Um problema social: democratize o acesso ao cinema

Segundo Zygmunt Baum, sociólogo polonês, a falta de solidez nas relações sociais, políticas e econômicas é característica da “modernidade liquida” vivida no século XX. A democratização de acesso ao cinema no Brasil, ou a falta dela, reflete essa realidade.

Em primeiro plano, é preciso atentar para a impunidade presente na questão. Nessa perspectiva, a máxima de Martin Luther King de que “a injustiça num lugar qualquer é uma ameaça á justiça em todo lugar” cabe perfeitamente. Desse modo, tem-se como consequência a generalização da injustiça e a prevalência do sentimento de insegurança coletiva no que tange a democratização de acesso ao cinema no Brasil.

Além disso, a democratização de acesso ao cinema no Brasil encontra terra fértil na falta de empatia. Na obra “modernidade líquida”, Zygmunt Bauman defende que a pós-modernidade é fortemente influenciada pelo individualismo. Em virtude disso, há, como consequência a falta de empatia, pois, para se colocar no lugar do outro, é preciso deixar de olhar apenas para si, Essa liquidez que influi sobre a questão da democratização de acesso ao cinema no Brasil funciona como um forte empecilho para sua resolução.

O combate à liquidez citada inicialmente, a fim de conter o avanço da falta de acesso ao cinema pela população mais carente, deve torna-se efetivo, uma vez que nos atentarmos para a impunidade presente nessa questão. Sendo assim, desde que haja parceria entre governo, comunidade e família, será possível amenizar a falta de acesso a cultura por meio do cinema, construindo assim uma sociedade mais fiel aos ideias da constituição.