Tema: Os entraves da educação à distância durante a paralisação escolar

Com o surgimento da Covid-19 no ano de 2019 e o alastramento da doença para uma escala global em 2020, medidas de segurança tiveram que ser tomadas. Fechar locais de atividades e comércios não-essenciais, incluso instituições de ensino, representa uma de tais medidas. A partir disso, diversos problemas, alguns já existentes, desenvolveram-se, um deles sendo o atraso educacional que muitas crianças e adolescentes vivenciaram, ademais as consequências para o país.
Acerca desse raciocínio, é possível imaginar que, apesar de a pandemia afetar ao mundo inteiro de alguma maneira, alguns grupos gozam de maiores dificuldades em decorrência de diversos fatores, o principal sendo sua classe social. Adolescentes vindos de famílias carentes acabaram por deixar os estudos de lado para trabalhar e fazer com que os familiares tivessem como sobreviver durante aqueles tempos difíceis para a economia, outros não tiveram de trabalhar, porém não obtinham dos recursos tecnológicos que famílias mais privilegiadas têm acesso, além do espaço adequado em casa para ter uma melhor possibilidade de absorção dos conteúdos vistos, adquirindo assim uma desvantagem em relação aos estudos.
A levar em consideração a grande parcela da população que se afetou economicamente devido às condições da pandemia, a primeira realidade citada acima se tornou comum, aumentando o índice de desigualdade educacional no país, prejudicando mais ainda quem já estava em desvantagem econômica e social antes da crise sanitária. Caso ocorra de não receberem o auxílio necessário, a realidade desses jovens não será mudada e dificilmente aparecerão novas oportunidades para eles.
Depreende-se, então, que urge a necessidade de interferência governamental a fim de dar à todos as mesmas possibilidades de escolha. Cabe ao Ministério da Educação (MEC) – principal órgão público responsável pela legislação e regulamentação da educação no Brasil -investir mais na qualidade de ensino público, realizando concursos para que existam mais professores capacitados a lecionar, melhorar os recursos de ensino nas escolas, estimular o protagonismo dos alunos, buscar por alternativas que procuram tornar o ambiente escolar um lugar melhor. Além de oferecer auxílios para os jovens afetados que já se formaram, dando-lhes mais uma oportunidade para estudar e conseguir ingressar em uma universidade. Dessa maneira, será possível atingir um nível menor de desigualdade, porque segundo o filósofo Immanuel Kant, “O homem é aquilo que a educação faz dele”.