Tema: O uso de celular em sala de aula: ferramenta de aprendizagem ou distração?

No contexto da pandemia, que teve seu germe em 2020, o uso de tecnologias, dentre elas o celular, foi o divisor de águas na garantia do aprendizado a distância. *A partir do momento* > é uma expressão prolixa preferível dizer desde ou quando* que esse distrator se torna uma poderosa ferramenta de ensino, é inconveniente impedir seu uso. Assim abre-se o discurso acerca dessa problemática.

Em primeiro lugar, é incontestável que os celulares com acesso à internet>*””* são ótimos veículos de informação se bem utilizados. A título de exemplo, tem-se o aumento exponencial dos cursos pré-vestibulares online>*””*como “Descomplica”, que virou referência em aulas digitais, transformando-se numa variada e heterogênea rede de cursos do meio. Para além, pode-se destacar os trabalhos de graduações de faculdades públicas e particulares, que são, majoritariamente, entregues por e-mails>*preferível dizer endereços eletrônicos* e plataformas virtuais, isso quando não são inteiramente virtuais na forma de graduação EAD. Portanto, se houve reforma na docência do instituições superiores, não há motivos para que a educação básica se engesse em moldes ultrapassados.

Outro fato, decorrente do assunto supracitado, é a necessidade de mudança na disciplina interna das instituições de ensino para a absorção não só dos celulares, mas também de tecnologias diversas que podem ser aliadas dos estudos. Paulo Freire, importante pensador brasileiro na área educacional e autor do livro “Pedagogia do Oprimido”, declara na obra citada que o ser humano é um ser inacabado *e, por isso >usa apenas uma conjunção* pode ser condicionado a novos hábitos por toda sua vida. Tal análise dialoga com o conceito de “corpo dócil”, elaborado por Foucault no livro “Vigiar e Punir”. Segundo o filósofo alemão, o corpo denominado “dócil” é o organismo obediente *a> crase à* determinada disciplina imposta. Desse modo, é possível afirmar que, assim como o corpo das gerações anteriores foram “adocicados” para o antigo regime escolar, as atuais gerações podem, da mesma forma, modular suas ações para se adaptarem ao novo modelo de ensino com os novos aparelhos.

Dessarte, expostos *a> crase à* capacidade pedagógica do celular e as modificações sistemáticas necessárias. Cabe ao Ministério da Educação, com o apoio do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, propor ao Poder Legislativo PECs (Propostas de Emenda Constitucional) que autorizem o uso do celular para fins pedagógicos e criem o texto base pra a manutenção dos atuais regimentos escolares , por meio de votações e consultas a especialista das áreas de educação e inovação, *a fim de> linguagem informal preferível dizer a modo de* debater e executar as atualizações com precisão. Somente assim, o vilão de outrora será herói de professores e alunos.