Violência doméstica no Brasil

        No século XVI, a obra “Utopia” de Thomas Moore idealizou uma sociedade perfeita, a qual seria ausente de conflitos e de problemas. Apesar de publicada a mais de quatro séculos, nota-se que a idealização não rompe o plano literário ao analisar a violência doméstica no Brasil. Essa circunstância desafiadora da desigualdade de gênero e saúde mental são apenas alguns dos principais impulsionadores desse revés.

        Com efeito, é nítido o papel da educação disfuncional como uma das causas da violência doméstica no país. Nesse caso, cita-se a obra “Emílio” de Rousseau, que discorre sobre como a educação de indivíduos desde criança a adultos interfere em sua natureza e razão. Nessa ótica, tal teoria é constatada no contexto brasileiro, uma vez que grande parte da população feminina é ensinada que deve agradar aos homens, privando-se de seu próprio sucesso, o que acarreta na desvalorização da mulher. Dessa forma, devido a educação disfuncional, a problemática é agravada no meio social.

        Ademais, a falta de dedicação à saúde mental por parte do governo atua como agravante da violência doméstica no Brasil. Nesse contexto, menciona-se a visão de dever político de Aristóteles, o filósofo afirma que a política, por meio da ética, deveria promover a felicidade e o bem-estar dos cidadãos. Sob essa óptica, tal teoria não reverberou para a atualidade, haja vista que a saúde mental é tratada como tabu pelo governo, o que leva a uma sociedade sem controle emocional. Diante disso, constata-se como o descaso do governo interfere na atualidade.

        Infere-se, portanto, a necessidade de combater os problemas enfrentados pela violência doméstica no Brasil. Para isso é necessário que o governo vincula-se à mídia, o qual por meio de propagação de informações, de modo didático, ajude a população a reconhecer seu estado mental e busque por ajuda. Tal atividade possui intuito de amenização. Desse modo, espera-se uma sociedade mais justa e igualitária.