No filme norte-americano “Show de Truman”, o protagonista Truman Burbank tem toda a sua vida monitorada por câmeras e transmitida em rede nacional, sendo que essa realidade é desconhecida pelo homem. Ainda mais, atualmente, a sociedade é composta por um contingente absurdo de Trumans, que tem a sua existência vistoriada no espaço cibernético, sendo facilmente manipulado e alienado aos preceitos de ideologias sociais, políticas e econômicas. Assim, faz-se necessário analisar os alicerces que sustentam esse estigma virtuaal que não limita o público do privado, a citar, o poderio governamental que apoia o quadro e a falta de conciência característica da contemporaneidade, no sentido de buscar descancar tais bases prejudiciais.
A partir desse ponto, a não limitação do espaço individual, graças ao fato do mundo estar inserido em rede, possibilita o desenvolvimento de ações involuntárias e automáticas manipuladas por grandes empresas capitalistas. Na obra “Vigiar e Punir”, do filósofo Foucault, é dito que o sitema panóptico é empregado em sociedades para monitorar, influenciar e exercer poderes, ou seja, o povo é instrumento de ação daqueles indivíduos que detêm poderes. Analogamente ao “best-seller”, o cidadão que deixa se influenciar, é passivo às mudanças sociais e acredita que o meio virtual não oferece riscos para seus comportamentos, tenderá a ser manipulado e tomar ações equivocadas. Logo, a ignorância para contestar discursos, programas sociais e governamentais que divergem ideais defendidos pela massa, prevalecem socialmente.
Ademais, a permanência dessa vida fiscalizada é fortalicida pelos ideias da necessidade de manter um sistema econômico forte, o qual, muito das vezes é previsível. Nesse segmento, segundo o escritor José Saramado em seu livro “Ensaios sobre a cegueira” é descrita uma sociedade utópica a qual apresenta: ” Cegos, cegos que veem, cegos que vendo, não veem”. Nesse panorama, o indivíduo, imerso em sí mesmo, não consegue se libertar do monitoramento de sua vida, que pela “Big Data”, tem todas as suas preferências expostas ao mercado e se transforma em um objeto que enriquece terceiros. Dessa forma, o cidadão, inserido nessa lógica, que desconhece a realidade apoiada pelo Governo, se transforma em submisso do sistema, reforçando que viver em rede apresenta malefícios.
Infere-se, portanto, que o limite entre o público e o privado precisa ter fundações feitas. Para tanto, o Ministério da Ciências, Tecnologia e Inovações deve inserir a discussão acerca da indireta violação da privacidade, por meio da criação de documentos que autorizem ou não o uso de informações pessoais, aplicadas no mercado, que serão inseridos na legislação de todo o território nacional, a fim de formar pessoas consciêntes e menos manipuláveis . Quiçá, nessa via, os Trumans modernos não serão alienados pela rede.
Adne
Muito bem estruturada sua redação, meus parabéns. Não sei se é uma questão do espaço para escrita da plataforma, mas, a demarcação de parágrafos pode melhorar a estética do texto ( fui penalizada por isso uma vez), caso você tenha se atentado a isso mas, quando escreveu aqui, ficou dessa forma, desconsidere. Há também um deslize na grafia em “muito das vezes”, no terceiro parágrafo. Salvo isso, não percebi nenhum outro problema.
ViníciusGarciaM
Introdução:
No filme norte-americano “Show de Truman”, o protagonista Truman Burbank tem toda (1) a sua vida monitorada por câmeras e transmitida em rede nacional, sendo que essa realidade é desconhecida pelo homem. Ainda mais, (2) atualmente, a sociedade é composta por um contingente absurdo de Trumans (3),que tem a sua existência vistoriada no espaço cibernético, sendo facilmente manipulado e alienado aos preceitos de ideologias sociais, políticas e econômicas. Assim, faz-se necessário analisar os alicerces que sustentam esse estigma virtuaal (4) que não limita o público do privado, a citar, (5) o poderio governamental que apoia o quadro e a falta de conciência (6) característica da contemporaneidade, (7) no sentido de buscar descancar (8) tais bases prejudiciais.
(1) “Tem toda” é uma expressão, que ao meu ver, atrapalha a estética textual, pois passa um ar de informalidade. Além disso, era desnecessário o uso do “toda” para o sentido da informação, uma vez que sem ele, compreende-se que se trata da vida do protagonista como um todo. Observe: “Tem toda a sua vida” e “tem a sua vida”, a primeira além de atrapalhar a estética, também passa uma ideia de redundância.
(2) Como você citou de repertório uma narrativa, eu, particularmente, acho melhor um conectivo como “Fora da ficção”, pois conecta melhor o repertório com a problemática atual.
(3) Creio que você tentou colocar o nome do protagonista no plural para representar várias pessoas da sociedade atual, certo? Então ficaria melhor se você expressase isso por meio de aspas. “Trumans”
(4) virtual*
(5) ficaria mais coeso a utilização dos dois pontos (:) em vez da vírgula
(6) consciência*
(7) expressão entre vírgulas
(8) descansar*
D1:
A partir desse ponto, a não limitação do espaço individual, graças (1) ao fato do mundo estar inserido em rede, possibilita o desenvolvimento de ações involuntárias e automáticas manipuladas por grandes empresas capitalistas. Na obra “Vigiar e Punir”, do filósofo Foucault, é dito que o sitema (2) panóptico é empregado em sociedades para monitorar, influenciar e exercer poderes, ou seja, o povo é instrumento de ação daqueles indivíduos que detêm poderes. Analogamente ao “best-seller”, o cidadão que deixa se influenciar, é passivo às mudanças sociais e acredita que o meio virtual não oferece riscos para seus comportamentos, tenderá (3) a ser manipulado e tomar ações equivocadas. Logo, a ignorância para contestar discursos, programas sociais e governamentais que divergem ideais defendidos pela massa, prevalecem socialmente.
(1) a expressão “graças” é utilizada para representar coisas positivas. No contexto, percebe-se que de trata de um aspecto negativo, portanto, sua utilização é errônea. O uso do “devido” cairia melhor nesse contexto
(2) sistema*
(3) a utilização do “tenderá” ficou estranha aqui, haja vista que anterior a ele não era uma oração apositiva. Observe: “O cidadão que deixa se influenciar por ser passivo às mudanças sociais e acreditar que o meio virtual não oferece riscos para seus comportamentos, tenderá…” Assim ficaria melhor.
D2:
Ademais, a permanência dessa vida fiscalizada é fortalicida (1) pelos ideias (2) da necessidade de manter um sistema econômico forte, o qual, muito das vezes (3) é previsível. Nesse segmento, segundo o escritor José Saramado em seu livro “Ensaios sobre a cegueira” é descrita uma sociedade utópica a qual apresenta: ” Cegos, cegos que veem, cegos que vendo, não veem”. Nesse panorama, o indivíduo, imerso em sí mesmo, não consegue se libertar do monitoramento de sua vida, que pela “Big Data”, tem todas as suas preferências expostas ao mercado e se transforma em um objeto que enriquece terceiros. Dessa forma, o cidadão, inserido nessa lógica, que desconhece a realidade apoiada pelo Governo, se transforma em submisso do sistema, reforçando que viver em rede apresenta malefícios.
(1) fortalecida*
(2) “pelas ideias” ou “pelos ideias” ??
(3) “muita das vezes” deve ficar entre vírgulas
Obs: foi muito utilizado “nesse” e “desse” e suas derivações. Isso atrapalha a fluidez da leitura
Conclusão:
Infere-se, portanto, que o limite entre o público e o privado precisa ter fundações feitas. Para tanto, o Ministério da (1) Ciências, Tecnologia e Inovações deve inserir a discussão acerca da indireta violação da privacidade, por meio da criação de documentos que autorizem ou não o uso de informações pessoais, aplicadas no mercado, que serão inseridos (4) na legislação de todo o território nacional, a fim de formar pessoas consciêntes (2) e menos manipuláveis . Quiçá (3), nessa via, os Trumans modernos não serão alienados pela rede.
(1) das*
(2) conscientes*
(3) quiçá? Quiçá expressa incerteza. Numa proposta de intervenção você deve expressar certeza do que fala. Se até você tem dúvidas se a tua proposta vai funcionar, como a sua proposta terá credibilidade vista pelos outros?
(4) Você já havia dito que as discussões seriam inseridas em algo, não precisava repeti-la novamente.
Obs: o argumento central do seu D1 gira em torno de empresas que alienam as pessoas. Em D2, o argumento gira em torno da falta de conscientização de pessoas. Uma dica – que não é obrigatória: na proposta intervenção, você pode tentar intervir nos dois problemas que você citou nos desenvolvimentos. A exemplo de seu texto, você resolveu a falta de conscientização, mas e quanto as empresas manipuladoras? Uma das propostas é obrigatório que tenha os 5 elementos da conclusão, já a possível segunda proposta, pode estar incompleta dos 5 elementos.
Claro, você não precisa seguir, mas traz coerência para o texto.
C1: 120
C2: 200
C3: 160
C4: 200
C5: 160
Total: 840
NickLima
Otima redação, conectivos muito bons e diferenciados, usou uma alusao no começou e retomou ela no final, utilizou citaçao filosofica. Gostei bastante, somente atente-se às estrutura do parágrafo. Acho que poderia colocar dados específicos, como percentuais e pesquisas sobre tal assunto. Não sou muito bom na correçao, porém gostei demais da sua redação. Continue assim, mas se atente a parte estrutural da redação.
ThaisOlivC
A Estrutura da sua redação esta ótima, bem explicada e sem fugir ao tema, parabéns. Apenas se atentar a estrutura do paragrafo que também notei, assim como a colega a cima. Não sou expert em correção de redação mas ao me ver essa esta perfeita. Continue assim. Usar esse filme como exemplo foi muito bom, tem uma critica social ótima referente a ter uma vida a base de entretenimento para os demais, assim como utilizar o trecho de um livro.