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Uma Prática Aberrante

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Para Betinho, falecido sociólogo brasileiro, a sociedade precisa se comprometer com, entre outros pontos, solidariedade, liberdade e igualdade. Torna-se válido perceber, entretanto, que isso nem sempre é posto em prática, uma vez que o tráfico de pessoas advém, sobretudo, da vulnerabilidade social – causada pelo abismo socioeconômico brasileiro – e da falta de informação que atinge famílias que vivem em situação de extrema pobreza, o que abre espaço para o tráfico humano e a exploração de vulneráveis.

Nesse cenário, onde milhões de famílias sofrem com a pobreza extrema, sempre acompanhada pelo fantasma da fome, agravada pela pandemia do novo corona-vírus, traficantes de pessoas tiram proveito dessa situção aterradora prometendo melhores condições de vida, menos sofrimento e uma chance de escapar da miséria. Arthur Schopenhauer já dizia que o homem concebe o mundo de acordo com os limites que ele conhece e, como boa parte de adultos sofrem com a falta de informação  – aliada ao medo irracional constante – são induzidos a acreditar no conto do vigário do aliciador e traficante.

Consequentemente, crianças se tornam reféns e prisioneiras de situaçãos às quais nem mesmo podem começar a compreender. Mesmo quando crescem  – caso não morram no processo de doação involuntária de órgãos -, se tornam adultos disfuncionais com uma coleção de traumas e problemas psicológicos. O mesmo se aplica aqueles que perderam sua liberdade quando adultos ou adolescentes, pois passam por toda sorte de exploração degradante que se possa imaginar.

Portanto, visando o fim do tráfico de seres humanos – ao menos no longo prazo -, o Ministério da Economia, em parceria com o Poder Legislativo e em conjunto com as escolas, deve implementar medidas que, respectivamente, diminuam o abismo socioeconômico brasileiro – através de programas sociais de distribuição de renda mais efetivos, taxação de grandes fortunas e participação nos lucros de empresas para todos os níveis hierarquicos -, endureçam as penas contra os crimes envolvendo tráfico de pessoas e, por fim, promovam palestras em escolas do ensino médio e fundalmental – ministradas por advogados e profissinais da área de serviço social – para pais e alunos. A qualidade de vida e a educação seriam as principais armas contra essa prática aberrante.

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2 Correções

  1. Olá tudo bem? Bom, espero que sim.

    Você escreve muito bem, e usou muito bem os conectivos… Eu não sou especialista nem nada, mas creio que você poderia substituir o uso do – , por virgulas por exemplo… Fora isso gostei bastante de suas alusões e do seu texto… Parabénssss o treino é sempre nosso aliado continue assim que chegará longe s2

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  2. Uma Prática Aberrante

    Para Betinho, falecido sociólogo brasileiro, a sociedade precisa se comprometer com, entre outros pontos, solidariedade, liberdade e igualdade. Torna-se válido perceber, entretanto, *que isso* (ponto importante que liga a primeira sentença com a segunda) nem sempre é posto em prática, uma vez que o tráfico de pessoas advém, sobretudo, da *vulnerabilidade social* (1° tópico) – causada pelo abismo socioeconómico brasileiro – e da *falta de informação* (2° tópico) que atinge famílias que vivem em situação de extrema pobreza, o que abre espaço para o tráfico humano e a exploração de vulneráveis.

    Nesse cenário, onde milhões de famílias sofrem com a pobreza extrema, sempre acompanhada pelo fantasma da fome, agravada pela pandemia do novo corona-vírus, traficantes de pessoas tiram proveito dessa situação aterradora prometendo melhores condições de vida, menos sofrimento e uma chance de escapar da miséria. Arthur Schopenhauer já dizia que o homem concebe o mundo de acordo com os limites que ele conhece e, como boa parte de adultos sofrem com a falta de informação – aliada ao medo irracional constante – são induzidos a acreditar no conto do vigário do aliciador e traficante. *Creio eu que faltou você informar de que forma a pobreza extrema e a pandemia deixa as pessoas vuneráveis – sendo o que você está defendendo.*

    Consequentemente, crianças se tornam reféns e prisioneiras de situação às quais nem mesmo podem começar a compreender. Mesmo quando crescem – caso não morram no processo de doação involuntária de órgãos -, se tornam adultos disfuncionais com uma coleção de traumas e problemas psicológicos. O mesmo se aplica aqueles que perderam sua liberdade quando adultos ou adolescentes, pois passam por toda sorte de exploração degradante que se possa imaginar. *Aqui você não está defendendo o segundo tópico apresentado na introdução sobre a falta de informação, sendo assim as bancas podem anular esse terceiro parágrafo.*

    Portanto, visando o fim do tráfico de seres humanos – ao menos no longo prazo -, o Ministério da Economia, em parceria com o Poder Legislativo e em conjunto com as escolas, deve implementar medidas que, respectivamente, diminuam o abismo socioeconómico brasileiro, através de programas sociais de distribuição de renda mais efetivos, taxação de grandes fortunas e participação nos lucros de empresas para todos os níveis hierárquicos, além de realizar melhorias mais severas às penas contra os crimes envolvendo tráfico de pessoas e, por fim, promovam palestras em escolas do ensino médio e fundamental – ministradas por advogados e profissionais da área de serviço social – para pais e alunos. A qualidade de vida e a educação seriam as principais armas contra essa prática aberrante.

    Comentário geral: Notei muito a utilização da pontuação ” – ” em meios que poderiam até ser substituído por vírgulas, o que eu recomendo é só usar esse tipo de pontuação quando a virgula der algum tipo de ambiguidade.

    Não sou experiente em redação, muita coisa do que eu citei pode estar errada. Mas no geral amei sua redação, parabéns!

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