VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER

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A obra “O Grito”, do pintor norueguês Edvar Munch, representa uma figura espantada diante de algo que lhe parece oferecer insegurança. Apesar de metafórico, percebe-se que, no Brasil hodierno, a reação do personagem pode ser aplicada a violência contra a mulher, já que é assombroso que a sociedade não reconheça a seriedade de tal problemática. Diante disso, fatores como o legado histórico cultural, além dos desrespeitos às leis, favorecem a existência desse entrave.

Primordialmente, a violência contra a mulher é uma das manifestações mais cruéis e evidentes da desigualdade de gênero no mundo. Fundada em uma cultura patriarcal impregnada de valores sexistas, isso porque, segundo a História, a mulher sempre foi vista como inferior e submissa ao homem desde a antiguidade. De acordo com Dalai Lama, monge budista tibetano, “Violência não é um sinal de força, a violência é um sinal de desespero e fraqueza”. Nesse sentido, rompe-se com tal lógica humanista ao verificar-se que, hoje, a cultura machista prevaleceu ao longo dos anos a ponto de enraizar-se na sociedade contemporânea, mesmo que de forma implícita, à primeira vista.

Ademais, tomando como base o Art. 5 da Constituição Federal de 1988, todos são iguais perante à lei, independente de gênero, raça ou cor. No entanto, essa visão, embora correta, não é efetivada no hodierno cenário global, uma vez que, infelizmente, não é o que ocorre quando direcionamos o assunto às mulheres. Segundo pesquisa divulgada pelo G1, no ano de 2019, o feminicídio teve um aumento acerca de 76% no primeiro trimestre. Diante disso, a criação da Lei Maria da penha e da Delegacia da Mulher, apesar de auxiliarem na fiscalização contra a violência ao sexo feminino e na proteção das vítimas, são insuficientes e poucos eficazes, algo comprovado através da alta taxa de feminicídios ocorridos em nosso país, além dos enormes índices de relatos de vítimas de violências.

Portanto, cabe ao Estado, juntamente com o Poder Legislativo, criar campanhas de combate à violência, além de impor leis mais rígidas e severas punindo aqueles que não cumprem, a fim de proteger as mulheres das violências, tanto física quanto moral. Ademais, o governo deve promover, mediante mídias influenciadoras, como Rede Globo, SBT e Record, campanhas a fim de conscientizar a população brasileira dessa violação. Por outro lado, a mídia, por meio de lives, publicações, deve abordar a questão instigando mais denúncias, cumprindo, assim, o seu papel social. Já a escola, instituição formadora de valores, deve promover palestras a pais e alunos que discutam essa problemática de maneira clara e eficaz.

 

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3 Correções

  1. Vou falar o que eu acho a partir das competências e depois dou o meu parecer sobre o texto de forma integral.
    Competência I – 200
    Achei um erro na colocação de vírgulas (entre severas e punindo, linhas 3,4), porém, continua no nível 5 do domínio da língua portuguesa. Acho importante ressaltar que é válido tomar cuidado com períodos muito curtos e que não agregam em nada no textos, pois os mesmos podem ser avaliados como ‘desenvolvimento embrionário’ de uma idéia.
    Competência II – 180
    Penso que você compreendeu bem a proposta, entretanto, a abordagem da violência contra a mulher ficou apenas no campo físico e você não abriu espaço para abordar outros tipos menos recorrentes, como por exemplo a violência psicológica.
    Competência III – 120
    Não vi relação entre a alusão e a problemática citada. Os corretores considerariam essa parte como uma parte desconexa ao texto. É um conhecimento válido, porém sem conexão alguma com o tema abordado.
    Competência IV – 120
    Mecanismos linguísticos usados muito bem, porém senti falta de uma conexão de parágrafos no texto. Acho que os mesmos ficaram muito soltos e desconexos, principalmente a alusão em relação a conclusão. Em geral, é comum que a alusão se conecte com a conclusão e conclua-se o texto, como um ciclo.
    Competência V – 120
    Todas as propostas de intervençãosão muito interessantes, porém senti que você jogou muitas informações no texto e não se aprofundou de verdade em nenhuma. Vi uma mera citação a dois órgãos públicos, porém nada mais.
    Sobre o texto em geral, achei muito bem escrito e desenvolvido, porém tente se atentar a esses pequenos detalhes. Corrigi com base no manual de instruções ao corretor de 2019, disponível no site do INEP.

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  2. Oi! Achei que a linguagem da redação impecável, porém em alguns pontos, me senti perdida. Diria mais que no terceiro parágrafo, porque foram muitos repertórios ao mesmo tempo e isso tornou a leitura um pouco pesada. Também não vi relação na menção da pintura no primeiro parágrafo. Gostei muito do texto, só tenho essa considerações acima :)

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  3. Olá, bom em um panorama geral eu achei que você tenha um bom domínio da linguagem formal, tem um bom conhecimento sobre o tema e suas ideias são boas, só preciso de alguns ajustes… na introdução eu não vi tanta relação, como você pode ter visto, do quadro “o grito” com a violência contra mulher, você poderia ter procurado um uma contextualização mais próxima da violência (a sua contextualização ela deve ter ligação com pelo menos uma palavra do recorte temático)…. Acredito que principalmente no terceiro parágrafo você usou muitas citações, o que acabou deixando um pouco confuso a relação uma com a outra, porque, as situações elas não podem ser simplesmente jogadas elas têm que se interligar umas às outras (duas em um parágrafo já é mais que suficiente)…no último parágrafo você poderia escolher apenas duas propostas de intervenção (levando em conta que a banca atual do Enem só pede uma proposta obrigatória),e focar nela o máximo possível: “quem vai fazer? o que vai fazer? Como vai ser feito? Qual o objetivo? Qual o resultado esperado?”… Apenas cuidado com o excesso…

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