. Se você conseguir explicar um conceito filosófico a um leigo, certamente a universidade gostará de te receber. A questão não é não usar os conceitos filosóficos, mas dar uma garantia ao corretor de que você sabe do que está falando, e é muito legal ler alguém ousando um conceito diferente, então não pense que vai pesar negativamente para o corretor que você demonstre o seu conhecimento sobre uma matéria tão importante para a compreensão dos problemas do nosso mundo. A meu ver, o problema do terceiro parágrafo está na aparente contradição: você me traz a autoridade dizendo que são os excessos o problema e, logo em seguida, diz que o problema não está no excesso de horas gastas, mas na forma como essas horas são gastas, sem estabelecer a relação de contradição por meio de conjunções adversativas, o que pode ter causado uma confusão interpretativa ali.
IV – Não há incoerência entre os seus argumentos, e eu consigo enxergar a progressão que você queria passar, primeiro falando de uma irrealidade, que em si não é nociva; para depois falar de doenças, essas, sim, o maior problema do tema; e aqui cabe pontuar que essa progressão é bem respondida na proposta, já que você dá mais atenção a solucionar o terceiro parágrafo, mas a forma como os seus argumentos estão sendo apresentados poderia ser melhor construída se você usasse tópicos frasais antes de apresentar o repertório.
Tópico frasal é a sua forma de pensar, é o resumo do seu argumento, é o argumento propriamente dito. Repertório é a argumentação, ou seja, a estratégia argumentativa. O exemplo é estratégia, a utilização de conceito interdisciplinar é estratégia, e são ótimas estratégias, mas facilite ao corretor perceber essa progressão textual com os tópicos frasais, ainda que fiquem muito parecidos com o seu desfecho de introdução, porque, com o tópico frasal, você consegue demonstrar a relação entre os dois parágrafos de desenvolvimento para além de um simples “em segundo plano”, já que ali a relação não é de igualdade, mas de escala, e é importante demonstrar ao corretor a sua estratégia argumentativa.
V – Estou de má vontade com a sua proposta – ou melhor, as propostas. Você não tem tanto espaço assim na proposta para encaixar 3 agentes, 3 ações, 5 efeitos… Enfim, vai faltar alguma coisa, sendo certo que cada elemento da proposta conta como 1 só. Se trouxer 3 agentes, 3 ou 1 valerão a mesma coisa: 40 pontos. Então reorganize isso com o objetivo de ser curta, coerente com a sua progressão textual e cumprindo os 5 elementos – um de cada. Vou dividir a sua proposta.
Mera declaração, aparentemente sem efeito propositivo: “para solucionar a nomofobia é necessário que o indivíduo esteja disposto a mudanças de hábitos”
Agente da Proposta 1: o Governo
Ação 1: implemente medidas de ajuda
Detalhamento 1 da ação 1: disponibilização de psicólogos para jovens que não tenham condições financeiras
Detalhamento 2 da ação 1: é fundamental a organização de palestras
Efeito 1 da ação 1: a fim de ensinar para os indivíduos quais mudanças de hábitos são necessárias
Efeito 2 da ação 1: esclarecer como funciona a nomofobia e como evitá-la
Agente da Proposta 2: a mídia
Detalhamento do Agente da Proposta 2: instagram, facebook, twitter
Ação 2: providencie anúncios autoexplicativos sobre as consequências do uso excessivo das redes sociais
Efeito 1 da ação 2: a fim de alertar os jovens
Efeito 2 da ação 2: evitar complicações futuras
Como corretor, vou pegar a proposta mais completa e caçar os elementos. Nos dois faltou um meio. Esse “por meio de” não está apresentando um meio, mas uma especificação. E aí eu vou querer saber como serão essas palestras, ou como será feita a disponibilização de psicólogos, ou por onde se darão os anúncios autoexplicativos (dentro da plataforma, fora dela, com uso de algoritmos… Ai, por que a plataforma iria ser contra o vício em suas próprias plataformas? Nem faz sentido isso); a segunda proposta parece te trazer um belo de um problema de coerência, até porque você não falou de responsabilização das plataformas em nenhum momento do texto, algo do tipo “vício induzido”…
Enfim, você parece ter sido orientada por alguém que falou que você devia colocar duas propostas. Recomendar duas propostas tem dois objetivos: o primeiro é garantir que o aluno não fale uma única proposta imprestável; o segundo é garantir que a proposta dele esteja coerente com algo que ele desenvolveu no texto. Não acho que os ótimos alunos precisem de duas propostas para construir a coerência com um mínimo de bom senso. Seja como for, pense primeiro em cumprir os 5 elementos da sua melhor proposta. Depois você inventa o desencargo de consciência com 30 agentes, 500 efeitos… Mais de 200 na C5 não vai conseguir, isso eu garanto!! Se quiser contra-argumentar, sou todo ouvidos.
VI – Me surpreende que só tenha perdido 40 pontos na C1 do Enem. Corretor carrasco deveria ser carrasco por inteiro, né? Enfim, seus problemas de pontuação precisam ser remediados para ontem. Vou apontar todos os erros de norma culta. Alguém com a tua produção textual não pode se contentar com menos de 200 na C1. E menos de 200 significa, no máximo, dois da maioria dos erros – alguns apontamentos são apenas sugestões – que aponto a seguir:
Durante a Guerra Fria(1) os Estados Unidos criaram a internet com objetivos estritamente militares. Entretanto, em 1995 a primeira rede social surgiu, chamada de “classmates”(2) na(3) qual tinha como objetivo conectar pessoas, em especial estudantes,(4) se popularizou(5) nos Estados Unidos e (6) Canadá. Paralelo a isso, novos aplicativos foram sendo criados e aprimorados, e(7) dessa vez(8) com ampla dimensão, buscando sempre facilitar a comunicação(9) entre os indivíduos. Ademais(10), (11)é preocupante(12) pois(13) até mesmo no cenário brasileiro(14) as redes sociais passaram a ser vistas como(15) forma de “fuga” do mundo real,(16) contudo, infelizmente o seu uso exorbitante desencadeou diversas consequências, como a nomofobia e depressão.
1 – Faltou a vírgula no adjunto adverbial de tempo que tem 3 ou mais palavras deslocado para o início da frase – não pode errar essa vírgula boba;
2 – Faltou a vírgula para isolar a oração subordinada adjetiva explicativa, e aqui eu só posso recomendar que estude as orações subordinadas adjetivas para saber quando usar a vírgula ou não;
3 – A qual. O verbo “tinha” está conjugando o sujeito que o “qual” está substituindo, e o sujeito nunca é preposicionado, então nunca será, por exemplo: “Na classmates tinha como objetivo…” – cadê o sujeito do “tinha”? Se ele for indefinido, você deve colocar a partícula “se”: “Na classmates, tinha-se como objetivo…”;
4 – Também não existiria o “Na classmates se popularizou nos Estados Unidos”;
5 – Popularizou-se – após a vírgula, ênclise;
6 – Faltou paralelismo: nos Estados Unidos e NO Canadá;
7 e 8 – Destaque entre vírgulas expressões como essa que venham no meio da frase, sempre que tragam uma explicação, um detalhamento;
9 – Dimensão, comunicação… Cuidado com o Eco, ele não é bem-vindo numa dissertação;
10 – Muito cuidado com o uso dos conectivos. Se você apresentar um conectivo com o sentido que não estabelece a correta relação entre as frases, você limita a sua nota na C4 a 160 pontos. Aqui não é adição, mas adversidade: “APESAR de ter sido criada para facilitar a comunicação, a internet ganhou contornos preocupantes…”, percebe? Não era “ademais”;
11 – O que que é preocupante? A frase deve fazer sentido por si só. Destaque a frase do resto do parágrafo e você fará a mesma pergunta que eu fiz;
12 – Faltou vírgula antes da conjunção explicativa;
13 e 14 – Essa expressão “até mesmo no cenário brasileiro” exerce função de adjunto adverbial com 3 ou mais palavras que precisa ser destacada entre vírgulas quando não vem no fim da frase e, por conseguinte, está deslocada;
15 – Sempre que couber colocar um artigo, coloque-o;
16 – Essa pausa aqui é de ponto final ou ponto-e-vírgula. O corretor pode deixar passar, mas percebe que o “contudo” fica solto, podendo fazer referência tanto à frase anterior quanto à frase posterior? Ponha o ponto-e-vírgula para demarcá-lo como referência à frase posterior.
Em primeiro plano, é relevante citar o filme “Sierra Burgess é uma loser”(1) no(2) qual narra uma história de uma jovem fora dos padrões que mediante trocas de mensagens se apaixona por um menino, mas a Sierra se passava por outra pessoa na internet, desse modo enganando o indivíduo. Logo, é notório que (3)nas redes sociais(4) os cidadãos podem optar por qualquer identidade,(5) muitos jovens que se sentem deslocados do mundo real ou sofrem com baixa autoestima migram para a internet buscando ser alguém diferente ou encontrar pessoas que o(6) entendam,(7) infelizmente muitos acabam se excluindo da realidade.
1 e 2 – Mesmo problema de “2” e “3” no primeiro parágrafo;
3 e 4 – Adjunto adverbial com 3 palavras deslocado para o meio da frase pede vírgula na frente e atrás;
5 – Aqui ou faltou um conjunção “e”, ou era pausa de ponto final/ponto-e-vírgula;
6 – Os. Referência a “jovens”, no plural;
7 – Outro de pausa frouxa, como no “5” deste parágrafo.
Em segundo plano, é fundamental mencionar o epicurismo(1) no(2) qual aponta que o principal motivo para a pessoa não encontrar a Eudaimonia – felicidade – são os excessos. Logo, é pertinente explicar que o uso excessivo e indiscriminado das redes sociais pode ocasionar o transtorno psicológico chamado nomofobia(3) que significa medo irracional(4) de ficar sem o celular ou(5) aparelhos eletrônicos. Dessa forma(6), é fundamental esclarecer que esse transtorno não está relacionado à quantidade de horas que os indivíduos passam(7) no celular, mas sim(8) a forma como o mesmo(9) utiliza o aparelho, isto é, se a pessoa fica(10) preocupada com quantidade de curtidas(11) suas publicações alcançam,(12) se deixa de aproveitar momentos para postar fotos. Nesse sentido, é evidente que a nomofobia provoca a ansiedade e(13) em piores situações(14) a depressão.
1 e 2 – Eu espero ter explicado bem essa questão aqui…;
3 – Mesmo caso de vírgula que cabia na oração subordinada adjetiva explicativa;
4 – Pleonasmo. Todo medo é irracional;
5 – Faltou paralelismo: sem o celular e sem os aparelhos eletrônicos; não dê brecha a esse tipo de desconto;
6 – Aqui está o conectivo inerte que causa alguma confusão: pra mim era um “entretanto” aqui;
7 – O corretor pode ver oralidade na expressão “passar horas”, em vez de “gastam tempo” – não se veria, nem sei se existe uma lista de oralidades proibidas pelo Enem;
8 – Evite o “mas sim”, que é pleonástico – se quiser dar ênfase ao sim, destaque-o entre vírgulas: “mas, sim,…”;
9 – “Mesmo” não deve ser usado como pronome relativo – o Enem diz que releva, assim como diz que releva o erro do “onde”, quando não se refere a lugar; do “através”, quando usado no sentido de “por meio de”; da confusão entre isso/isto e outras variações desse tipo…; mas, ainda assim, é um erro, e um erro que um corretor que não prestou atenção no manual pode ignorar. Só arrisque em casos extremos, mas nunca se habitue ao erro tolerado pelo Enem;
10 – O “fica” é oralidade sim, não pega esse erro quem não quer;
11 – Comer palavra é erro grave pro Enem;
12 – Cabia um “e” ou um “ou” aqui;
13 e 14 – Expressão explicativa pedindo vírgula.
Portanto, é válido explicar que para solucionar a nomofobia é necessário que o indivíduo esteja disposto a mudanças de hábitos e(1) para isso, é essencial que o Governo implemente medidas de ajuda, por meio da disponibilização de psicólogos para jovens que não tenham condições financeiras,(2) além disso, é fundamental a organização de palestras(3) a fim de ensinar para os indivíduos quais mudanças de hábitos são necessárias, como também esclarecer como(4) funciona a nomofobia e como(5) evita-la(6). Ademais, é importante que a mídia – instagram(7), facebook(8), twitter(9) – providencie anúncios autoexplicativos sobre as consequências do uso excessivo das redes sociais(10) a fim(11) de alertar os jovens e evitar complicações futuras.
1 – Faltou a vírgula para destacar o “para isso” na frente e atrás;
2 – Pausa de ponto final;
3 – Recomendo que use a vírgula para separar os elementos, já que é opcional e ajuda o corretor;
4 e 5 – Repetição evitável do “como”;
6 – EvitÁ-la;
7, 8 e 9 – Redes sociais sempre em letra maiúscula;
10 – Mesma recomendação do “3” deste parágrafo;
11 – Repetição evitável do “a fim de”.
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See lessTô muito triste com o que aconteceu. Se você ainda confia em mim, receba como presente o meu apoio ao teu ano de estudos.
Obesidade infantil: uma questão de saúde pública
Mr.Crozma
309 palavras. Introdução clássica. Excesso de promessas dissertativas. Respaldo argumentativo suspeito. Necessidade de reorganizar a proposta. Problemas com pontuação. As redações nota mil costumam ter pelo menos 330 palavras, e eu acho completamente razoável uma quantidade de 12 palavras por linhaLeia mais
309 palavras. Introdução clássica. Excesso de promessas dissertativas. Respaldo argumentativo suspeito. Necessidade de reorganizar a proposta. Problemas com pontuação.
As redações nota mil costumam ter pelo menos 330 palavras, e eu acho completamente razoável uma quantidade de 12 palavras por linha – sua letra não fica tão necessariamente pequena e você também não precisará escrever tanto. De toda forma, como aventaram aqui, o número de palavras está até razoável para a quantidade de linhas que o Enem oferece.
Não há necessidade de demonstrar conhecimento no primeiro parágrafo. É necessário você conhecer a introdução clássica, para, na hora de um branco na prova, você ter essa saída de emergência. Lembre-se que você está ainda no começo dos seus estudos e o seu professor quer lhe oferecer alternativas.
Sobre usar a introdução por referência cultural, a ideia é garantir um texto-circuito, criando a imagem no começo e encerrando a mesma imagem no final. Nesses casos, eu acho até mais interessante usar um título. Se o professor insistir que faça a clássica, apresente-lhe um título e veja o que ele acha. Você não tem nada a perder testando possibilidades.
Ainda sobre a introdução, ela é uma promessa de texto, e a ideia dos 2 parágrafos argumentativos é oferecer mais espaço para você trabalhar as ideias que prometeu desenvolver. Eu anotei três ideias que você prometeu abordar, e uma delas acabou sendo pouco desenvolvida, o que te traz o risco de não ter os 200 na Competência 3, que fala do projeto de texto estratégico. O “estratégico” aqui é não deixar informações desenvolvidas pela metade.
Como em duas frases você pretende abordar de forma completa as ideias que tentou trabalhar no segundo parágrafo? Eu vou querer saber que “maus hábitos” são esses; quem são essas mulheres que não têm acompanhamento; por que não têm acompanhamento; e assim vai. Se você quer ser convincente, você tem que reduzir as promessas feitas no primeiro parágrafo, porque se fosse para desenvolver três ideias, seu professor recomendaria 3 parágrafos de desenvolvimento, e eu tenho certeza de que ele não recomenda.
A questão argumentativa é complicada de avaliar na sua fase de estudos, porque em tese o treino deve ser à semelhança da prova, com direito a cronômetro, folhinha-Enem e, claro, zero consultas. Então o natural é ter mais dificuldade na hora de mobilizar os argumentos, coisa que você pode não ter tido enquanto pesquisava sobre o tema.
Por ser mulher, talvez tenha alguma facilidade em falar sobre obesidade infantil, não sei, mas é muito difícil imaginar que vocês terão dados memorizados para o tema Enem. Pega os temas anteriores ao das doenças mentais e se imagine com um dado sobre educação para surdos, cinema, controle de dados… Foram temas difíceis de imaginar que os candidatos teriam dados, e ano passado ainda rolou uma pegadinha interpretativa: colocaram dados de depressão num tema sobre o preconceito e uma leva, no nervoso, ignorou a palavra estigma e foi vidrado nos milhões de depressivos como argumento. Ou seja, além de o repertório baseado em texto de apoio não ultrapassar os 120 pontos, agora parece que há a chance de tangenciar o tema se focar no dado do texto de apoio.
Apesar de tudo isso, a maneira como apresentou o terceiro parágrafo está irretocável, e ele sozinho já garantiria os 200 na competência 2, mesmo que o argumento 1 tivesse feito uso dos textos de apoio. O que a C2 quer é UM repertório com respaldo e com produtividade; o outro é construção de coerência. De preferência, o argumento mais forte vem no terceiro parágrafo, pela questão da progressão textual, algo que aparentemente foi feito.
Um último comentário estrutural vai para a sua conclusão, que não tem muitas pausas e você terá que arranjar uma maneira de separar os elementos da proposta sem se complicar com a pontuação. Isso significa lembrar que a conclusão tem um propósito de retomada da tese, de contextualizar a sua estratégia conclusiva por meio de proposta de intervenção, que é a tal da necessidade de um tópico frasal conclusivo. Além disso, avisar ao corretor de que está apresentando apenas um caminho das causas que explorou, estabelecendo aí uma justificativa para ter abandonado completamente o seu argumento mais forte na hora de propor.
Não estou aqui falando que você deve produzir duas propostas, mas arranjar uma maneira de tratar das duas na conclusão, pelo menos nessa etapa de transição para o parágrafo final, senão o terceiro parágrafo fica à deriva. Em outras palavras, você não quer ter pressa na conclusão. Vai fazendo pausas, apresentando, então, o tópico frasal, agente+ação+detalhamento, depois dá outra pausa, aí vem com o meio; mais uma pausa, efeito… Algo nesse sentido. Se você puder escrever em três frases, mais organizado ficará.
Abaixo, todos os erros de norma culta, e aqui peço a ênfase dos seus estudos na parte da pontuação, que realmente vão tirar os 200 de ti na C1 se não forem remediados.
Diante do constante aumento do índice de crianças e adolescentes com obesidade no Brasil e em outros países, torna-se necessária uma reflexão referente à obesidade infantil. Nessa perspectiva, é fundamental abordar os maus hábitos durante o período gestacional e a falta de fiscalização à alimentação e (1)a rotina das crianças nos primeiros anos de vida, visto que,(2) esses fatores agravam o problema e colaboram para o surgimento de futuras doenças cardiovasculares.
1 – Faltou paralelismo nessa ausência de crase;
2 – Vírgula depois de um “que” eu conto nos dedos, essa aqui não existe e é falta grave.
Primeiramente(1), vale ressaltar o impacto que os maus hábitos por parte das gestantes causam(2) na saúde dos bebês. Segundo o doutor Dráuzio Varella, mães que engordam demais durante a gravidez,(3) tendem a ter um risco 80% maior de gerarem filhos obesos. Nesse viés, constata-se,(4) a importância dos cuidados com a alimentação durante a gestação.(5) Dado que,(6) a falta de acompanhamento e instrução adequado nesse período,(7) proporciona que a criança tenha tendência ao sobrepeso e prejudica a sua qualidade de vida.
1 – A palavra “primeiramente” não existe – se é tolerada pelo Enem, não sei, já vi até em redação nota mil, mas segue não existindo;
2 – Problema de concordância: qual é o sujeito deste verbo?
3 – Não se recomenda usar vírgula separando o verbo do sujeito, mesmo quando este for gigante;
4 – Mais uma vírgula que eu não consigo entender, nem falando você faz essa pausa. Há que se lembrar de que o uso da vírgula é excepcional e possui regras que você conhecer para saber se põe ou não uma vírgula;
5 – Ponto final separando orações subordinadas é falta grave;
6 – Mais uma vírgula depois do “que” – estude bem quando aparecer o tema “orações subordinadas” no colégio;
7 – Outra vez um sujeito gigante sendo separado por vírgula do seu verbo.
Ademais, outro fator preocupante,(1) é a falta de fiscalização aos comportamentos nos primeiros anos da infância. Sabe-se,(2) que com a globalização, os meios de entretenimento, como a TV, e os alimentos calóricos e “fast-foods”, ficaram muito populares mundialmente. Por conseguinte, esses elementos tornaram-se presentes no modo de vida de muitas famílias. Dessa forma, em busca de alegrar os filhos e mantê-los ocupados durante a realização de tarefas, muitos pais acabam por não se atentarem com(3) a má alimentação e a(4) rotina sedentária das crianças, possibilitando o surgimento precoce de doenças(5) como(6) o diabetes e a hipertensão.
1 – Aqui não tem nem a desculpa do sujeito grande!!
2 – Agora apareceu do “que”? kkk. Bahh, não pode ser aleatório não hein!
3 – Atentar-se a algo;
4 – Faltou paralelismo;
5 – Faltou vírgula;
6 – Repetiu o “como” no mesmo parágrafo, ora, ora.
Portanto, infere-se que é essencial que o Ministério da Saúde crie medidas eficazes de acompanhamento à alimentação e(1) rotina das crianças, mediante a disponibilização e (2)exigência de pré-natal e(3) consultas pediátricas com instruções de boa alimentação e(4) hábitos saudáveis.(5) A fim de reduzir a taxa de crianças com obesidade, prevenindo o desenvolvimento de doenças futuramente e, consequentemente, melhorando sua qualidade de vida.
1 – Faltou paralelismo;
2 – Idem;
3 – Ibidem;
4 – Ibidem;
5 – Aqui não era pausa de ponto final não hein, mais uma falta grave.
Algumas questões deixei de abordar, apenas torcendo pra você ver nas suas aulas do colégio, bem como deixarei sem nota, mas já esclarecendo que não seria mil, como as colegas falaram, e, dependendo do critério, nem 900 seria, mas não que você esteja tão longe de uma nota boa. Claramente é uma boa aluna.
Se precisar de algum esclarecimento que deixei incompleto, você sabe onde me chamar.
See lessPrincipais desafios para a inclusão educacional e aceitação social da pessoa autista no Brasil (corrijam conforme o ENEM, obrigada! :))
Mr.Crozma
Texto com: 379 palavras, +30 desvios, 2 propostas, uso correto dos conectivos, boa organização textual, um repertório baseado em texto de apoio, algumas palavras destoantes, duas frases gigantes, muitos resumos e algumas estratégias argumentativas não tanto convincentes/produtivas. Vamos a ele. A CoLeia mais
Texto com: 379 palavras, +30 desvios, 2 propostas, uso correto dos conectivos, boa organização textual, um repertório baseado em texto de apoio, algumas palavras destoantes, duas frases gigantes, muitos resumos e algumas estratégias argumentativas não tanto convincentes/produtivas.
Vamos a ele.
A Constituição Federal de 1988, art. 6º, diz que é de direito social a assistência aos desamparados, tornando necessário o adminiculo(1) aos portadores de autismo. À vista disso, a inclusão educacional e (2)aceitação de autistas no Brasil deveria(3) ser de prioridade para o governo,(4) contudo(5) esse cenário não se faz presente nos dias atuais. Em suma(6) com a inoperância governamental, no que concerne ao transtorno de desenvolvimento, e(7) a falha no sistema acadêmico, faz-se necessário(8) medidas para resolver o impasse.
1 – Faltou o acento e é uma das palavras que pesam muito na avaliação da sua norma culta. “Se usa a palavra, deve saber usar vírgula”, e aí o corretor redobra a atenção;
2 – Faltou paralelismo: “a inclusão e A aceitação”;
3 – Concordância: deveriam;
4 – Prefira a pausa de ponto-e-vírgula aqui – estude essa matéria, ela pode te ajudar;
5 – Use vírgula após conjunções conclusivas e adversativas, com a exceção do “mas”;
6 – Idem;
7 – Faltou paralelismo: “com a inooperância e COM a falha”;
8 – Fazem-se necessárias. Quando apassivadora, a partícula “se” não torna o verbo invariável – ao contrário de quando é indeterminante do sujeito.
Em primeiro lugar, cabe ressaltar que a inoperância governamental é a principal catalisadora do problema, visto que o povo é influenciado diretamente pelas decisões dos mesmos(1). Existem regimentos como a Lei Berenice Piana – dando(2) auxilio(3) em necessidades básicas como(4),(5) saúde, educação e equidade de oportunidades – e o Estatuto da pessoa com deficiência(6), nos(7) quais garantem a proteção e a inserção de pessoas com TEA (transtorno do espectro do autismo) no meio social,(8) entretanto(9) esses preceitos não isentam a responsabilidade do poder executivo(10) de atuar publicamente, buscando tornar o assunto supracitado digno de conscientização. Em resumo, fica(11) exposta a despreocupação dos tais(12), no que tange a(13) problemática.
1 – Dos “mesmos” quem? Ah, e sabia que “mesmos” só pronome relativo na oralidade? Pois é, evite este termo;
2 – Evite o “dar” – oralidade ou generalidade;
3 – Faltou acento;
4 – Repetição do “como”;
5 – Sem essa vírgula; no máximo um dois-pontos;
6 – Estatuto da Pessoa com Deficiência;
7 – Os quais garantem;
8 – Prefira o ponto-e-vírgula;
9 – Use a vírgula depois da conjunção adversativa;
10 – Poder Executivo;
11 – “Fica” tem o mesmo problema do “dá”;
12 – Dos “tais” quem? Cê sabia também que algumas palavras que são elementos da frase-tema têm as suas repetições toleradas ao longo do texto? O enem entende que repeti-las é aceitável, já que os alunos podem estar com medo de fugir do tema;
13 – No que tange À problemática.
Paralelamente,(1) ao descaso das esferas educacionais nessa questão, é fundamental o debate acerca da aversão ao grupo em pauta, decerto que a exclusão acadêmica é o maior dos problemas a ser comentado. Segundo Pitágoras, filosofo(2) grego, autor da frase “Eduquem as crianças e não será necessário castigar os homens”,(3) consequentemente(4) se a temática fosse presente em aula(5) a exceção subsistiria. Em consonância, é imprescindível que a ignorância da população, incluindo também a discriminação, decorrem(6) da falha pedagógica. Dessa maneira, é inadmissível que, em pleno século XXI, esse revés persista relutante no cenário nacional.
1 – Vírgula indevida;
2 – Faltou acento;
3 – Pausa de ponto final, não de vírgula;
4 – Faltou vírgula;
5 – Idem;
6 – Se você separa um sujeito do outro sujeito com uma vírgula e expressões como “bem como”, “incluindo”, entre outras, seu sujeito não é composto.
Destarte, para que ocorra a inclusão educacional e aceitação social da pessoa autista no Brasil, é preciso que o Poder Executivo, em parceria com o Ministério das Comunicações, promova campanhas de descortino, por meio das redes sociais como,(1) Instagram, Twitter e Facebook, de maneira a garantir que os regimentos,(2) acerca do TEA,(3) façam-se conhecidos por todo o povo brasileiro. Ademais, cabe as(4) Secretarias de Educação de cada estado fomentar cursos profissionalizantes aos professores e implementar aulas extras aos alunos, por intermédio de doutores especializados no assunto(5) com finalidade de formar crianças e jovens em(6) cidadãos respeitosos e conscientizados.
1 – Vírgula indevida;
2 – Idem;
3 – Ibidem;
4 – Faltou crase;
5 – Faltou vírgula;
6 – Transformar em ou formar como.
——————————————————————— Considerações
Você ainda tem muito tempo até o seu Enem. A redação Enem é uma prova muito tranquila, e sinto que você precisa mais é focar na norma culta, porque o 200 na C1 significa que o texto tem, no máximo, 2 desvios.
O repertório baseado em textos de apoio limitam a nota da competência 2 a 120. Então, não aposte nos textos de apoio para ter os seus argumentos. Além disso, sugiro que estabeleça uma conexão mais forte entre os seus repertórios e a tal da discussão, para gerar uma produtividade confiável.
Pitágoras está falando em punições: o que punições tem a ver com a discussão proposta?
E daí que a Constituição diz que há o direito à assistência social?
São essas algumas das relações que o texto merecia estabelecer para ser efetivamente considerado “estratégico”. Enquanto eu puder fazer perguntas relevantes, seu projeto de texto terá alguma falha acima do permitido.
Você escreve duas propostas, e eu sugeriria escrever uma só. Seja pelo tempo, pela quantidade de linhas, pelo tamanho da letra 0.7 que você vai ter que usar para encaixar 380 palavras, a proposta menos completa não ajuda tanto aqueles que sabem o que estão fazendo. O corretor só quer ver uma proposta que tenha sentido com o que você argumentou, ele não quer a solução de todas as causas que você propôs.
Evite “em suma”, “em resumo”: o leitor não quer ler duas vezes a mesma coisa se você escreveu bem o que veio antes.
Aqui, outro ponto: manere no tamanho das frases. Quando passar de 2 linhas, desconfie que começou a ficar grande demais – e aí vai vir aquele erro de pontuação, um outro de concordância, você pode perder a linha de raciocínio, os espaços para diversificar os conectivos diminuem, você começa a sentir a necessidade de gerundismo… Enfim, evite as frases gigantes.
Evite também palavras difíceis. Já apontei uma delas, mas o que eu quero dizer é que a competência 1 cobra demonstração de conhecimento nas técnicas de escrita, tais como o uso de frases invertidas, frases com oração subordinada, elipse, ponto-e-vírgula, hífen, essas coisas, porque quem escreve de maneira muito simples não pode tirar mais de 160 na C1, o que não significa que ser erudito ajude muita coisa – às vezes atrapalha você e o leitor. Sê leve.
Sem mais a acrescentar.
See lessBons estudos!
O aumento de homicídios entre os jovens brasileiros e seus fatores motivacionais
Mr.Crozma
Farei uma correção breve, pois não sei o que você já leu de mim. Poderia ter marcado com um voto positivo para eu ter uma referência do que não repetir. Atente-se para as frases longas. Você escreveu todos os parágrafos em frase única, o que cansa o leitor, aumenta as chances de você errar pontuaçãoLeia mais
Farei uma correção breve, pois não sei o que você já leu de mim. Poderia ter marcado com um voto positivo para eu ter uma referência do que não repetir.
Atente-se para as frases longas. Você escreveu todos os parágrafos em frase única, o que cansa o leitor, aumenta as chances de você errar pontuação e concordância, tira oportunidades de variar conectivos e te impede de tirar 200 na competência 1. O ideal é que cada frase ocupe no máximo duas linhas, o que é suficiente para fechar a ideia. Um bom exercício que sugiro é tentar identificar no seu texto em quais momentos está uma vírgula onde deveria estar um ponto final. Como há um problema generalizado de pontuação no texto, sigo o recomendado pela Milly e acrescento: faça exercícios.
Evite os gerundismos (ocorrendo, trazendo, dando). Eles não passam a melhor relação entre as orações que o escritor pretende ligar. O Gerundismo apenas transmite a sensação de continuidade, é genérico. Procure, portanto, ser sempre específica. Se é uma relação de causalidade, escreva um “já que”; se é de consequência, use um “consequentemente”; se é de conclusão, use um “portanto”, e assim por diante.
No Enem, você precisará usar dois conectivos que liguem parágrafos se quiser ganhar os 200 pontos na competência 4. O Enem espera mais que esses dois conectivos estejam no terceiro e no quarto parágrafos, sendo dispensável esse que foi pontuado pela Milly, apesar de ser bem-vindo sim.
Se a norma culta aparenta ser prioridade, acho que o senso crítico está aguçado. Apenas proponho que aumente a sua produtividade. Seu texto possui 250 palavras, o que dá aí algo em torno de 23, 24 linhas. Você quer escrever no limite, para fechar brechas argumentativas, questões que o corretor possa fazer ao seu texto sem receber resposta. Nessa linha de raciocínio, os dois parágrafos de desenvolvimento poderiam ter como desfecho uma consequência que de certa forma pudesse retomar a ideia do tópico frasal.
De toda forma, a sua prioridade de estudo deve ser a variedade dos recursos coesivos e a pontuação como um todo – incluindo a necessidade de escrever frases curtas -, porque isso tudo está travando o seu ótimo potencial dissertativo.
Milly foi generosa na nota. Competências 1 e 4 seriam 120.
Me privo de falar da proposta porque sei que a organização vai melhorar quando você se debruçar sobre os conectivos.
Bons estudos!!
See lessA educação financeira no Brasil
Mr.Crozma
Eu não vi a terceira temporada, mas acho que La casa de papel não é a melhor referência que temos para EDUCAÇÃO financeira. Pode discordar, mas aí vou querer detalhes, detalhes esses que talvez não caibam numa introdução. Meu conselho, então, é que você procure estudar formas de introdução. Talvez eLeia mais
Eu não vi a terceira temporada, mas acho que La casa de papel não é a melhor referência que temos para EDUCAÇÃO financeira. Pode discordar, mas aí vou querer detalhes, detalhes esses que talvez não caibam numa introdução.
Meu conselho, então, é que você procure estudar formas de introdução. Talvez esteja pensando primeiro no repertório pra só depois tentar cumprir a função que se espera daquele momento do texto.
“Pouco se fala sobre a educação financeira.” – essa é uma introdução clássica, que em nada te faz perder pontos no Enem porque você não tem necessidade de apresentar uma referência cultural ou intelectual em todos os momentos do texto.
Tudo o que eu quero dizer é: pense primeiro na função e, só depois, num possível repertório sociocultural que enriqueça o debate. Se não couber, não precisa ficar com peso na consciência, faz o básico, que é melhor do que ter uma parte do texto que não fecha as ideias, que não será explorada da melhor forma.
“Pois” é um tipo de conectivo chamado operador argumentativo. Ele se difere do “dessa forma” porque, enquanto este é inerte e passa a simples ideia de continuidade, aquele tem como intenção marcar um argumento – mais especificamente para ele, uma explicação. Os operadores argumentativos são esperados no desenvolvimento, e quando eles aparecem na introdução, isso pode gerar uma bagunça de ideias, sendo que o desenvolvimento tem esse espaço todo justamente para vc desenvolver melhor os seus argumentos. Considere, portanto, sempre estranhar quando colocar um operador argumentativo na introdução, pois ele pode estar trazendo uma frase que não será bem desenvolvida no texto.
Vejo que aprendeu a usar o tópico frasal e, logo seguida, fazer a explicação do tópico frasal, o que é perfeito em termos de estrutura argumentativa. Seus tópicos frasais argumentativos, no entanto, estão contrastando com o padrão dos tópicos frasais da introdução e da conclusão.
Provavelmente isso se deve à dificuldade de encontrar conectivos que lhe permitam o ponto final, e aqui eu te ajudo: “isso porque” é “uma razão para isso”. Necessariamente terá de fazer uso de um pronome demonstrativo, mas é de boa fixar os conectivos que vão pro seu texto, essa é uma parte mecânica que demanda bastante pragmatismo seu para alcançar os 200 pontos da C4.
Sobre as autoridades citadas, uma maneira de melhor conferir fluidez a essas citações é pensar as autoridades como causa da causa, prova da causa ou exemplo da causa. Quer dizer: sempre estabelecer uma relação de sentido entre a causa e a citação, para efetivamente demonstrar o propósito argumentativo da frase citada.
Digo isso porque não vi essa relação entre a educação ser transformadora do mundo e a educação financeira, vai transformar como? Que realidade? Enfim, esse tipo de conexão importa para a C3.
Por fim, não encontrei detalhamento na proposta. O detalhamento é uma informação a mais sobre qualquer um dos outros 4 elementos, e aí você tome cuidado para não ocupar espaço demais citando duas propostas, porque nenhuma delas multiplica a nota no número de agentes, ações e assim por diante.
O detalhamento costuma vir em forma de uma explicação a mais, de um exemplo, de uma contextualização ou de uma justificativa. Então escolha a melhor forma de detalhar que sirva a ti e não deixe de detalhar!
Se errei em alguma coisa, culpo o sono! Bora, doutora!
See lessO Bullying e o cyberbullying
Mr.Crozma
Vejo que você é uma aluna aplicada. Recebeu as críticas no texto anterior e fez as adaptações no mesmo dia. Talvez devesse indicar numa nota de rodapé das suas redações que elas são um trabalho do 8º ano, porque as exigências nesse grau não são equiparáveis às exigências do Enem. Observe que a fraseLeia mais
Vejo que você é uma aluna aplicada. Recebeu as críticas no texto anterior e fez as adaptações no mesmo dia.
Talvez devesse indicar numa nota de rodapé das suas redações que elas são um trabalho do 8º ano, porque as exigências nesse grau não são equiparáveis às exigências do Enem.
Observe que a frase-tema é bem diferente das frases-tema do Enem. O Enem faz aquilo para limitar o tema, coisa que o colégio não tende a fazer, pois quer ver a sua criatividade, o que vai em direção completamente oposta à do Enem.
Veja, o Enem é chato, ele quer um texto prevísivel, roteirizado, quase que mecânico. É só por isso que as redações-modelo funcionam, porque o Enem não se importa muito com a criatividade – pelo contrário, ele te obriga a propor uma intervenção (oxi, há diversas formas de concluir um texto, a conclusão propositiva é só uma delas) e, por essa razão, te obriga a defender uma posição muito específica, porque você não pode defender, por exemplo, que não há problema, ou que não há resposta para aquele problema.
Sendo assim, no seu lugar não há que se ter tanta preocupação com a forma, mas com as pesquisas que você fez e com o encadeamento dessas ideias que você ganhou ao fazer a sua pesquisa.
Nesse sentido, considero o Enem inútil como parâmetro para avaliar o seu texto e atribuo nota dez, pela qualidade da pesquisa que fez e pelo menos raríssimos erros de português.
Quando a sua intenção for treinar para o Enem, pratique a redação com temas estilo Enem, ou seja, temas fechados, temas que te direcionam a um certo tipo de abordagem, com aquela frase-tema que só o Enem sabe (leia-se: gosta) de dar.
Seja leve na escrita enquanto pode, é o melhor que eu tenho a dizer, por ora.
Meus parabéns pela dedicação, seu caminho para o Enem é brilhante!
See lessA cultura da paz em oposição à violência nas escolas.
Mr.Crozma
Suponho que o tema venha do Stoodi, e aqui já deixo os parabéns por não ter usado nenhum dos repertórios se baseando nos textos de apoio. Minha questão com o tema é que ele é um pouquinho amplo e pode exigir de você, quando opta pela restrição ao "bullying", que avise ao corretor que entendeu qual eLeia mais
Suponho que o tema venha do Stoodi, e aqui já deixo os parabéns por não ter usado nenhum dos repertórios se baseando nos textos de apoio.
Minha questão com o tema é que ele é um pouquinho amplo e pode exigir de você, quando opta pela restrição ao “bullying”, que avise ao corretor que entendeu qual era a dimensão do tema, mas que vai chamar a atenção dele para o bullying, pelos motivos que você desenvolverá nos parágrafos seguintes à introdução.
Da maneira como está escrita, não parece que o texto trabalha a “cultura” da paz. A dimensão do problema brasileiro é tão grande que professores devem ensinar as crianças a se abaixarem para não sofrerem com balas “perdidas”. Os professores, não raro, têm que lidar com alunos violentos e respondem de maneira igualmente violenta: humilhando o aluno menos dedicado em sala de aula, colocando o aluno em prova final por poucos pontos… Somando-se a isso, é claro, a não fiscalização de bullyings, assédios, brigas e assim por diante. Esse é um ciclo de violência bem amplo, e o corretor merece saber que você compreende a dimensão do problema.
Cuidado, portanto, com a leitura dos textos de apoio, como se, ao focar num deles, você estivesse garantindo a abordagem do tema, ponto de poder dispensar fazer uma análise da frase-tema e todos os seus elementos-chave.
Abaixo listo todos os erros que encontrei
De acordo com a teoria da tábula rasa(1) que foi desenvolvida por John Locke, todo ser humano é como uma tela que está em branco e que(2) somos(3) preenchidos por nossas experiências e influências. Seguindo essa ideia, considera(4) que qualquer prática adotada pela juventude que pratica(5) o “bullying” em escolas pode possuir origem no contexto familiar e social.
1 – Faltou a vírgula – estudar, se não entender, orações subordinadas adjetivas;
2 – Faltou paralelismo, não existe esse “que”. Observe como ficaria: todo ser humano é … e é preenchido;
3 – Aqui o problema não é não poder usar a 1ª pessoa do plural, como a Júlia sugeriu, mas por quebrar o paralelismo da frase. Gostaria que todos entendessem: não há pessoalidade/individualidade na coletividade;
4 – Quem considera? “Tu”? Se o sujeito desse verb fosse “ideia”, não estaria separado do verbo por vírgula – o “segundo” quebra a possibilidade de a ideia ser o sujeito;
5 – Praticar a prática… Não recomendado de escrever.
Antes de tudo(1), é necessário compreender que o âmbito escolar perde(2) seu poder social em um ambiente violento e desmotivador. Ou seja(3),(4) sua importância fundamental na transmissão de valores e conhecimentos é afetada diretamente com(5) as práticas de violência – popularmente conhecida(6) como “bullying” – o que acarreta(7) evasão escolar ou traumas físicos e psicológicos permanentes. Ademais, a prática de “bullying” cria uma cultura de violência que é posteriormente ensinada à geração futura, onde(8) o respeito e a tolerância não existem no ambiente escolar.
1 – Já corrigi um monte coisa, como assim antes de tudo? Pode pensando em outro;
2 – Comeu o artigo por quê?
3 – Você não quer, em trinta linhas, gastar uma frase dizendo a mesma coisa que a frase anterior porque não conseguiu explicá-la corretamente na primeira tentativa. Resumindo, você não quer usar o “ou seja” no Enem;
4 – Mais um artigo devorado…
5 – É afetada POR;
6 – Conhecidas;
7 – Pegadinha, essa você acertou;
8 – A geração futura não é um lugar, a não ser que o papo envolva física quântica.
Segundo o filósofo Pitágoras, pai do conceito de justiça, declarou: “Educai as crianças para que não seja necessário punir os adultos”. Analisado(1) a concepção do autor, é evidente que a falta de participação e preocupação familiar(2) é(3) uma(4) das causas desse problema, uma vez que a família é a base de valores que a criança em seus primeiros anos de vida tem contato(5) e que servirá de bússola norteadora de suas escolhas e ações na sociedade. Um exemplo claro,(6) é como a criança percebe e interpreta o meio(7) que vive, seguindo de forma inconsciente os valores de seus pais ou responsável.
1 – Analisando;
2 – Familiares;
3, 4 – O sujeito é “a falta de participação e a falta de preocupação”, sujeito composto;
5 – Esse “tem contato” foi distração, né? Isso é o que causa a frase gigante, tente evitá-la;
6- Vírgula indevida;
7 – Vivemos em meios: meio EM que vive.
É perceptível, portanto, que ainda há entraves para o combate à violência nas escolas. Sendo assim, deve(1) que todas as instituições de ensino em todo(2) o país invista(3) na criação de projetos de conscientização e(4) engajamento para o combate do Bullying, visando acabar com a cultura de violência que permeia o âmbito escolar. Cabe(5) ainda, que as famílias participem ativamente da vida estudantil dos jovens,(6) e fomentem a importância do respeito e(7) tolerância em seus lares,(8) assim, será possível educar as crianças sem punir os adultos.
1 – “Deve que” é oralidade, e você não quer inventar ordem de frase aqui na proposta, vai por mim: todas as instituições de ensino do país devem…;
2 – Redundante, o “todo” já está incluso;
3 – Continuação do erro 1;
4 – Falta de paralelismo: investir na… e NO…;
5 – Faltou vírgula;
6 – Não mudou o sujeito; logo, não precisa da vírgula antes do “e”;
7 – Falta de paralelismo: importância do… e DA…;
8 – Aqui a pausa é maior do que a pausa de vírgula. Use ponto final ou ponto-e-vírgula quando quebrar a ideia.
É um pecado essa ótima organização textual esbarrar nessa quantidade de errinhos. Então, não é que eu esteja um conselho, mas é um pedido: tenha muita atenção quando escrever frases longas, especialmente quanto à concordância, ao paralelismo sintático e às vírgulas!
Apesar das observações, gostei do seu texto. Bons estudos!
See lessDesafios para o combate do déficit habitacional no Brasil
Mr.Crozma
Excelente redação. Você está num outro nível de problemas que merecem consideração. Seu texto possui 431 palavras, o que está dentro da média de palavras nas notas mil que o Enem gosta de apresentar como modelo. Entretanto, não sendo o seu foco a alimentação do ego com entrevistas ao G1, quero que cLeia mais
Excelente redação. Você está num outro nível de problemas que merecem consideração.
Seu texto possui 431 palavras, o que está dentro da média de palavras nas notas mil que o Enem gosta de apresentar como modelo. Entretanto, não sendo o seu foco a alimentação do ego com entrevistas ao G1, quero que considere dois argumentos meus que são contrários a textos excessivamente grandes.
Um primeiro ponto é o tempo. Um texto mais curto poupa tempo e energia num contexto de questões objetivas que podem te cansar durante a prova. É claro que, conseguindo terminar a redação em uma hora e meia, esse meu argumento torna-se insignificante, então vamos ao segundo ponto.
Menos palavras, menos chances de erro de norma culta. Para ganhar 200 na competência 1, você está permitido a cometer apenas dois desvios gramaticais, o que é uma moleza de alcançar por distrações como essa a que você reparou na conclusão.
Se me permite o exemplo, a redação da Thamirys tirou 980 e tem 350 palavras. Portanto, peço que considere equilibrar essas contas, seja para se poupar mentalmente, seja para minimizar as chances de erro na C1.
Quero chamar a sua atenção ao “precipuamente”, que tem como função revelar o nível de importância que você dá à informação que está transmitindo naquela frase, e isso pode impactar a interpretação do corretor quanto à sua estratégia de texto, já que, por questão de clímax argumentativo, o argumento mais forte vem depois, construindo-se, assim, a progressão textual. Bom, não acho que fetou aqui, mas como não sei se lerei outra redação sua, fica o aviso de que a sua mensagem pode ser interpretada de maneira a te prejudicar, pois o corretor não quer dar 1000 às redações e correr certos riscos midiáticos ou administrativos, se me entende ou se já parou pra pensar no porque de só 28 redações tirarem mil no último exame.
De resto, não encontrei grandes oportunidades para tirar ponto. Passo a expôr tudo o que de norma culta você pode melhorar.
De acordo com Aristóteles, renomado filósofo grego, a política deve ser utilizada para que, por meio da justiça, o equilíbrio seja alcançado. Contudo, no que se refere ao déficit habitacional no Brasil(1) a realidade opõe-se ao pensamento do filósofo, pois é possível perceber a transformação do espaço geográfico em mercadoria. Além disso, os representantes públicos mostram-se omissos, visto que poucos são os planos desenvolvidos para superar esse desafio enquanto a população clama pelo direito à moradia. Sob essa ótica, urge discutir esses entraves que se caracterizam como impulsionadores do problema.
1 – Faltou vírgula.
Precipuamente, faz-se mister notar o papel das narrativas midiáticas na consolidação do processo capitalista sobre o solo. Segundo George Orwell, escritor, jornalista e ensaísta político, a massa mantém a marca, a marca mantém a mídia e a mídia controla a massa. Consoante a(1) esse pensamento, nota-se que é interessante para a mídia fomentar na população o desejo pela casa própria, pois(2) dessa forma(3) há(4) crescimento da demanda e, por conseguinte, os mantenedores dos veículos de comunicação são satisfeitos com o lucro. Nesse sentido, percebe-se que se por um lado(5) a iniciativa privada lucra, por outro a população sofre com o aumento dos preços de terrenos que crescem em função da lei capitalista de oferta e demanda.
1 – “A” indevido;
2, 3 – Faltaram vírgulas;
4 – Faltou artigo – obs: eu posso escrever informalmente aqui e comer artigos que eu quiser, no Enem isso não pode. Espero, portanto, não ser acusado de hipocrisia, as regras não são minhas;
5 – Aqui eu quero fazer um comentário. Não encontrei na internet, não encontrei nos meus livros (às vezes é um saco corrigir redação com material de ensino médio), mas acho que aqui tem algum problema de pontuação que, se você tem um professor de português, por favor converse com ele sobre isso aqui. Essa partícula “se” aí me… Deixa pra lá, vai que tu tá certo e eu tô caçando erros demais.
Ademais, a ausência de planejamento geográfico é um desafio a ser superado, pois contribui para a formação desse cenário deletério. Dessa forma, pode-se comparar a “Atitude Blasé”, termo proposto pelo sociólogo alemão George Simmel no livro “The Metropolis and Mental Life”, com a postura dos representantes políticos brasileiros, pois(1) esse termo é usado para representar a indiferença do indivíduo frente às situações que ele deveria dar atenção. De modo análogo, o clamor social pelo direito à moradia – esse garantido constitucionalmente – permanece suprimido(2) e poucos estadistas desenvolvem planos para atendê-lo.
1 – Repetição de “pois” é um perigo para a competência 4, hein;
2 – Faltou vírgula, apesar de o Enem não descontar ponto por isso – ele tolera, o que não significa que está certo trocar de sujeito e não colocar a vírgula antes do “e”.
Em suma, o déficit habitacional permanece enraizado na malha sociopolítica brasileira(1) e muitos são os desafios para contê-lo. Logo, a fim de atenuar tais obstáculos, cabe ao Governo Federal, em parceria com a Câmara dos Deputados, criarem(2) um projeto de lei que regule a política de preços praticados na compra e venda de terrenos a fim(3) de mitigar os abusos cometidos nesse processo. Aliado a esse projeto de lei, o programa “Meu pedaço de chão” deve ser criado com a finalidade de auxiliar o cidadão no processo de aquisição(4) da sua moradia, impedindo-o de ser lesado por grandes agências e(5) financiadoras que ditam os preços a serem pagos. Assim, espera-se não só suavizar o impacto causado pela lei da oferta e demanda sobre as habitações, como também promover o equilíbrio social defendido por Aristóteles.
1 – Novamente a ausência de vírgula antes do “e”, só insisto que o Enem não tira ponto por isso;
2 – Sem comentários;
3 – Repetição de “a fim”, te contar hein;
4 – Eco é um ótimo recurso para outros tipos textuais, “cidadão com processo de aquisação” dá rima – pobre, diga-se de passagem;
5 – Falta de paralelismo, não coma a preposição nesses casos: por isso e por aquilo.
Resumindo, detalhaes. Ótima redação, Gustavo.
See lessA importância das pesquisas científicas.
IsaGonçalves
Você pode acrescentar mais argumentos plausíveis nos desenvolvimentos, senti falta disso. Ademais, sua conclusão não apresenta as exigências básicas (detalhamento, agente, ação, modo e efeito). Nota: 760 O texto está ótimo, basta revisar essas questões. Acredito na sua capacidade, boa sorte!!!!
Você pode acrescentar mais argumentos plausíveis nos desenvolvimentos, senti falta disso. Ademais, sua conclusão não apresenta as exigências básicas (detalhamento, agente, ação, modo e efeito).
See lessNota: 760
O texto está ótimo, basta revisar essas questões.
Acredito na sua capacidade, boa sorte!!!!
Preconceito racial:causas e consequências
IsaGonçalves
Cuidado na hora da escrita e concordância, acredito que foi um erro na hora de digitação, aconselho revisar antes. Ademais, você pode melhorar e acrescentar argumentos no desenvolvimento. Sua conclusão está ótima e atende todas as exigências. Nota: 760 Espero ter ajudado, acredito na sua capacidadeLeia mais
Cuidado na hora da escrita e concordância, acredito que foi um erro na hora de digitação, aconselho revisar antes. Ademais, você pode melhorar e acrescentar argumentos no desenvolvimento. Sua conclusão está ótima e atende todas as exigências.
See lessNota: 760
Espero ter ajudado, acredito na sua capacidade, beijos!!
Boa sorte.