O jornalista Gilberto Dimenstein, ao produzir a obra ‘’Cidadão de Papel’’, afirmou que a consolidação de uma sociedade democrática exige a garantia dos direitos fundamentais de um povo. No entanto, ao observar os limites entre o público e o privado nas redes, constata-se que esse direito não tem sido pragmaticamente assegurado na prática. Nesse ínterim, infere-se o aspecto sociocultural e o descaso governamental, como sendo, decerto, canalizadores deste panorama.
Em primeira análise, torna-se evidente a influência do fator sociocultural. Sob tal perspectiva, é oportuno assinalar que, conforme o pensador Émile Durkheim, a sociedade deve ser analisada de maneira crítica e distanciada do senso comum. Nesse sentido, a proposta do sociólogo pode ser aplicada quando se analisa o comportamento de usuários que se escondem no anonimato e motivados pelo “efeito manada” ofendem e degradam a dignidade de outros internautas, perdendo o senso crítico e a empatia pelos demais cibernautas. Destarte, discorrer criticamente essa problemática é o primeiro passo para a consolidação de um país equânime.
Ademais, é lícito postular a falta de empenho do governo como estimulador desse revés, no que diz respeito a criação de mecanismos que coíbam tais recorrências. A esse respeito, o filósofo grego Aristóteles afirmou que o objetivo da política é promover a vida digna aos cidadãos. Nessa lógica, a conjuntura vigente contrasta o ideal aristotélico, posto que devido à falta de atuação das autoridades, os usuários das redes sociais não possuem segurança, no que se refere a proteção adequada de dados pessoais e punição devida contra aqueles que cometem crimes virtuais. Assim, medidas precisam ser tomadas pelas autoridades competentes, a fim de alterar esse cenário
Diante dos fatos mencionados, faz-se necessária a concentração objetiva em diretrizes que formulem mudanças expressivas. Nesse sentido, o Estado, juntamente com a mídia, por intermédio de um projeto estatal, deve discutir o assunto com profissionais especialistas nessa área, com o objetivando fomentar o pensamento crítico e a reflexão sobre os limites entre o público e o privado nas redes, levando o cibernético a pensar sobre seu próprio comportamento. Em adição, o Congresso Nacional irá reforçar os artigos jurídicos e realizar fiscalizações sobre as leis atuais, tendendo a combater crimes cibernéticos e desencorajar ofensas e ameaças por meios de comentários na internet, visando aumentar a efetividade das legislações vigentes e intensificar a punição àqueles que violarem as leis contra a tese em questão. Somente assim, com a visão crítica de Durkheim e a justiça aplicada de Aristóteles, a sociedade brasileira deixará de ser uma comunidade de papel, como enfatizou Dimenstein.
Viver em rede no século XXI: os limites entre o público e o privado ENEM 2011
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Poirot
oii, tudo bem ?
Após ler seu texto posso dizer que vc esta escrevendo muito bem , além disso percebo que esta muito bem estruturado e contém repertórios muito interessantes.
Não estou a altura de fazer uma correção detalhada, mas sua coesão textual é impressionante , parabéns.
No que posso lhe dar uma dica é no quesito de quando envia sua redação ao site, na formatação, tente dar espaço para deixar mais claro onde começa cada paragrafo, acaba embaraçando as vistas da forma que tá. Não estou criticando, apenas dando a sugestão.
continue assim , com certeza chegara nos 1000.
brend@
Parabens pelo texto, está muito bem estruturado, seguindo as normas de um texto dissertativo-argumentativo, há apenas alguns pontos a ser melhorados.
INTRODUÇÃO: OK
D1: OK
D2: Senti falta de você falar o que esse problema gera, a consequência.
CONCLUSAO: Você deve iniciar o parágrafo com conectivo.
C1: 180
C2: 200
C3: 180
C4: 180
C5: 200
Total: 940