VIOLÊNCIA URBANA NO BRASIL

Segundo Émile Durkheim, sociólogo francês os fatos sociais podem ser normais ou patológicos. Seguindo essa linha de raciocínio, observa-se que um ambiente patológico ou seja, em crise, rompe toda a harmonia social visto que um sistema corrompido não favorece o progresso coletivo. Nesse sentido, no que se refere a violência urbana no Brasil, configura-se um sério problema, em virtude da insuficiência legislativa e do racismo.

Sob esse viés, podesse apontar como um fator determinante a insuficiência legislativa. Gilberto Dimestein explica que no Brasil as leis são inefetivas o que gera uma falsa sensação de cidadania. Tal inefetividade é nítido nos altos índices da violência urbana, visto que existe uma grande escassez de policiais e de um sistema fluido de justiça. Assim, é urgente que a “cidadania de papel” que o jornalista falou seja superada.

Ademais, devese ressaltar que o racismo é impulsionador da violência urbana. Segundo o Atlas de Violência, 14 a cada 20 assassinatos são de pessoas negras. Diante de tal exposto, é visível que negros, em razão do preconceito da população são constantemente  vítimas fatais, o que gera medo e receio nessa população ao sair nas ruas. Logo é inadmissível que este cenário continue a perdurar.

Depreende-se portanto, a necessidade de se combater esses obstáculos. Para isso é imprescindível que as escolas públicas e particulares, por meio de verbas governamentares, realizem palestras com o tema violência urbana. As palestras teriam o objetivo de conscientizar os jovens sobre as prevenções e consequências em correlação aos crimes nas ruas. Além disso, tal iniciativa poderia contar com pesquisas feitas por alunas em relação aos dados de violência em sua cidade. Dessa forma, o ambiente deixaria de ser patológico como afirma Durkheim.