Uma escolha: o suficiente para mudar a segurança pública

Tema: Crise na segurança pública

Segundo Zygmunt Bauman, sociólogo polonês, não são as crises que mudam o mundo, mas sim a reação a elas. Sob tal ótica, é notório que o Brasil diante da má administração da segurança pública propende-se a resposta negativas, visto que vigora a precária seleção de representantes e, como efeito, emerge o aumento da criminalidade. Logo, faz-se mister a análise dessa conjuntura com o objetivo de incentivar reações positivas defronte à problemática.

Em primeiro plano, é axiomático como a ineficaz escolha dos governantes colabora para a perenização desse quadro deletério. Consoante às ideias de Jean Paul Sartre, filósofo, o homem é um ser livre e, portanto, responsável por tudo o que faz. Destarte, é evidente que, hodiernamente, o brasileiro colhe os aspectos negativos de suas escolhas e não vive uma realidade na qual os atuais detentores da administração corroboram ao bem comum.

Torna-se irrefutável, em segundo plano, a íntima relação do crescimento da insegurança com a causa supracitada. Conforme o site de notícias Uol, apenas em Julho de 2020 a taxa de crimes sofreu um aumento de 17% quando comparada ao mesmo período de 2019. À luz dessa perspectiva, é inaceitável um país elencado entre os 10 maiores PIBs (Produto Interno Bruto) do mundo se submeter a condições tão degenerativas. Assim, transforma-se imperiosa a implementação de medidas a fim de mitigar esse imbróglio.

Depreende-se, portanto, que há a premência de ações com o fito de liquidar esse impasse. Para tanto, cabe ao Ministério da Educação e Cultura, por intermédio da alteração na Base Nacional Comum Curricular, adicionar a disciplina de Educação Política, desde a tenra idade, de modo a demonstrar a importância de ter uma vida política ativa e promover cidadão mais críticos em relação às tomadas de decisão oriundas do Estado na melhoria da Segurança Pública. Quiçá, assim, tal hiato reverter-se-á, fazendo “jus”, deveras, àquilo que fora apregoado por Bauman.