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Sobre o ódio em relação ao outro

Sobre o ódio em relação ao outro

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Texto 1

Três pessoas morreram e cerca de 20 ficaram feridas no sábado 13 na cidade de Charlottesville, no estado americano da Virgínia, em um dia marcado por confrontos entre participantes de uma marcha supremacista branca e manifestantes antiracismo.

Uma pessoa morreu ao ser atropelada por um dos participantes da marcha nacionalista, que jogou seu carro contra manifestantes e deixou vários feridos. Além disso, o piloto e um passageiro de um helicóptero da polícia estadual morreram após um incidente nos arredores da cidade. As autoridades ainda não sabem se a queda da aeronave tem ligação com os confrontos.

“Vocês não nos apagarão”, cantou uma multidão de nacionalistas brancos, enquanto os manifestantes contrários levavam cartazes que diziam: “Nazi vai para casa” e “destrua a supremacia branca”.

O governador Terry McAuliffe declarou situação de emergência. O pedido foi feito para “ajudar o Estado a responder à violência”, escreveu no Twitter. O protesto “Unir a Direita” levou milhares de nacionalistas à cidade de 50 mil habitantes e foi convocado para contestar a decisão de Charlottesville de remover a estátua do general Robert E. Lee de um parque no centro da cidade.

Lee lutou pela independência dos Estados Confederados no sul do país, durante a Guerra Civil americana (1861-1865), para impedir a abolição da escravatura. Muitas cidades americanas têm eliminado as homenagens aos militares sulistas, dividindo opiniões.

Os participantes do protesto associado à supremacia branca vestiram capacetes, portaram escudos e levantaram bandeiras dos Estados Confederados e cartazes com suásticas, além de fazerem saudações nazistas. Um veículo avançou contra pedestres e feriu dezenas de pessoas, informou a polícia local.

Manifestantes de esquerda fizeram um contraprotesto, e os dois grupos entraram em confronto. Vários manifestantes usaram spray de pimenta. A polícia ordenou que os grupos deixassem a área da praça, sob pena de serem presos.

Na noite de sexta-feira, supremacistas fizeram um pré-protesto pelas ruas da cidade. Eles carregavam tochas e bradavam “Vidas brancas Importam”, em contraposição ao movimento negro Black Lives Matter, além de gritarem palavras de ordem contra homossexuais, judeus, negros e imigrantes.

As tochas são uma alusão ao grupo Ku Klux Klan fundado depois da guerra por ex-soldados confederados derrotados na guerra. Esses supremacistas brancos praticaram linchamentos e assassinaram negros no sul dos EUA por muitas décadas. (Localizado em https://www.cartacapital.com.br/internacional/caos-em-ato-supremacista-branco-nos-eua. Acesso em 14/08/2017)

 

Texto 2

A filósofa Hannah Arendt dedicou-se a reflexões sobre dois temas fundamentais do período pós-guerra: o totalitarismo e a banalização do mal. Segundo a pensadora, os regimes totalitários de esquerda ou de direita tiveram como pressuposto a aniquilação das classes sociais, a atomização das pessoas, e a uniformidade e homogeneidade sociais. A banalização do mal, fenômeno necessário e correlato ao totalitarismo, se caracteriza por não ser mero fruto da perversidade ou da crueldade pessoais, pois, em sua radicalidade desumana, consiste da recusa em examinar atos e ações inerentes à existência humana. Em virtude disso, Hannah Arendt aponta como antídoto à ascensão totalitária e à banalização do mal, a atividade autônoma do pensamento. Assim, para a pensadora, somente a preservação da capacidade de reflexão crítica permite que o indivíduo possa resistir à atomização e ao mal.

Dessa forma, os argumentos de Arendt, não se fundamentam na perversidade ou na crueldade das pessoas em si, mas sim na falta da reflexão. A incapacidade de pensar é uma característica do senso comum que reproduz o pensamento vazio de valores morais, o ódio. Para ela, a saída seria o desenvolvimento da capacidade de romper com o cotidiano, uma descontinuidade própria da vida humana, uma parada, uma reflexão, um olhar de fora – o ato de refletir sobre os acontecimentos a fim de dar significados a eles. É como se a experiência do pensamento se originasse numa sensação de estranhamento da realidade, e isso não exclui as coisas mais comuns.

Por isso, atualmente, tornou-se urgente reinventar um modelo de educação voltado a uma forma de pensar mais complexa, voltada à conquista da autonomia intelectual, para o exercício da atividade crítica coerente e consistente, de forma que os valores humanos estejam sempre em vista. (Localizado em https://www.geledes.org.br/a-semente-do-odio/. Acesso em 14/08/2017)

 

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Com base nos textos acima e no seu conhecimento de mundo, escreva um texto dissertativo-argumentativo sobre os movimentos de ódio que surgem contra uma determinada população ou grupo social. Além do exemplo apresentado no Texto 1, traga outro exemplo que tenha ocorrido no Brasil.

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