O desenho “A Viagem de Chihiro”, ganhador do Oscar de melhor animação em 2003, faz uma crítica à sociedade do consumo, mostrando como ela é responsável por corromper os indivíduos. Na sociedade brasileira contemporânea, assim como no desenho animado, o consumismo, infelizmente, faz-se presente de forma acentuada. Isso se evidencia não só pela deturpação do conceito de cidadania, mas também pela padronização do consumo atrelada às mídias digitais.
Sob esse viés, convém analisar de que maneira a desfiguração da ideia do “ser cidadão” atua para o aumento exponencial do consumo. De acordo com Zygmunt Bauman, sociólogo polonês, a atual sociedade configura como cidadão apenas aqueles que consomem, ou seja, a cidadania é medida pela quantidade e pela capacidade de consumo. À luz dessa perspectiva, a associação, errônea, de que as ações consumidoras são indispensáveis símbolos sociais para a composição humana gera a incorporação inconsciente de atitudes consumistas. Dessa forma, devido à adesão destas últimas, a excessiva acumulação de bens, sejam duráveis, sejam não duráveis, se torna recorrente e, de maneira lógica, a produção de lixo aumenta.
Outrossim, a difusão de padrões comportamentais nas mídias possui, indubitavelmente, intrínseca relação com tal desvalorização social. Nessa lógica, os meios de comunicação, utilizando-se da propagação intensa de anúncios, criam um público consumidor alienado aos desdobramentos causados pelo seu exagero, a exemplo da poluição de rios e do esgotamento de matérias-primas. Isso pode ser comprovado pelos algoritmos presentes na “web” que, através da obtenção de dados do internauta, oferecem produtos que ele tinha pesquisado anteriormente. Assim, os impactos ambientais e sociais, vinculados ao contexto capitalista hodierno, são banalizados e, por conseguinte, a população verde-amarela não consegue assimilar, como Chihiro, as contradições do ciclo do consumo desenfreado.
É urgente, portanto, que os veículos midiáticos, especialmente a televisão, divulguem, por meio da exibição de propagandas nos intervalos comerciais de maior audiência, a importância da adoção do consumo consciente como forma de superação ao cenário caótico vigente, a fim de informar os espectadores e, dessa maneira, propiciar um futuro, substancialmente, menos tóxico para as futuras gerações. Além disso, cabe ao Governo Federal fiscalizar os anúncios contidos nas plataformas digitais. Logo, o conceito de “cidadão” idealizado por Bauman não será mais uma realidade.
cartola682
O desenho “A Viagem de Chihiro”, ganhador do Oscar de melhor animação em 2003, faz uma crítica à sociedade do consumo, mostrando como ela é responsável por corromper os indivíduos. Na sociedade brasileira contemporânea, assim como no desenho animado, o consumismo, infelizmente, faz-se presente de forma acentuada. Isso se evidencia não só pela deturpação do conceito de cidadania, mas também pela padronização do consumo atrelada às mídias digitais.
Boa introdução e apresentação da tese.
Repetição de palavras: sociedade
Falta uso de conectivos
Sob esse viés, convém analisar de que maneira a desfiguração da ideia do “ser cidadão” atua para o aumento exponencial do consumo. De acordo com Zygmunt Bauman, sociólogo polonês, a atual sociedade configura como cidadão apenas aqueles que consomem, ou seja, a cidadania é medida pela quantidade e pela capacidade de consumo. À luz dessa perspectiva, a associação, errônea, de que as ações consumidoras(2) são indispensáveis símbolos sociais para a composição humana gera a incorporação inconsciente de atitudes consumistas. Dessa forma, devido à adesão destas últimas, a excessiva acumulação de bens, sejam duráveis, sejam não duráveis, se torna(1) recorrente e, de maneira lógica, a produção de lixo aumenta.
1 – torna-se
2 – Por que as ações consumidoras se tornaram símbolos para a composição humana?
Outrossim, a difusão de padrões comportamentais nas mídias possui, indubitavelmente, intrínseca relação com tal desvalorização social(3). Nessa lógica, os meios de comunicação, utilizando-se da propagação intensa de anúncios, criam um público consumidor alienado aos desdobramentos causados pelo seu exagero(4), a exemplo da poluição de rios e do esgotamento de matérias-primas. Isso pode ser comprovado pelos algoritmos presentes na “web” que, através da obtenção de dados do internauta, oferecem produtos que ele tinha pesquisado anteriormente. Assim, os impactos ambientais e sociais, vinculados ao contexto capitalista hodierno, são banalizados e, por conseguinte, a população verde-amarela não consegue assimilar, como Chihiro, as contradições do ciclo do consumo desenfreado.
3 – A relação seria com o consumismo, e não com essa desvalorização social.
4 – Você quis dizer pelo seu “consumo exagerado”, mas somente “exagero” fica incompleto. Exagero de quê?
Boa argumentação no decorrer do parágrafo.
É urgente, portanto, que os veículos midiáticos(agente), especialmente a televisão, divulguem(ação), por meio da exibição de propagandas nos intervalos comerciais de maior audiência(meio), a importância da adoção do consumo consciente como forma de superação ao cenário caótico vigente, a fim de informar os espectadores(finalidade) e, dessa maneira, propiciar um futuro, substancialmente, menos tóxico(5) para as futuras gerações. Além disso, cabe ao Governo Federal(agente) fiscalizar os anúncios contidos nas plataformas digitais(ação). Logo, o conceito de “cidadão” idealizado por Bauman não será mais uma realidade. (6)
5 – conceito abstrato e não explicado.
6 – o conceito não foi idealizado, foi percebido, idealização é quando o conceito é positivo.
C1:200
C2: 200
C3: 160
C4:160
C5:160
880
mirandmarina_
Ótimo texto! Parabéns! Pouquíssimos desvios.
Sugestões para correção:
– atribuir um fechamento para o parágrafo de introdução;
– retomar a tese no início do parágrafo de conclusão.
Atribuiria ao seu texto a nota de 960. Muito bem escrito, bem desenvolvido argumentativamente e gramaticalmente.