Uma prática inclusiva

Inicialmente, sabe-se que o homem é um ser social e tal característica é um sinal evolutivo que o ajudou a sobreviver, haja vista que este vivia em grupos para tal fim. Nesse sentido, esse desejo de se inserir na sociedade é algo inato ao ser humano e uma das maneiras de saciar esta necessidade, isto é, promover a interação social, é através do esporte. Entretanto, pessoas portadoras de defiências acabam sendo excluídas socialmente e o esporte tem o poder, e o dever, de servir como um mecanismo de inclusão social para essas pessoas.

Em primeiro lugar, é evidente a gama de benefícios relacionados á prática de atividades físicas. Por exemplo, é liberado o hormônio da dopamina no corpo, ocasionando sensação de prazer; diminui o estresse, ansiedade e ainda pode ajudar na auto-estima do praticante pois tal atividade pode trazer ganhos estéticos. Portanto, partindo do pressuposto de que o esporte é um direito de todos, é injusto privar as pessoas deste e de seus benefícios, independentemente de serem pessoas com deficiência, mulheres ou outro grupo social que sofra preconceito.

Em segudo lugar, vale citar a série de animação brasileira Turma da Mônica, originária dos gibis de Maurício de Souza, na qual o tema de inclusão social já foi tratado diversas vezes, inserindo personagens com deficiências. Em um desses episódeos, as demais crianças estavam evitando se relacionar com a que era cadeirante, mas através do esporte, elas se tornaram amigas e o personagem de cadeira de rodas se sentiu incluído e aceito. Dessa forma, o esporte se mostra como uma prática viável tanto ás pessoas que não possuem deficiência quanto ás que a têm, logo, é um instrumento poderoso para unir pessoas e inseri-las na sociedade, principalmente se forem minorias que são geralmente excluídas.

Tendo em vista o que fora discutido, é indubtável a importância do papel do esporte na inclusão social e os benefícios que tal prática proporciona, sejam eles físicos ou mentais. Por isso, é vital que o Ministério da Cidadania mobilize recursos para incentivar a prática de esportes nas comunidades periféricas, construindo espaços propícios a tais práticas, além de os professores de educação física tratarem em sala de aula sobre o tema da inclusão social. Logo, será possível garantir que o esporte está sendo utilizado para promover a inclusão, que as pessoas estão conscientes da importância disto e que possuem estrutura para fazê-lo. Assim, a realidade brasileira se torna mais próxima do cenário promissor retratado nos gibis de Maurício de Souza.