Utilização excessiva de agrotóxicos no brasil

O artista polonês Pawel Kuczynski retrata em suas obras uma crítica social sobre vários problemas da atualidade, promovendo reflexões e questionamentos através da sátira. No entanto, observa-se na sociedade brasileira uma supressão dessa conjuntura analítica, no que concerne a falta de debate e reflexão sobre a utilização excessiva de agrotóxicos na agricultura. Nesse sentido, é necessário examinar tal panorama, intrinsecamente ligado aos poderes capitalistas, bem como a insuficiência legislativa.

Sob esse viés, é imperioso ressaltar a atuação das grandes empresas latifundiárias, que utilizam agrotóxicos de alta periculosidade em larga escala. Nessa lógica, tal conjectura se encaixa na teoria dos “paradoxos da modernidade”, propostos pelo sociólogo George Simmel, haja vista que destoa de princípios sociais estruturados. Desse modo, pode-se analisar que os agrotóxicos deveriam ser um mecanismo de auxílio na produtividade, no entanto causam problemas graves á população rompendo princípios lógicos. Logo, é factual coibir a postura das grandes empresas.

Outrossim, a questão supracitada encontra terra fértil na insuficiência de leis que deveriam garantir a utilização moderada de agrotóxicos. Tal vicissitude é sustentada pela passividade do poder legislativo, com uma precária frente ambientalista que poderia atuar na elaboração de leis devidamente efetivas. Por conseguinte, tal panorama rompe com o pensamento do filósofo contratualista Thomas Hobbes, que defende que o estado é responsável por garantir o bem estar da sociedade. Portanto, tal vertente deve se adequar à convicção do filósofo urgentemente.

Em face do que foi postulado, são necessárias medidas com fito de mitigar o problema. Destarte, cabe ao poder legislativo elaborar leis mais complexas que visem reduzir a utilização de agrotóxicos no Brasil, estabelecendo multas e cancelamento do CNPJ das empresas que usarem os produtos químicos de alta periculosidade. Ademais Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento em consonância com órgãos ambientais devem fiscalizar o cumprimento das leis, e incentivar propostas como adubação verde e uso de predadores naturais para combater pragas. Em suma, tais medidas contribuem para atenuar a médio e longo prazo os efeitos do problema.