violência no transporte público

   O documentário “Ônibus 174” do diretor José Padilha, expõe a história de um sequestro real de um coletivo da cidade do Rio de Janeiro. No findar da trama um policial do Bope atira em Sandro Nascimento, o sequestrador, na tentativa de extermina-lo, entretanto, o policial erra o tiro e Sandro acerta 3 tiros na professora que estava em seus braços. Sobre tal ínterim, surge a problemática da violência no transporte público que persiste intrinsecamente no cotidiano do cidadão. Convém, dessa forma, analisar as causas desse fenômeno e propor medidas que promovem o seu combate. 

    Precipuamente, a passividade do Estado e principalmente na esfera legislativa, contribui para a permanência do problema. Segundo a Constituição Federal brasileira de 1988, explana o dever do Estado de garantir a segurança pública da prática de atos nocivos e atentatórias ao cidadão. Entretanto, observa-se na realidade contemporânea o oposto no que tange a norma, em razão ao crescimento urbano de forma desorganizado (ocorrido pela aceleração do êxodo rural) em locais que não dispõe das necessidades básicas, como moradia, saúde e educação que, de forma, gera uma série de crises e problemas sociais que, por sua vez, podem repercutir na marginalização e, consequentemente, na criminalização. 

Ademais, destaca-se a ausência de uma educação familiar e social como impulsionadora da problemática. Segundo o filósofo francês Immanuel Kant, o ser humano é fruto da educação e, com a escassez da disciplina adequada, a formação sobre os valores morais do cidadão fica deturpado reverberando no impasse. Além disso, a punição branda e a falta de fiscalização dos agressores que cometem diversos tipos de violência, sendo ela física ou psicológica, interromper o funcionamento pleno da sociedade, tal fator se mostra pelo aumento da violência no transporte público de 35% desde 2016.  

 Portanto, urge que o Ministério da Justiça e Cultura invertem, pelas verbas governamentais, estratégias de prevenção da evasão escolar e de recuperação de jovens que abandonaram a escola, além de criar programas de acompanhamento de jovens tidos como problemáticos e de egressos do sistema de medidas socioeducativas. Além disso, suporte as famílias dialogarem sobre o problema. Dessa forma o Brasil poderá ultrapassar antigos paradigmas.