Viver em rede: limite entre privado e público

Em 1949, foi publicado um dos mais atuais livros da contemporaneidade, intitulado “1984”. George Orwell, exímio escritor, quis  mostrar em seu livro uma sociedade distópica na qual ações e pensamentos eram vigiados 24h por dia. Porém, devido ao crescente uso de câmeras em vários lugares e a constante insegurança trazida por vazamentos de dados de usuários na rede, fazem com que essa distopia seja presente nos dias de hoje.

Em primeira análise, com a chegada da internet, atrelada a globalização, muitas barreiras foram quebradas; como a do idioma. Entretanto, com essa quebra de barreira, houve também, a quebra da segurança; segundo pesquisas feitas pela central de inteligência americana (CIA), com a chegada da globalização, houve um aumento significativo no número de assaltos nos EUA, analogamente,  gerando um aumento no número de câmeras nas ruas e trazendo uma sensação de segurança nas pessoas.

Todavia, até quando vai essa segurança? Vale ressaltar que na distopia de Orwell, as pessoas apresentavam a mesma sensação de segurança, até serem escravizadas por ela própria. Ademais, trazendo o livro à realidade, um ex-técnico da CIA, Edward showden, foi acusado de traição contra os Estados Unidos após vazar dados de que a inteligência americana espionava, por meio das câmeras de aparelhos eletroeletrônicos, a privacidade da população Americana.

Portanto, é evidente que essa sensação de segurança é ilusória. Então, se quisermos ter verdadeira segurança, devemos cobrar o governo brasileiro pela limitação e redistribuição de câmeras de segurança, em lugares estratégicos, além de cobrar aos devidos donos de redes sociais, indenização caso venhamos a sofrer com vazamentos de dados. Destarte, poderemos nos afastar da distopia de Orwell tão presente e atual.