No Brasil Imperial, as revoltas tinham caráter emancipatório devido a insatisfação popular ao autoritarismo, escravismo e a exclusão praticados pelo Império. Infelizmente, o contexto assemelha-se a realidade atual, não só pelo descontentamento cidadão, mas também ao descaso estatal, validando as manifestações populares como ferramentas de mudança social no Brasil. Diante disso, é importante verificar os fatores para a persistência da problemática.
A princípio, o desrespeito ao Princípio da Publicidade, presente na Constituição Federal de 1988, norteador da prestação de contas à sociedade, acaba favorecendo o desagrado popular. Segundo a Polícia Federal, entre 2020 e 2021, período da pandemia do Coronavírus COVID-19, a PF constatou 77 casos de corrupção na área da saúde somando mais de 2 bilhões de reais. Consequentemente, a má gestão estatal favorece a perda de direitos a população. Desse modo, o inconformismo social é alavancado com a fragilização do acesso a direitos básicos como a saúde.
Outrossim, a banalização de mobilizações civis é acentuada pela negligência do Estado. A Constituição de 88, garante no artigo 5, que é livre a manifestação do pensamento, criação, expressão e informação, sob qualquer forma, processo ou veículo. No entanto, a forte repressão policial em atos desmobiliza a sociedade, pois o uso indiscriminado de práticas de contenção obsoletas, gases e balas de borracha anulam o tópico constitucional. Logo, os interesses sociais se tornam irrelevantes.
Faz-se necessário, portanto, ações para remediar o impasse. Para tanto, cabe ao Ministério Público Federal ampliar a fiscalização das atividades públicas, por meio da criação do Instituto Fiscal Cidadão, estruturado com sites e aplicativos vinculados a diários oficiais e decretos na divulgação instantânea de informações, ouvidorias para a captação de denúncias e também alas jurídicas para debates e acompanhamentos físicos e digitais em manifestações, a fim de regulamentar o papel do Estado na prestação de contas, conduzir a ação policial e dos manifestantes e efetivar o direito de manifestação ao povo. Assim, o autoritarismo imperial não será fortalecido na estrutura republicana.
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No Brasil Imperial, as revoltas tinham caráter emancipatório devido a(1) insatisfação popular ao autoritarismo, escravismo e a exclusão praticados pelo Império. Infelizmente, o contexto assemelha-se a realidade atual, não só pelo descontentamento cidadão, mas também ao descaso estatal, validando as manifestações populares como ferramentas de mudança social no Brasil. Diante disso, é importante verificar os fatores para a persistência da problemática.
1 – à
Análise da introdução: Há um problema na sua tese, pois você fala de descaso estatal e descontentamento cidadão, no entanto, esse “descontentamento cidadão” não é aprofundado no desenvolvimento, posto que você fala de descaso estatal nos dois parágrafos, isso prejudica o seu projeto de texto.
A princípio, o desrespeito ao Princípio da Publicidade(3), presente na Constituição Federal de 1988, norteador da prestação de contas à sociedade, acaba favorecendo o desagrado popular. Segundo a Polícia Federal, entre 2020 e 2021, período da pandemia do Coronavírus COVID-19, a PF constatou 77 casos de corrupção na área da saúde(4) somando mais de 2 bilhões de reais. Consequentemente, a má gestão estatal favorece a perda de direitos a(5) população. Desse modo, o inconformismo social é alavancado com a fragilização do acesso a direitos básicos(6) como a saúde.
3 – Faltou explicar o que diz esse Princípio da Publicidade
4 – vírgula antes de gerúndio
5 – à
6 – vírgula(exemplificação)
Repetição de palavras: saúde.
Outrossim, a banalização de mobilizações civis é acentuada pela negligência do Estado. A Constituição de 88,(7) garante no artigo 5,(8) que é livre a manifestação do pensamento, criação, expressão e informação, sob qualquer forma, processo ou veículo. No entanto, a forte repressão policial em atos desmobiliza a sociedade, pois o uso indiscriminado de práticas de contenção obsoletas, gases e balas de borracha anulam o tópico constitucional. Logo, os interesses sociais se tornam irrelevantes.(9)
7 – sem vírgula(separando sujeito de verbo).
8 – sem vírgula(separando verbo de complemento)
9 – Você acha que os interesses sociais são irrelevantes?
Análise da argumentação: Poderia ter argumentado mais, explicando o porquê de você pensar que as mobilizações policiais estão contra a liberdade de expressão, uma vez que há casos em que os manifestantes também usam de violência ou vandalismo. Por isso, quando você for argumentar, recomendo pensar que está querendo convencer alguém.
Faz-se necessário, portanto, ações para remediar o impasse. Para tanto, cabe ao Ministério Público Federal(agente) ampliar a fiscalização das atividades públicas(ação), por meio da criação do Instituto Fiscal Cidadão(meio), estruturado com sites e aplicativos vinculados a diários oficiais e decretos na divulgação instantânea de informações, ouvidorias para a captação de denúncias e também alas jurídicas para debates e acompanhamentos físicos e digitais em manifestações(detalhamento), a fim de regulamentar o papel do Estado na prestação de contas(finalidade), conduzir a ação policial e dos manifestantes e efetivar o direito de manifestação ao povo. Assim, o autoritarismo imperial não será fortalecido na estrutura republicana.
C1: 160
C2: 160
C3: 160
C4: 200
C5: 200
belatrix
ooie, espero ajudar um pouquinho…
sua introdução está ótima, o repertório é muito bom, voce relacionou com o tema e mostrou que é um problema.
o 1º desenvolvimento é bom, mas muito cheio de dados, tomando um caráter mais informativo. Tem muitos dados, mas não houve discussão sobre o tema em si.
Já o 2º desenvolvimento está bem claro e objetivo, tem dados, relação e discussão sobre o tema.
a argumentação está ótima, está completa e concisa.
parabéns!! aliás, ótimos conectivos