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Viver em rede no século 21: limites entre o público e o privado

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Em “Sociedade do Espetáculo”, Guy Debord demonstra como no corpo social contemporâneo há uma espetacularização da vida. Para o escritor francês, os cidadãos são transformados em plateia passiva, e as grandes questões sociais, em imagens a serem consumidas. Esse conceito ajuda a compreender o viver em rede na sociedade hodierna. Nesse contexto, percebe-se a configuração de um grave problema em razão do despreparo dos usuários de internet e da inação das esferas governamentais.  Diante disso, faz-se imperiosa a análise dos fatores que favorecem esse quadro.

Em primeiro plano, a imperícia dos internautas mostra-se como um dos desafios à resolução da problemática. De acordo com Zygmunt Bauman, as redes sociais são muitos úteis, oferecem serviços prazerosos, mas são uma armadilha. Por essa perspectiva, a falta de prudência ao utilizar esse serviço pode acarretar em danos, por exemplo, à moral do indivíduo, que podem se tornar irreversíveis. Isto é, a cautela com os limites de privacidade no uso da internet pode prevenir as pessoas de caírem em ciladas, ao não fornecerem informações pessoais aos sujeitos desconhecidos. Assim, é inconcebível que esse cenário continue a perdurar.

Em segundo plano, a baixa atuação do Governo, no que diz respeito às questões sobre o uso dos meios digitais ainda é um empecilho à sua solução. Segundo a Constituição Federal do Brasil de 1988, são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem. Entretanto, na prática isso não ocorre no que diz respeito ao uso da internet, haja visto o grande número de publicações que ferem essa cláusula. Isso acontece devido à falta de fiscalização e a falta de sanções aos infratores, e com isso, os internautas são estimulados a continuarem suas ofensas. Logo, é substancial a mudança dessa situação.

Indubitavelmente, medidas são necessárias para amenizar esse impasse. Portanto, é imprescindível que o Ministério da Educação promova educação digital para as novas gerações, por meio da inserção da temática do uso das mídias na ementa da disciplina de informática. A disciplina deverá ser ofertada do ensino básico ao ensino médio e nas universidades como disciplina optativa. Tal ação possui a finalidade de deixar os estudantes mais críticos a respeito do tipo de conteúdo que pode ser publicado e quais informações devem ser protegidas. Ademais, cabe aos programadores de sites e aplicativos criarem uma aba alertando os usuários sobre as informações pessoais que devem ser privadas. A partir disso, será possível minimizar o percalço ocasionado pela espetacularização da vida.

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1 Correção

  1. Oii, tudo bem? Não sou profissional na redação, mas vou te ajudar com o que sei.

    C1: Domínio da escrita formal
    200

    C2: Compreender o tema e não fugir do que é proposto
    200

    C3: Selecionar, relacionar, organizar e interpretar informações, fatos, opiniões e argumentos em defesa de um ponto de vista.
    Trouxe ótimos repertórios!
    200

    C4: Conhecimento dos mecanismos linguísticos necessários para a construção da argumentação
    200

    C5: Respeito aos direitos humanos e proposta de intervenção
    200

    Parabéns! Sua redação está excelente, com os três repertórios, ótimas teses e argumentos e contém os cinco itens na conclusão. Nota final: 1000

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