supervalorização da cultura americana

Após a 2ª Guerra Mundial os Estados Unidos se tornaram a maior superpotência existente, desta forma, sua cultura e economia, passaram a influenciar boa parte do mundo. Por conseguinte, seu investimento na produção de cultura os tornou os maiores criadores da mesma, entretanto, tamanha excelência acabou por dominar o mercado e extinguir a diversidade, assim como a criticidade dos indivíduos. Portanto, tal entrave deve ser sanado, visando cidadãos mais conscientes e abertos a diversidade.

De início, observa-se a adoração por produtos americanos, colocando-os acima dos demais produtos e marcas. Logo, indivíduos- de maioria jovem- utilizam itens de “marca”, somente pelos “status”, investindo altos valores por objetos extremamente semelhantes aos nacionais. Por conseguinte, o mercado brasileiro acaba defasado, devido ao descaso com a mercadoria oferecida por este, por conseguinte, além da perda cultural, resultada pela padronização do conceito de qualidade, também reside á perda financeira para o Brasil.

Ademais, vale-se citar a obra “O Alienista”, de Machado de Assis, onde um médico acaba por fixar-se cegamente no conceito de perfeição e igualdade, que começa a internar toda uma cidade alegando que estes, por não seguirem um mesmo padrão, são loucos. Saindo da ficção, essa visão absurda de perfeição e adoração á igualdade é consequência da monopolização da cultura. Posto isto, evidencia-se a centralização da perspectiva de qualidade, ignorando, injustamente, outras produções nacionais e internacionais.

Devido ao exposto, é evidente a necessidade de incentivar a cultura brasileira, para que tal objetivo seja atingido, os Ministérios da Cultura e da Educação devem desenvolver um projeto incentivando o acesso a cultura. Para tanto, este deve proporcionar o acesso a livros e obras patriotas, adquiridas á partir de doações ou comprados e envia-las as escolas, alocando assim, não somente itens americanos, mas de países variados, permitindo que os alunos obtenham autonomia para avaliarem criticamente o conteúdo consumido, evitando assim, que a visão etnocêntrica descrita em “O Alienista”, venha a impregnar a sociedade brasileira.