Alfabetização no Brasil: Passado, Presente e Futuro

             Em “A hora da Estrela”, de Clarisse Lispector, mostra a vida da personagem Macabéa, uma jovem datilógrafa que por ironia não sabe interpretar textos e tem dificuldade ao se comunicar com outras pessoas. No Brasil, a situação não é diferente, muitos jovens e idosos têm a mesma dificuldade que a personagem criada por Lispector, isso dá-se pelos métodos de alfabetização do país, que são retrógados.

             Por volta de 1920, foi implantado o método de alfabetização baseado em “testar” a capacidade de cada aluno por meio de provas superficiais, em que somente uma nota definia a inteligência. Esse método está errado, pois não incentiva as habilidades de cada aluno, a interpretação de textos e o aprendizado mais dinâmico. Antigamente, com essa falta de incentivo ao aprendizado, somente pessoas de classes mais altas teriam condições de ter um ensino de qualidade e que proporcionasse conhecimento de todas as áreas de atuação.

A Constituição brasileira de 1988, garante o direito e a educação a todos, porém na prática essas questões são tratadas de modos diferentes. O acesso às escolas, apesar de dados do governo apresentarem melhora, observa-se que durante o cotidiano, a dificuldade de ingressar em uma escola está aumentando, principalmente para as famílias mais pobres. O descaso com as escolas públicas e com o ensino faz com que os jovens percam o interesse no aprendizado, aumentando as taxas de analfabetos no país.

Com isso, é necessário que medidas sejam tomadas para que os brasileiros estejam cada vez mais distantes da realidade da personagem Macabéa. O Ministério da Educação junto à professores de escolas públicas, devem proporcionar aos jovens e outros estudantes, um método de ensino baseado em incentivar e destacar habilidades e conhecimentos de cada aluno. Melhorar o ingresso de famílias pobres ao ensino para que isso proporcione uma vida mais justa e digna.