No filme ”Wall-e” é mostrada uma sociedade futurística, a qual todos os membros são obesos devido há má alimentação e a falta de atividades físicas, isto é, aos hábitos de sedentarismo. Fora da ficção, a realidade da sociedade brasileira não é diferente, haja vista que tanto os problemas psicológicos, quanto o apreço pelos alimentos processados despertam uma alimentação desregulada. Logo, torna-se fundamental analisar essas circunstâncias, a fim de mitigar o impasse.
Em primeira análise, os transtornos mentais, como depressão e ansiedade, favorecem o desenvolvimento da compulsão alimentar. Isso porque, segundo o ditado popular ”Comer para esquecer os problemas”, o indivíduo desconta suas ansiedades e dificuldades na comida. Análogo a isso, é pertinente evidenciar que em um episódio da série ”Grey´s Anatomy”, um paciente obeso com baixa capacidade de locomoção possui vício alimentar durante anos em virtude de sentimentos obsessivos. Desse modo, sabe-se que cerca de 60% das pessoas, que apresentam uma ingestão exagerada, sofrem distúrbios psíquicos, o que requer uma mudança em relação a visão àquilo que é atribuído ao desequilíbrio nutricional.
Ademais, o excessivo consumo de produtos industrializados oportuniza uma alimentação desajustada relativa aos parâmetros saudáveis. Isso porque, para Zygmunt Bauman, o ser humano busca fontes imediatas, o que se pode observar no comportamento dos brasileiros, uma vez que além de preferirem itens com preço acessível, mantêm uma dieta com altos teores de açúcar, sal e gorduras pela facilidade e rapidez de aquisição. Entretanto, passam a comprometer a saúde e a maximizar, por exemplo, a atuação do diabetes, da obesidade e dos problemas cardiovasculares. Dessa forma, aproximadamente 168 mil mortes por ano ocorrem no Brasil por causa do peso exorbitante dos cidadãos de acordo com o estudo feito pelo Centro de Controle e Prevenção de Doenças de Atlanta.
Depreende-se, portanto, medidas são necessárias para combater os regimes insalutíferos no Brasil. Para tanto, o Ministério da Saúde, em conjunto às mídias sociais, deve propor a criação de programas assistência psicológica e comerciais de autoajuda, como um respaldo do SUS por meio dos canais televisivos, para que os fenômenos mentais não interfiram na vida cotidiana da população e diminuiam a alimentação pautada na irregularidade. Além disso, é primordial que a instituição familiar estabeleça a reeducação alimentar, a partir da ingestão de recursos saudáveis, a fim de reduzir a ação das comidas processadas. Isto posto, poder-se-á atenuar a obesidade no país.