A Declaração Universal dos Direitos Humanos afirma que todos devem agir uns para com os outros em espírito de fraternidade. Entretanto, esse preceito é bastante negligenciado no Brasil, dada a abundância de relacionamentos abusivos, os quais possuem suas causas relacionadas à romantização do herói salvador, difundida pela mídia, e pelo uso da violência como instrumento educacional.(1)

1 – tese perceptível: causadores – romantização do herói salvador difundida pela mídia e uso da violência como instrumento educacional.
Nesse contexto, a figura do herói montado no cavalo para salvar alguém de uma vida penosa é bastante utilizada pela Indústria Cultural. Tal história lembra o caso de Elize Matsunaga. Após ser “salva” pelo marido de uma vida de prostituição, ela sofre vários abusos psicológicos e assassina-o(2). O início dessa história se repete na sociedade brasileira(3) e, embora as personagens e o fim seja variável, há algumas constantes que podem ser consideradas, como a consequente baixa autoestima, a depressão, a violência doméstica, o suicídio, e, claro, o homicídio. Vê-se, então, a necessidade de mudar o imaginário coletivo nesse aspecto.(4)
2 – não pode usar ênclise depois de um advérbio. No caso, o advérbio é ‘vários’.
3 – Explique qual relação entre essa história e a sociedade brasileira.
Ademais, uma parcela dos indivíduos no país ainda vê a violência como ferramenta para educar os filhos e os jovens. Esse quadro pode ser relacionado ao fato de, segundo Hannah Arendt, a violência ter sido normalizada por ser tão comum na sociedade. Assim, a força bruta e o abuso psicológico não é(4) utilizado somente entre casais adultos mas também atinge crianças e adolescentes. Essa cultura gera transtornos na personalidade, na saúde mental e emocional dos futuros adultos que, talvez, perpetuem o ciclo vicioso da violência. Logo, é preciso reeducar os pais sobre a educação familiar.
4 – força bruta e o abuso psicológico / não são utilizados

A Hipótese de Gaia, defendida por James Lovelock, afirma que a Terra é um superorganismo com função autorreguladora. Todavia, essa capacidade é prejudicada tanto pelo lixo descartado nos oceanos quanto pela falta de consciência, por parte da população, sobre os impactos da poluição oceânica(1), visto que ambas comprometem a conservação desse ecossistema. Assim, é cabível discutir a problemática.
1 – tese: causadores da problema(falta de consciência da população e lixo descartado nos oceanos).
Vale ressaltar, de início, a presença de lixo nos mares como fator do problema. Isso poderia(2) minimizado drasticamente com a prática da economia circular, defendida pela velejadora MacArthur, que consiste na reutilização de resíduos sólidos como matéria-prima. Com efeito, ao não adotar esse modelo econômico, o Brasil, infelizmente, deixa de melhorar não só seu ambiente oceânico, mas o planeta, prejudicando, dessa forma, a qualidade da água-marinha, animais marítimos, plantas oceânicas, dentre outros. Logo, a resolução dessa questão ambiental deve passar pela questão do lixo.(3)
2 – ser
3 – excelente argumentação.
Ademais, a pouca consciência, por uma parcela da população, sobre os malefícios da degradação marítima representa outro agravante, visto que, para Schopenhauer, os limites do campo de visão de um homem determinam sua visão(5) de mundo(4). Desse modo, ao não se preocupar com as questões ambientais que assolam oceanos, parte da sociedade brasileira não cobra de si ou das autoridades competentes melhorias sobre o assunto. Por conseguinte, a degradação, sempre mais exacerbada, dos mares sofre descaso, perpetuando sua continuidade. Dessa forma, é necessário mais estímulo para fortalecer e solidificar a consciência socioambiental no país.
4 – Por quais motivos há pouca consciência quanto aos malefícios da degradação marítima? Quais responsáveis por isso?
5 – Procura usar sinônimos de “visão” para não repetir palavras próximas.
Portanto, o Poder Legislativo(agente), aliado ao Ministério da Educação, deve combater esse cenário(ação) degradante(6) por meio de(meio), respectivamente, instituição da Lei Eco-econômica e da disciplina Ecologia nas escolas. Essa nova lei obrigará, em todos os setores industriais, a reutilização dos resíduos sólidos reaproveitáveis(detalhamento). Paralelamente, a nova disciplina — formulada e ministrada por ecólogos, oceanólogos e biólogos — será obrigatória no ensino fundamental e médio. Tais medidas terão a finalidade(finalidade) de, respectivamente, reduzir a presença de lixo nos mares e fortalecer a consciência ecológica da sociedade sobre o ecossistema marítimo e seus impactos no planeta. Dessa maneira, o Brasil estará poderá facilitar o ciclo autorregulador que Lovelock teorizara.(7)
6 – vírgula antes de ‘por meio’.
7 – se a sua redação for pro ENEM, muito cuidado com a proposta de intervenção, procure explicitar os 5 elementos necessários para a nota máxima, se ficar muito complexo você pode acabar perdendo ponto devido ao corretor não conseguir identificar algum dos 5 elementos.

Em “Duna”, obra de Frank Herbert, Arrakis é um “planeta-deserto” assolado pela escassez de água. Similar ao livro, o Brasil também sofre com a seca, a qual se deve tanto à falta de inovações tecnológicas quanto à falta de conscientização ecológica, por uma parcela da população, sobre os efeitos futuros da seca. Assim, cabe discutir ações para a problemática.
Diante disso, é válido ressaltar, de início, a falta de novas tecnologias como fator do problema. Prova dessa realidade é, segundo o G1, o fato do(1) Brasil ter caído, em 2019, da nona para a décima posição de países que mais investem em tecnologia. Esse setor poderia fomentar, com capital investido, a transformação da água do mar em água potável, própria para consumo doméstico. Consequentemente, a falta de destinação de verba para o campo tecnológico acaba por estagnar o fluxo de inovações e promove a perpetuação da crise hídrica brasileira. Logo, a resolução do problema passa necessariamente por incentivos financeiros em novas tecnologias voltadas para essa questão.(2)
1 – de o (verbo no infinitivo)
2 – boa argumentação.
Ademais, a falta de consciência ecológica sobre o desperdício de H2O representa outro agravante, pois, segundo Schopenhauer, os limites de conhecimento do homem determinam sua visão de mundo. Logo, ao não reforçar, na sociedade, a importância primordial desse composto químico — já reconhecida na antiga Grécia por Tales de Mileto —, seu gasto inadequado é recebido com descaso(3). Por conseguinte, não só o atual momento mas também a vida de gerações futuras é, infelizmente, posta em xeque. Desse modo, é necessário promover a consciência ecológica coletiva sobre esse assunto tão crucial para o presente e futuro da humanidade.
3 – Por que não há esse reforço na sociedade quanto à importância do uso adequado da água? Quais instituições sociais e/ou políticas são responsáveis por essa educação ecológica?
Portanto, o Poder Executivo(agente), aliado ao Poder Legislativo, deve combater a crise hídrica brasileira ao, respectivamente, investir em (ação)tecnologias de transformação do H2O marítimo para consumo e inserir a disciplina de Ecologia nas escolas. Esses investimentos devem ser de 3% do PIB (Produto Interno Bruto) aplicado em “startups”, universidades e centros tecnológicos que visem transformar o H2O presente no mar em H2O para uso doméstico(detalhamento). Paralelamente, a nova disciplina — formulada por oceanólogos, geólogos e ecólogos — deverá ser, por meio(meio) da legislatura, obrigatória nas escolas de nível fundamental e médio. Seu(finalidade) objetivo será aumentar e solidificar a consciência ecológica sobre a seca. Assim, é provável que o Brasil se distancie da ficção penosa de Arrakis, o “planeta-deserto”.

Nesse viés, no livro “Assassinato no Expresso Oriente” – pertencente à renomada escritora Agatha Christie – é apresentada, por intermédio de relatos dos personagens sobre a morte de um criminoso, a variação da verdade: em virtude das mentiras das pessoas, estas condizentes a uma história, a realidade tornou-se oculta. Embora seja uma narrativa fictícia, os dados presentes na obra literária enquadram-se no Brasil do século XXI: em consequência da omissão e/ou mentira populacional(1), a resolução de se alimentar incorretamente, problemática fundamentada desde a infância dos indivíduos, faz-se indeterminada, haja vista que a sociedade idealiza uma utopia em que há obstáculos, mas estes são ignorados,(2) incapacitando, com isso, a construção de uma civilização saudável. Desse modo, a população deve parar de negligenciar a importância de comer balanceadamente.(3)
1 – Dê um exemplo concreto de omissão e/ou mentira populacional e explique de que forma isso ocasiona uma má alimentação na infância.
2 – Quais obstáculos são idealizados pela sociedade? Por que eles são ignorados? De que forma isso se relaciona com a alimentação infantil?
3 – trocar: de forma balanceada
Ademais, a falta de ensinamentos para as crianças sobre a boa alimentação corrobora esse precário horizonte. Nesse sentido, vale mencionar a Base Nacional Comum Curricular (BNCC), a qual não inclui o estudo de nutrição nas escolas, o que fortalece a inconsistência e a ignorância das crianças em ingerir alimentos saudáveis. Consequentemente, a utopia construída pela população para negligenciar a importância de se alimentar corretamente(4) se fortalece, visto que a escassez informacional mobiliza bolhas socioculturais, as quais impedem as pessoas (5)enxergarem os problemas da atualidade: no que tange à alimentação errônea, pode-se citar a diabetes e o colesterol, que estão em crescimento no Brasil e não têm a devida relevância. Dessa forma, enquanto as escolas não disponibilizarem estudos de nutrição para os jovens, estes (6)crescerão com a inconsistência alimentar e os reflexos vitais de comer inadequadamente.
4 – Explique que utopia para negligenciar a alimentação correta é essa.
5 – de enxergarem
6 – evitar generalização: tenderão a crescer

Promulgada pela Organização das Nações Unidas (ONU) em 1948, a Declaração Universal dos Direitos Humanos prevê a todos os indivíduos o direito ao bem-estar social. Contudo, a atual situação que os povos indígenas se encontram impede que esse direito seja plenamente evidenciado no Brasil contemporâneo. Nesse âmbito, a negligência tanto com a educação,(1) quanto com as terras desse povo(2) contribui com a persistência da questão.
1 – tira vírgula
2 – desses povos
Primeiramente, cabe avaliar que os indígenas, em sua maioria, possuem dificuldades no acesso à educação. Nesse contexto, o filósofo Immanuel Kant afirmou que a educação é o que forma o indivíduo. Assim, a impossibilidade em acessá-la prejudica não apenas a formação pessoal desse povo, mas também o ingresso no mercado de trabalho. Isso ocorre, pois o ramo de atividades trabalhista se mostra exigente com relação à formação acadêmica e, sem ela, os índios tendem a sofrer desigualdade ao concorrer por uma vaga de serviço.
Ademais, é possível observar, também, que a falta de medidas eficientes que protegem o território indígena é um dos fatores que contribuem com a permanência do impasse. Isso evidencia uma quebra do Contrato Social, proposto por Thomas Hobbes(4) o qual afirma que, em virtude da desigualdade entre os seres humanos, o Estado tem como dever manter a ordem e assegurar os direitos a todos os cidadãos. Entretanto, o atual contexto se mostra distante dessa realidade, tendo em vista que as posses dos índios não estão sendo devidamente asseguradas. Configurando, destarte, uma incompatibilidade não só com a ideologia de Hobbes, como, da mesma forma, com a Constituição Federal de 1988, a qual garante a todos os indivíduos o direito à terra.
4 – vírgula