Manipulação do comportamento do usuário pelo controle de dados na internet
Na sociedade atual vivemos a era da modernidade líquida. Esta modernidade líquida expressa pelo sociólogo Bauman refere-se ao fato das mudanças ocorrerem de forma muito rápida na sociedade e nas relações humanas. Nas últimas décadas o acesso à internet possibilitou enormes avanços com relação a comunicação à distância, como também o acesso à informação de forma rápida.
Além disso, ao analisar as pesquisas do Comitê Gestor da Internet no Brasil de 2017, o número de casas com acesso à internet aumentou muito nos últimos anos chegando à 120 milhões de residencias. Estes dados evidenciam que os brasileiros tem buscado o acesso a internet como também estão utilizando-a de forma mais intensa, buscando desta forma as facilidades que ela proporciona ao se manter conectado.
No entanto, vale ressaltar que nesta era de revolução tecnológica e científica não são só benefícios como também malefícios tais como a grande quantidade de “fake news”. Estas noticias falsas tem por objetivo ao circular na rede influenciar o modo de pensar do público leitor. Como também influenciar determinados comportamentos do usuário. Vale ressaltar ainda que nem tudo que acessamos na rede é algo privado que só o usuário tem acesso. A tecnologia permitiu que outras pessoas como até mesmo empresas tenham acesso ao conteúdo que o usuário acredita ser de acesso privado.
Diante deste contexto, acredito que deveria ser alterado a lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB) ofertando uma disciplina em que o professor leciona sobre a importância de ter domínio da informática, mas que enfatiza também sobre os aspectos negativos da era digital.
Deste modo teria se uma educação com fim de que as crianças e jovens tenham consciência sobre o que acessam fazendo um bom uso, filtrando informações a fim de buscar a veracidade dos fatos, evitando acreditar em” fake news” e desta forma evitando ser manipulado por matérias e reportagens publicadas em sites e na rede como um todo. Em síntese, o usuário não seria tão vulnerável à modernidade líquida, que se apresenta cada vez mais fluída, em constante mudança e afim de atender interesses de uma sociedade do consumo e não de interesses do ser humano, a fim de proporcionar o bem comum.