VIDA SUSTENTÁVEL – MELHORES CAMINHOS

 O filósofo Raimundo de Teixeira Mendes, em 1889, adaptou o lema “Ordem e Progresso” não só para a Bandeira Nacional Brasileira, como também para a nação que, atualmente, enfrenta inúmeros empecilhos para o seu desenvolvimento. Lamentavelmente, entre eles, as dificuldades de se obter uma vida sustentável, problema recorrente na sociedade brasileira. Essa realidade se deve, principalmente, à falta de incentivo por parte do governo e à insistência do uso de plástico no cotidiano.

Sob esse viés, é notório que a negligência do Poder Público é um grave empecilho. Nessa perspectiva, John Locke, filósofo contratualista, afirmou através de sua obra “contrato social” o bem-estar social da população como direito essencial. No entanto, na medida em que existem pessoas vivendo, no Brasil, em situações sem o mínimo de regalias sociais efetivadas, como o acesso ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem constitucional, há uma falha grotesca da função do Estado com o ideal de John. Por consequência disso, sem o incentivo governamental, o uso de materiais nocivos ao planeta Terra tende a se perpetuar, principalmente nas empresas e entre os comerciantes e compradores. Desse modo, é inadiável que o bom convívio social seja alcançado, a partir de medidas públicas.

Além disso, a persistência do uso de plástico trouxe catastróficos resultados à natureza. Estima-se que uma sacola plástica demore mais de 250 anos para se decompor no ambiente, paralelamente, pesquisas realizadas no Estado de São Paulo mostraram que entre 100 milhões de sacolas produzidas a capital utiliza 66% dessa quantidade fabricada a cada ano. Essa situação ocorre porque, infelizmente, a sociedade não se movimenta em prol da erradicação da problemática, pelo contrário, ela adquire uma posição individualista, por levar em consideração os gastos financeiros que teriam ao optarem por utensílios sustentáveis. Logo, torna-se essencial superar esses preceitos que atestam, sobretudo, uma dificuldade no acesso ao meio ambiente em harmonia.

 Portanto, é necessário que haja uma intervenção diante desse cenário. Destarte, o Governo Federal, responsável por administrar o povo e os interesses políticos, com o apoio do Ministério do Meio Ambiente, por meio de verbas governamentais destinadas à pasta, deve criar um programa social que ofereça benefícios aos estabelecimentos que substituírem o plástico por produtos à granel e opções de embalagens biodegradáveis. Paralelamente a isto, através de propagandas nos meios midiáticos, executarem campanhas que influenciam a boa ação e trocas inteligentes nos mercados e comércio geral. Dessa maneira, o Brasil se tornará a nação da ordem e do progresso, como proferiu Raimundo de Teixeira Mendes.