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Politicamente correto x censura

Texto 1

[quote]Limpar livros? Nota sobre dicionários
(Por Sírio Possenti)

Há alguns dias se debate (não muito, claro) uma ação do Ministério Público de Uberlândia “contra” o dicionário Houaiss, por registrar acepções pejorativas da palavra “cigano”. É mais uma atitude equivocada regida pela doutrina do politicamente correto, tão relevante em algumas ocasiões, tão mal compreendida em tantas outras.

Diversas manifestações bastante óbvias tentaram fazer com que o representante do MP entenda que dicionário é apenas o registro mais ou menos completo das palavras e de seus sentidos. Dicionário não inventa palavras; não inventa os sentidos das palavras; não incentiva uso de palavras em sentidos desabonadores (ou não); não condena palavras nem sentidos. Dicionário não ensina (a não ser indiretamente ortografia e sentidos de palavras até então desconhecidas). O que não quer dizer que seja “neutro”, elaborado por marcianos ou anjos sem interesse ideológico. Sempre terá que tomar decisões – como outras tantas publicações nas áreas da economia, da política, da história, da ecologia, da religião…

Mas, se for bom, minimamente bom, anota as palavras atestadas e seus sentidos mais ou menos duradouros ou datados.
(…)
Pedir que a edição seja recolhida ou modificada é equivalente a pedir que se retirem animais de catálogos da fauna, ou que livros de anatomia suprimam órgãos ou partes do corpo que pareçam ofensivos (intestino grosso, pênis, cordas vocais etc., conforme o gosto ou a olhar do leitor – você já viu cordas vocais de perto?). A atitude lembra uma regra brasileira, se não mundial: denunciado um crime, pune-se o repórter e censura-se o jornal. Ou tira-se o sofá da sala…
(…)

Fonte: http://terramagazine.terra.com.br/blogdosirio/blog/2012/03/08/limpar-livros-nota-sobre-dicionarios/. Publicado em março de 2012.[/quote]

 

Texto 2

Fonte: http://maryvillano.blogspot.com.br/2012/03/censura-ao-dicionario-houaiss.html. Acesso em 15 de abril de 2012.

 

Texto 3

[quote]Conselho de Educação quer vetar livro de Monteiro Lobato em escolas
(Por ANGELA PINHO e JOHANNA NUBLAT)

Monteiro Lobato (1882-1948), um dos maiores autores de literatura infantil, está na mira do CNE (Conselho Nacional de Educação). Um parecer do colegiado publicado no “Diário Oficial da União” sugere que o livro “Caçadas de Pedrinho” não seja distribuído a escolas públicas, ou que isso seja feito com um alerta, sob a alegação de que é racista.
(…)
Publicado em 1933, “Caçadas de Pedrinho” relata uma aventura da turma do Sítio do Picapau Amarelo na procura de uma onça-pintada. Conforme o parecer do CNE, o racismo estaria na abordagem da personagem Tia Nastácia e de animais como o urubu e o macaco.

“Estes fazem menção revestida de estereotipia ao negro e ao universo africano”, diz a conselheira que redigiu o documento, Nilma Lino Gomes, professora da UFMG.
Entre os trechos que justificariam a conclusão, o texto cita alguns em que Tia Nastácia é chamada de “negra”. Outra diz: “Tia Nastácia, esquecida dos seus numerosos reumatismos, trepou, que nem uma macaca de carvão”.
(…)
Por isso, Nilma sugere ao governo duas opções: 1) não selecionar para o PNBE obras que descumpram o preceito de “ausência de preconceitos e estereótipos”; 2) caso a obra seja adotada, tenha nota “sobre os estudos atuais e críticos que discutam a presença de estereótipos raciais na literatura”.

À Folha Nilma disse que a obra pode afetar a educação das crianças. “Se temos outras que podemos indicar, por que não indicá-las?” (…)

Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/saber/822230-conselho-de-educacao-quer-vetar-livro-de-monteiro-lobato-em-escolas.shtml. Publicado em 29 de outubro de 2010.[/quote]

 

Texto 4

[quote]Escritores e professores discutem veto a obra de Monteiro Lobato na escola
(Por Severino Francisco)

(…) Será que a obra de Lobato ofende mesmo a autoestima dos brasileirinhos afrodescendentes a ponto de merecer medida tão drástica?

O Correio ouviu escritores de literatura infantojuvenil e professores que lidam diretamente com as crianças. O escritor e artista gráfico Ziraldo, autor do Menino maluquinho, discorda da posição do CNE: “A sociedade da época do Lobato ainda não tinha consciência do racismo e da diferença de valores da forma que temos hoje. Acho injusto fazer uma coisa dessas com uma figura da grandeza do Lobato”.

Ziraldo atribui essa linha de pensamento a grupos que importam a ideologia do politicamente correto dos Estados Unidos, sem considerar peculiaridades da sociedade brasileira. O racismo internacional é diferente do brasileiro, argumenta Ziraldo: “Esse pessoal que fica copiando coisas americanas sem senso crítico é muito chato. Fica buscando racismo em tudo. Os americanos odeiam os negros, mas aqui nunca houve uma organização como a Ku Klux Klan. No Brasil, onde branco rico entra, preto rico também entra. Pelé nunca foi alvo de uma manifestação de ódio racial. O racismo brasileiro é de outra natureza. Nós somos afetuosos”.

A escritora Ruth Rocha, uma das mais lidas e premiadas autoras de livros infantojuvenis no Brasil, se recusa a defender a literatura de Monteiro Lobato. Ela argumenta que a obra de Lobato é tão magnífica que se defende sozinha. E deixa claro que literatura não é pedagogia, não cabe censura: “As editoras têm o papel de ganhar dinheiro e morrem de medo do que o Ministério da Educação possa fazer, pois só o governo compra livros em quantidade. Elas vivem pressionando os autores para mudar coisas nos livros. Eu mesma tenho sido vítima. Eu fiz uma história em que os meninos estavam tomando banho no rio e, de repente, iniciam uma briga com abacates. Não queriam porque diziam que os meninos poderiam se ferir. Os editores queriam que a Ana Maria Machado mudasse uma história porque os personagens tomavam banho muito demorado e isso supostamente estimulava o gasto de água. Isso pode ser um baque horroroso na literatura brasileira. Acho ridícula essa moda do politicamente correto. É uma boa intenção, mas macaqueada dos americanos. Querem que eu chame anão de ‘pessoa verticalmente prejudicada’. É ridículo!”. (…)

Fonte: http://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia/diversao-e-arte/2010/11/28/interna_diversao_arte,225023/escritores-e-professores-discutem-veto-a-obra-de-monteiro-lobato-na-escola.shtml. Publicado em 28 de novembro de 2010.[/quote]

 

Levando em consideração as ideias presentes nos textos acima e seu conhecimento de mundo, escreva uma dissertação argumentativa em prosa respondendo à seguinte pergunta:

[box type=”shadow”] As ideias presentes nas propostas do governo estão mais próximas do “politicamente correto” ou de uma censura disfarçada? [/box]

 

A redação não tem limites de linha, porém, os vestibulares no geral fornecem ao candidato uma folha pautada contendo de 30 a 40 linhas. Tente não passar desse limite. Leve em conta o tamanho da sua letra de mão na hora de escrever seu texto no computador.

 

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